NOSSA CIDADE ESTARÁ EM FESTA. MAIS UMA VEZ, E PELA 343ª VEZ, NÓS E “ELES” ESTAREMOS FRENTE A FRENTE.

Que me perdoem os outros grandes, mas clássico, de verdade, é este. E só este. Seja pela eterna rivalidade, seja pela enormidade de suas torcidas, o fato é que o derby é a cara de Sampa. Ele é como a pizza meia mozzarella, meia calabresa, é como o engarrafamento a cada início de manhã e a cada fim de tarde, é como a fina garoa que, incrível, insiste em cair mesmo em dias de verão, é como o pastel de feira que só não queima a boca da gente porque vem junto com ele de um baita gole de garapa.

UMA FESTA COMO ESTA, EM 1993, PODE SE REPETIR NESTE DOMINGO. POR QUE NÃO?

Desta vez, porém, existe um detalhe estranho ao gigantismo de ambos os clubes. Nunca antes na história deste País ambas as equipes ocuparam posições tão antagônicas no cenário nacional: jamais o Palmeiras esteve na Série B do Campeonato Brasileiro enquanto o Corinthians ostentava a condição de atual campeão da Terra. E se já é incompatível ao time “deles” ostentar a condição de  primeiro do mundo, mais incompatível ainda é ao Palmeiras amargar a Segundona brasileira. É como se este mesmo mundo estivesse de cabeça pra baixo.

Diante deste quadro, podemos garantir uma fácil vitória alvinegra neste domingo, certo? Não é bem assim, e quem diz isso não sou eu, mas os números. Por exemplo: entre janeiro de 1955 e outubro de 1977, período em que os corintianos passaram longe das conquistas importantes, 96 clássicos foram disputados, e em 65 destes o Corinthians não perdeu. Por outro lado, de agosto de 1976 a junho de 1993, época de magérrimas vacas para os alviverdes, outros 61 derby’s aconteceram, e o Palmeiras não foi derrotado em 41 deles.

Isso significa, amigo palmeirense, que muitas vezes não importa qual dos times viva um melhor momento, tenha uma equipe mais forte ou seja o favorito. Em campo, quase sempre isso não faz tanta diferença.

E é a este detalhe que me agarro neste momento.