ERROS E ACERTOS DE UM NOBRE PRESIDENTE

Primeiro ano da gestão de mandatário palmeirense tem falhas e correções.

O primeiro ano da gestão de Paulo Nobre vai chegando ao fim e chega, também, a hora de um breve resumo da metade inicial de sua gestão à frente do Palmeiras. Como todos vocês sabem, não me envolvo na política do clube, pois a conheço e afirmo: ela não deve em nada, em todos os aspectos, à praticada em Brasília/DF. Por isso, neste ponto o melhor é sempre se manter bem distante.

Contudo, claro que assim como muitos, talvez a esmagadora maioria, fiquei com uma ponta de esperança quando o ex-piloto de rally ganhou as eleições. Afinal, tratava-se de um jovem com muita disposição e muita paixão, e que parecia bem menos vaidoso do que quase todos os conselheiros e dirigentes do nosso clube. Outro ponto em que ele, acreditei na época, começou bem foi acertando o retorno de José Carlos Brunoro. Mesmo sabendo que, sem o dinheiro da Parmalat, o trabalho do dirigente seria bem mais difícil, o fato é que se tratava de um homem experiente no futebol e que, isso eu garanto, sempre foi palmeirense.

Minha admiração por Paulo Nobre, porém, sofreu uma forte baixa quando veio à tona o apoio que recebeu do ex-presidente de origem árabe. Obviamente, para ocupar o cargo mais importante do nosso clube é preciso uma série de alinhamentos, de conchavos, mas daí a vender a alma para o diabo existe uma enorme distância. E o pior é que, como sempre, o capeta cobra a quem lhe deve, daí eu ter certeza, por exemplo, que é ele quem está por trás desta briga pela venda das cadeiras com a WTorre.

Logo em seu segundo mês à frente do clube veio o pior momento de sua gestão até aqui: ainda não engoli e não aceitei a saída de Barcos. Sei que o argentino, como todo jogador de futebol, coloca o dinheiro à frente de tudo, e que na negociação vieram jogadores importantes, como Vílson e, principalmente, Leandro. Mas não se abre mão de um jogador que marcou 31 gols em 61 partidas sem ter a certeza de que outro goleador viria – e este foi o erro crucial. Por isso, até a chegada de Alan Kardec, escrevi inúmeras vezes a frase “Veste a 9, Paulo Nobre!”.

Por outro lado cabe a mim, como jornalista, analisar também os pontos positivos deste quase primeiro ano de gestão do nosso presidente. A política de austeridade financeira vem sendo, a meu ver, bem conduzida, pois impede exageros mas também não deixa a equipe a pão e água (como aliás fez aquele ex-presidente que o apoiou nas eleições). O rompimento com as torcidas ditas organizadas foi um golaço de Paulo Nobre, mesmo que isso tenha gerado manifestações contrárias à equipe quando, na verdade, o alvo principal era a diretoria.

A forte cobrança que exerceu em momentos mais difíceis, como a derrota para o Mirassol/SP ou as eliminações na Libertadores e na Copa do Brasil, foram outras ações acertadas. Agindo desta maneira, os jogadores – assim como os torcedores acima identificados – percebem que quem comanda o clube não é apenas um fantoche, e que para vestirem a camisa do maior campeão nacional é preciso talento e, também, vergonha na cara.

Para que Paulo Nobre tenha um segundo ano mais feliz não será preciso muita coisa, mas serão necessárias medidas específicas e que não permitirão erro: no ano de nosso centenário, é obrigatório que montemos uma equipe digna da nossa gloriosa história, e para tanto jogadores com histórico de campeões terão de ser contratados. Não será preciso um caminhão de reforços, mas sim quatro ou cinco nomes que cheguem para ser titulares – em outras palavras: 2014 não é um ano para apostas.

Mas, e o dinheiro para isso? Muito simples: uma hora Nobre terá de definir o novo patrocinador “máster” para a camisa, e exigir deste um valor condizente com a importância do Palmeiras no cenário nacional. Além disso, vale brigar, sim, com a Rede Globo, e exigir que ela nos pague algo bem melhor do que apenas os R$ 100 milhões que ofereceu pelo direito de transmissão – por sinal, R$ 70 milhões a menos do que Corinthians/SP e Flamengo/RJ. Com perdão da chula expressão, vivemos em um País no qual, se não batermos com o pau na mesa, não faltam interessados em fazer xixi na nossa cabeça.

Como sei que tudo o que escrevo em nosso site chega ao conhecimento do Palmeiras, quero terminar este texto afirmando que, ao final de 2014, espero escrever uma análise muito mais elogiosa a Paulo Nobre, quem sabe até mesmo apoiando a sua reeleição.

Só depende dele mesmo.

20 Responses to ERROS E ACERTOS DE UM NOBRE PRESIDENTE

  1. Aproveito para elogiar os comentários de alto nível deste site. Com a sua competência, com o seu respeito as opinões diferentes e acima de tudo com o seu amor ao Palmeiras, você abriu um espaço de altíssimo nível quando o assunto é futebol e principalmente o Palmeiras.Primeiramente gostaria de manifestar meu apoio ao Presidente Paulo Nobre e ao senhor Brunoro, e vejo que a maioria esmagadora dos comentários e da torcida do Palmeiras tambem os apoia. É claro que existem falhas todas tambem muito bem citadas por aqui, mas quem pegou o Palmeiras do jeito que eles pegaram, merecem sim o nosso respeito. Um Palmeiras cheio de dívidas, com diretorias amadoras, anos desperdiçados e que arrebentaram nosso time.Confesso ter desanimado muito com o rebaixamento no ano passado, mas hoje consigo ver uma luz no fim do túnel para o próximo ano.Penso que, apesar de ser nosso centenário em 2014, nosso time vai voltar a ser o que de fato é daqui uns dois anos…Não sei se teremos muita paciência para isso, mas o buraco herdado foi tão grande, que acredito em um Palmeiras forte como de fato ele é só em 2015 ou 2016. Posso estar enganado? Espero que sim…mas ano que vem com centenario e a nossa crise financeira para contratações e esse tal de Gilson Kleina no comando, a pressão daqueles dinossauros que se acham donos do Palmeiras vai ser tão grande que não duvido que passaremos por muitas crises…a inauguração da Alianz Parque será nosso maior combustível para enfrentar um ano onde a pressão será gigante.

    • Márcio Trevisan

      Oi, Guilherme.

      Agradeço muito os elogios que fez ao nosso site e a mim.

      Esteja sempre à vontade para inserir suas opiniões, quer elas sejam compatíveis ou não às minhas.

      Forte abraço.

  2. Maciel – Obrigado pela manifestação e pelo elogio.
    Idem “MESTRE” Marcio Trevisan

    Marcio, você tem alguma informação como anda a reforma estatutária?

    As poucas informações que eu tenho lido na mídia sobre o “pensamento” dos conselheiros sobre alguns temas são DESANIMADORAS!

    1º) O voto para os sócios torcedores seria aprovado com inúmeras restrições.
    2º) Não vai ser desta vez que vão acabar com o famigerado conselheiro vitalicio.
    3º) … E a pá de cal no anseio de 18 milhões de torcedores do Palmeiras. Não existe a menor possibilidade de separação do futebol do social tanto na parte administrativa quanto na contábil, ou seja, cada centavo que fosse arrecadado no futebol seria aplicado no futebol, cada centavo que fosse arrecadado no clube social e demais esportes seria aplicado no clube social e demais esportes.

    Pergunta:-
    Será que o quadro é realmente desanimador como eu tenho lido nas poucas noticias na mídia esportiva e Palestrina?

    Um abraço!

    • Márcio Trevisan

      Oi, Jair.

      Não tenho me aprofundado muito neste tema, até porque não acredito que grandes mudanças acontecerão.

      Claro que gostaria de um rejuvenescimento geral, mas não creio que um estatuto antiquado seja o nosso maior problema.

      Afinal, faz 100 anos que as coisas são assim e nem por isso deixamos de ser o maior campeão do futebol deste País.

      Abs.

  3. valentine vigar

    Márcio, saudações… parabéns pelo post…vc tem um defeito amigo Marcio.. vc escreve pouco.. deveria escrever mais.. pelo menos uma vez por dia…
    Lembrando a todos…nossos problemas só terminarão quando começarmos a jogar na arena… até lá, amigo Marcio … tudo como antes.. no quartel de abrantes…
    abração..
    Valentine.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Vigar.

      Bom ter você de novo por aqui – fazia um bom tempo, não?

      Bem, agradeço o elogio e aceito a crítica pelo fato de escrever pouco. Explico: este jornalista tem algumas outras funções profissionais, daí a impossibilidade de, or ora, escrever todos os dias.

      Mas, já que tocou no assunto, segue um “furo” jornalístico pra você: a partir de 01/01/2014, nosso site conterá com matérias históricas diárias.

      Forte abraço.

  4. Boa dia Marcio, você esta correto em suas argumentações, creio que além de exatas, destacam os detalhes mais obscuros, que sempre são analisados de forma passional, pelos mesmos que se comprometem serem capachos de um sistema administrativo , omisso e medroso, já que não vejo tanta competência ao rotulado presidente “profissional´´, mas apenas apelos midiáticos sem nexo, já que declarar a situação difícil no lado financeiro de uma marca forte como a do Palmeiras , nunca foi ou sera demonstração de competência e muito menos de inteligência, o fator patrocínio é uma evidente falha, do mais profundo amadorismo futebolístico, no mundo tupiniquim, mas aceitar que uma emissora que domina os direitos de transmissão das competições de relevante importância, faça do clube com a TERCEIRA torcida do pais, um papel de coadjuvante , por mero capricho parcial de algum pederasta alvinegro ou rubro negro, no staff da deusa platinada, é simplesmente ofender aos 18 milhões de Palmeirenses, pela perda real de R$ 210.000.000,00, em três exercícios, além de se calar perante ao monitor , que com coragem babilônica , resume que estamos sem dinheiro, sorrindo, de forma imbecil! Acredito que devemos urgentemente substituir o staff , politico do clube, antes que o mesmo destrua, o Palmeiras em mais uma década de fracassos vergonhosos!

    • Márcio Trevisan

      Oi, Cláudio.

      Agradeço seu elogio.

      Mas me permita duas correções:

      1 – Já fomos, sim, e por muito tempo, a terceira maior torcida do Brasil. Mas, já há algum tempo, caímos para o 4º lugar.
      2 – O grande do problema do Palmeiras, politicamente falando, é não adiante muito trocar as moscas.

      Abs.

  5. Caro amigo Palmeirense Marco.
    É com o maior respeito que eu me dirijo a você, pois em N manifestações que eu fiz neste blog, você nunca me contestou, me inquiriu, me criticou, foi irônico nos meus comentários, etc…
    Portanto, tem que ser com o mais absoluto respeito o modo de eu me dirigir a você.
    Mas não importa o jogo, o campeonato, o assunto, você sempre bate na mesma tecla, o problema das arbitragens, do tribunal, da federação.
    OBJETIVAMENTE, se você fosse o Presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras, o que você faria, quais seriam as providencias que você tomaria para resolver o que você menciona no último paragrafo da sua manifestação:-
    “Caso o Palmeiras não se imponha fora de campo junto aos Tribunais, Federação e Imprensa, exigindo respeito a instituição e a sua torcida, continurá sendo tratado como lixo por todos eles”.

    Um abraço de um amigo Palmeirense, e que concorda com você que realmente o Palmeiras é muito prejudicado pelas arbitragens e pelo famoso tribunal.

    • Caro Jair,

      Agradeço ter respondido, pois me dá a oportunidade de esclarecer alguns pontos, não só agora, mas na participação constante neste blog.

      Posso ter criticado alguma posição defendida por você, mas se fui irônico alguma vez, não houve a intenção pessoal. No sentido pessoal, peço-lhe desculpas.

      Escrevo em função de tudo que vejo na Mídia Palestrina e encontro no “Senhor Palmeiras” um espaço de melhor qualidade para tratar de determinados assuntos. Procuro abordar o tema que é deixado para terceiro plano pela maioria das pessoas e não deveria ser, pois se tornou decisivo nos campeonatos que disputamos.

      O Palmeiras, diretoria e torcida, tornou-se arrogante, achando que pode passar por cima de tudo, que tem obrigação de vencer, não importando o que se faça contra ele, mas não é bem assim.

      O comentário que mandei surgiu de uma troca de mensagens pela internet onde se comentava sobre conflitos internos da nossa torcida. Um colega enviou essa frase alertando sobre não adiantar nada montar o melhor elenco e ter o melhor treinador, se tudo continuar como está fora de campo.

      Nesse ponto igualei a maior parte da torcida com a nossa direção, pois se tornou cultura ignorar os prejuízos sofridos, priorizando apenas as questões técnicas, como o nosso próprio presidente fez após a Copa do Brasil deste ano. Ele se mostrou revoltado com a atuação dos jogadores (com razão), mas ignorou o que a dupla de auxiliares fez em campo, operando o Palmeiras sem anestesia. Vou ficar só neste exemplo, mas há muitos deles que poderiam ser citados.

      O início da resolução desse problema está em não menosprezá-lo, deixando a arrogância de lado e admitindo que ele existe. A partir da conscientização, as providências e ações podem começar a acontecer por parte de todos os palmeirenses, especialmente da direção.

      Não há uma receita de bolo, basta observar como se comportam os concorrentes, quando se sentem prejudicados. Chega da política de panos quentes, de fazer média, de ser “politicamente correto” nas declarações. Até hoje, não deu resultado algum. O presidente, diretores, treinadores e jogadores precisam aprender a se manifestar com mais clareza e objetividade quando ocupam os espaços na imprensa, mostrando o lado palmeirense. Em qualquer programa “ao vivo” que tenha a participação de alguém do Palmeiras, nosso representante é engolido até por jornalista recém formado. Nossos jogadores deveriam ser melhor orientados, esclarecidos e informados pela nossa Assessoria de Imprensa antes de participar de determinados programas esportivos ou de dar entrevistas. Muitas coisas de nosso interesse poderiam ser lançadas por eles. Observe como isso ocorre no nosso vizinho de muro. Entrevistas e participações em programas visivelmente ensaiadas e de acordo com um roteiro pré estabelecido.

      Hoje, qualquer um menospreza Palmeiras, incluindo até jogador do XV de Piracicaba. Nos não nos damos ao respeito. As diretorias se calam e pela internet a torcida passou a adotar como passatempo preferido denegrir a instituição e quem veste a sua camisa. Nós nos satisfazemos apenas em criticar, é preciso denegrir quem joga pelo nosso time. Então, citar a arbitragem como parte responsável por algum resultado, mesmo nas aberrações, passa a ser desculpa e não devemos ter a imagem de chorões!!! Podemos passar por bananas, mas nunca por chorões. Nesse ponto entra a ausência da diretoria pela cultura instalada. Não se fala de arbitragem ou de qualquer fator externo para que não se julgue que é desvio de foco.

      O sentimento de medo toma conta de todos os representantes do Palmeiras quando têm que se manifestar em público. No recente caso de Natal, o Brunoro veio a público falar contra os abusos da arbitragem parecendo pedir desculpas antes de se pronunciar. Vale lembrar que não aconteceu nada ao ABC pela superlotação no seu estádio e outros times daqui de SP tiveram pena de perda de mando reduzida por episódios de muito maior gravidade comparados a aqueles que impuseram ao Palmeiras perdas de mandos e consequentes prejuízos financeiros e técnicos.

      Além de usar melhor os espaços na imprensa, deveríamos ser mais diretos nas publicações da página oficial do clube. Quantos problemas causados ao nosso time não foram mencionados na sua publicação oficial? Como esperar que a imprensa o faça?

      Em relação à imprensa, deveríamos saber usar a força comercial do clube para que empregados de redes de comunicação não determinem a linha editorial do veículo como se fosse a de uma torcida adversária.

      Voltando à comparação aos nossos rivais, veja como se comportam quando ocorre alguma manifestação pela imprensa contrária a imagem ou aos interesses deles! Já o Palmeiras abaixa a cabeça e deixa que o circo aconteça.

      Lembre-se que caiu até a comissão de arbitragem em um jogo que não valia nada pela repercussão dada pela imprensa?

      A frase que diz “se errar contra o Palmeiras não acontece nada” é bem entendida pelos árbitros que ao decidir suas interpretações irão sempre optar pelo lado que não lhes cause prejuízos, como perdas de escala, rebaixamento de jogos, “geladeira”, etc…

      Por fim, o mais importante, o Palmeiras deveria saber usar melhor a sua força política e o potencial econômico do clube junto às Federações, Tribunais e emissoras de TV para que o clube seja respeitado. Não se trata de nenhum ato ilegal, mas de exigir tratamento sério para o clube e não ficar julgando que ficando quieto, não incomodando, irão nos respeitar. Não precisamos de ajuda, apenas de igualdade de tratamento.

      Mais uma vez, obrigado pela resposta, pois graças a ela poderemos discutir um tema que passaria batido se não fosse o seu comentário.

      Saudações palestrinas

      • Voce expôs aqui exatamente a realidade que acontece. Discutimos qualidade de jogadores e técnico que são válidos, as políticas interna que detona e implode o Palmeiras, mas muito pouco pelo tão ou mais importante que é a política externa. Assim como os antecessores, também o atual presidente, pouco ou nada se fez a este repeito. É fundamental para o Palmeiras a sua postura, e ai a torcida nada pode fazer além de sua grandeza, tem que partir da diretoria e principalmente do Paulo Nobre, perante a Mídia cobrando quaisquer matéria que diminua a imagem do Palmeiras que saia seja qual for a emissora. Ser voz atuante e se fazer ser ouvida tanto na FPF, CBF, e principalmente perante a comissão de arbitragem. E se fazer presente cobrando providencias, junto ao STJD em todo e qualquer julgamento, reunião, etc mesmo que o Palmeiras nem seja assunto de pauta. Estas principais ações de Política Externa, fará com que o Palmeiras volte a ser respeitado, e todos estes orgãos acima ditos (Imprensa,FPF, CBF, STJD,Comissão de arbitragem, TV Globo), começarão a tratar o Palmeiras a primeiro plano.

        • Márcio Trevisan

          Oi, Marcos.

          Quando da minha passagem pela assessoria do Palmeiras, também caímos e disputamos a Série B.

          Mas, acredite: nunca ninguém deitou e rolou em cima do clube, pois eu, sempre e incondicionalmente, estive à frente para receber a porrada. Aliás, eu tinha até uma frase que ficou famosa, que eu sempre dizia na sala de Imprensa da Academia: “Aqui, a casa é minha. E na minha casa ninguém fala mais alto do que eu”.

          Por exemplo: na volta de Salvador/BA, quando caímos, fui o único membro da delegação que saiu pela porta da frente, encarando toda a Imprensa e a ira de alguns torcedores. Os demais subiram em um ônibus ainda na pista de Cumbica.

          Por que conto isso agora? Porque, apesar de respeitar a atual assessoria do clube, não vi uma entrevista ou mesmo declaração de nenhum dos membros que a compõem em momento algum.

          Ser assessor de Imprensa não e apenas escrever notinhas ou matérias no site ou entregar material descritivo aos setoristas: tem que dar a cara pra bater.

          Talvez por isso, mesmo já tendo completado 10 anos da minha saída, ainda inúmeros torcedores ligam minha imagem à de assessor de Imprensa do Verdão.

          Abração.

          • Sei disso Marcio, mas quis dizer como política externa, não é assessoria de imprensa, mas a presença física mesmo de um diretor e hora do próprio presidente do clube na CBF, FPF, na comissão de arbitragem e no próprio STJD.
            O Palmeiras tem ser forte nestes órgãos, não pode deixar estes caras fazer o que quiser, impor a multa, punição que quiser, e principalmente fazer-se atuante na escolha dos juízes, e ter estreitamento com órgão nas escolhas. Como palmeirense de alma limpa, jamais vou aceitar e ficar feliz com beneficiamento dentro de campo, mas queremos que seja honesta, limpa, que simplesmente apite sem intenções. Pode até errar, faz parte, mas que seja um erro humano.
            Quanto a assessoria de imprensa Marcio, sei que fez um bom trabalho, senão dentro dos meus 53 anos, simplesmente não perderia meu tempo escrevendo aqui. Mas na atual e nas ultimas, precisamos fazer os órgãos de imprensa, mídia etc, respeitarem o Palmeiras, e principalmente pensarem 2 vezes antes de plantar uma noticia destrutiva, antes de tripudiarem e principalmente inventarem, botando pra cima destes caras. Não sei se funcionará, mas a hora que enquadrar uns 2 ou 3 seja ele de onde for, as coisas melhorem. Foi isso que chamei e quis dizer como política externa.

            Abração

  6. Completando a sua ótima análise:-

    Acertos:-

    - Extinção do FAMIGERADO Palmeiras B, balcão de negócios de diretores, conselheiros e empresários, sempre com prejuízo da Sociedade Esportiva Palmeiras.
    - Não contratação do Riquelme, que aquele PALHAÇO do Tirone foi fazer MICAGENS na Argentina e o Riquelme viria para o Palmeiras para ganhar um CAMINHÃO de dinheiro, e retorno zero de futebol por não ter nenhum compromisso efetivo com o Palmeiras.
    - Austeridade em todos os momentos, vide encaminhamento do Souza para o Cruzeiro, quando o Perna-de-pau já queria ganhar contrato avassalador no Palmeiras.
    - Extinção momentânea do fut-sal por falta de patrocinador de peso para essa modalidade (sou totalmente favorável, ou monta um timaço de fut-sal para enfrentar os MARGINAIS de igual para igual, ou fecha até conseguir o dito cujo patrocínio).
    obs:- Sou da época que o Palmeiras era a base da Seleção Brasileira de futebol de salão e tinha os LENDÁRIOS Serginho, Soragi, Mota Rabelo, Pinga fogo, e não dá para ver o time de fut-sal levando goleadas homéricas dos MARGINAIS.
    - Por incrível que pareça o Nobre acertou também em não mandar embora o pseudo-aprendiz de estagiário de técnico após as derrotas para o Mirassol, trapalhadas do Kleina da Libertadores da America quando ele não levou o Henrique e o nosso “craque” Vinicius para enfrentar o Sporting Cristal e tentar a vitoria, fato que nos colocaria num chaveamento totalmente oposto ao que caimos nas fase dos mata-mata (4 times brasileiros, 3 argentinos e o Tyjuana), mostrando a falta total de planejamento estratégico do Sr. Kleina.
    A demissão desse INCOMPETENTE geraria mais alguns milhões de despesas, não incorrendo o Nobre no mesmo erro do Professor Belluzzo que agiu irresponsavelmente quando da demissão do Luxemburgo, indenização do Luxemburgo, não efetivação do Jorginho, contratação do Murici, demissão do Murici, indenização do Murici,contratação do Antonio Carlos Zago, demissão do Zago, indenização do Zago, e finalmente contratação do Felipão.

    Mas, nem tudo são FLORES:-

    E R R O S ;_

    - O maior, estamos sem Patrocínio master na nossa gloriosa Camisa (tem que botar o Brunoro e Marketing pra correr…)
    - Apesar do fim dos VAZAMENTOS (ÓTIMA noticia), o responsável pela Assessoria de Imprensa é um GAMBA, EU NÃO ACEITO!
    - O Presidente Nobre esta no momento em cima do muro com relação ao pseudo-aprendiz de estagiário de técnico, tem que AGIR rápido, acordo amigável com o Sr Kleina:- O PALMEIRAS ENTRA COM OS PÉS E O KLEINA COM O TRASEIRO”.
    - e o erro do GRAND FINALE do seu 1ª ano de mandato:-
    SERÁ SR. TODO PODEROSO, CRIADOR DO UNIVERSO, QUE O PRESIDENTE PAULO NOBRE VAI RENOVAR O CONTRATO DA MAIOR TRAGÉDIA QUE SE APODEROU DO PALMEIRAS, NÃO, NÃO É O CONTRATO DO MUSTAPHA, MAS SIM DO ABSOLUTAMENTE TRáGICO MARCIO ARAUJO?

    • Jair nota 10 para seu comentário! ainda temos torcedores lúcidos. Abraços.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Jair.

      Parabéns pelo brilhante complemento à matéria.

      Em relação ao Márcio Araújo, tenho informações de que o contrato não será renovado. Mas, atenção: são, por ora, apenas informações, e não confirmações.

      Abs.

  7. Nesta fase de balanço, aproveito para tratar de um problema que ao longo do tempo tem sido “empurrado com a barriga” pelas nossas diretorias e que é evitado ao máximo na imprensa e na nossa própria torcida.
    Trata-se da enorme fragilidade e vulnerabilidade da Instituição Palmeiras fora de campo.
    Para expor tal problema, repasso um comentário que recebi em uma troca de mensagens sobre o nosso centenário, onde os conflitos de ideias e até discussões entre torcedores eram abordados.
    Na análise dessa frase está a chave para prever o futuro do Palmeiras, caso o pensamento da direção e da própria torcida não se altere.
    O comentário que recebi foi o seguinte:
    =======
    “….sinceramente eu acredito que o procurador vai deitar e rolar em cima do Palmeiras em 2014.
    O Palmeiras pode gastar milhões com técnico e jogadores, mas o tribunal capitania hereditária e as arbitragens cuidarão para que o Palmeiras ganhe absolutamente nada no ano do centenário. Enquanto isso, vamos ficar nos digladiando mutuamente.”
    =======
    Infelizmente, a maioria das pessoas que opina e também aquelas que tomam decisões para o Palmeiras ainda acredita que apenas acertando o treinador, contratando um bom elenco e acertando a parte financeira da administração o clube poderá voltar a ser vencedor.
    Caso o Palmeiras não se imponha fora de campo junto aos Tribunais, Federações e imprensa, exigindo respeito à instituição e a sua torcida, continuará sendo tratado como lixo por todos eles.

  8. Parabéns pela análise, Márcio.

    Sensata, mas certeira. Concordo com tudo o que você disse. Acho que o Nobre está sabendo conduzir a condição financeira do clube na medida certa. É muito importante ter um controle das despesas para que o clube tenha preservada a sua capacidade de investimento, a partir das receitas que são geradas. Este é o segredo do futebol atualmente: o clube que não tiver que usar suas receitas com salários atrasados, penhora, etc, estará automaticamente um passo a frente de seus rivais, por ter bala na agulha para planejar e investir corretamente na qualificação de seu elenco.

    Mesmo tendo apresentado grande evolução em relação ao inexistente trabalho da gestão anterior nessa área, espero um pouco mais do marketing do Verdão. Falta, para complementar o trabalho bem-feito da diretoria na contenção de despesas, um esforço maior para a obtenção de receitas. E quando digo receita, não me refiro apenas ao patrocínio de camisa, mas também a outras ações mais estruturadas, como parcerias pontuais para a contratação de jogadores (nos moldes do que o nosso rival fez com Ronaldo, por exemplo).

    Acho que o time está no caminho certo e vejo como grande vantagem o fato de, depois de muito tempo, não termos que construir um time novo de um ano para outro. A conta é essa mesma, na minha opinião: 4 ou 5 reforços, no máximo.

    Grande abraço!

  9. Acho que é bem por aí mesmo Márcio,acho que o Nobre mostra comprometimento e amor ao clube,mas tem os pés no chão,e já melhorou também o infindável vazamento de notícias da era tirone,então,acho que o primeiro ano dele valeu sim!

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