CONFIRA AS ANÁLISES TÉCNICA E TÁTICA DE CADA UM DOS PROFISSIONAIS DO VERDÃO QUE PARTICIPOU DA PARTIDA DE HOJE.

BRUNO – 6,5

MUITO BOM – Sempre que pôde fazer algo, esteve presente com pelo menos três grandes defesas. Só não pode fazer muita coisa quando o zagueiro resolve entregar o jogo.  

  ARTUR – 2

PÉSSIMO – Para marcar o cara já não é grande coisa, e como hoje precisávamos de jogadas ofensivas pelo lado direito acabou por se tornar uma nulidade ímpar. Jogador horroroso, cuja contratação o ex-treinador – responsável pela sua indicação – deveria ter a dignidade de explicar. Mas, claro, não o fará.     

MAURÍCIO RAMOS – ZERO

VERGONHOSO – De nada adiantou ter feito o mais difícil – anular o ótimo Bruno Mendes – se foi o responsável direto pelos dois gols que levamos. No primeiro, deu a bola no pé do mais habilidoso jogador adversário; no segundo, pareceu uma mocinha delicada na hora de dividir. Assim como Alexandre, também zagueiro, em 2002, este infeliz corre o sério risco de ficar marcado como o responsável pelo nosso rebaixamento. E o mais curioso é que, antes do jogo, disse às emissoras de TV que faria hoje “o melhor jogo de sua vida”.            

HENRIQUE – 6

BOM - Enquanto o Botafogo/RJ teve apenas um atacante fixo próximo à área, jogou com maior tranquilidade e até se aventurou no ataque, como nos tempos de volante. Mas assim que Elkeson entrou no jogo teve de se fixar na marcação. No fim, arrastou-se em campo devido a uma contusão.         

JUNINHO – 5

REGULAR – Vinha jogando o que normalmente joga – ou seja: muito pouco ou quase nada – até que, enfim, ouviu os berros de Kleina e decidiu apoiar com maior frequência. Aí, de seus pés saiu o cruzamento para o golaço de Barcos.               

JOÃO DENONI – 6

BOM – Este rapaz não teve dia nada fácil nesta tarde, pois em seu setor apareceu ora Andrezinho, ora Fellype Gabriel. Mesmo assim, novamente marcou forte e teve qualidade para distribuir a bola. Só deixou o gramado porque precisávamos de um volante que arriscasse de fora da área.  

MARCOS ASSUNÇÃO – 6,5

MUITO BOM – Se este profissional tivesse decidido encerrar a carreira após a conquista da Copa do Brasil já estaríamos rebaixados há séculos. Mesmo com a inteligência do Botafogo/RJ, que só cometeu uma falta frontal à sua área, conseguiu se sobressair ao cobrar o escanteio que resultou no primeiro gol de Barcos. Pelo que joga e pelo profissional que é, não merece amargar uma queda no fim de sua trajetória como futebolista.       

WESLEY – 6,5

MUITO BOM – Hoje já mostrou um futebol bem mais parecido com o que jogava em seu melhores momentos de Atlético/PR e Santos/SP. Foi ótimo na condução da boal do campo defensivo ao ataque, apareceu várias vezes em lados distintos do gramado e também se tornou o que se chama de elemento-surpresa próximo à área. Mas foi ainda melhor quando passou a atuar como lateral-direito, posição que, espero, Kleina o mantenha a partir de agora. 

PATRICK VIEIRA – 5

REGULAR – Este rapaz tem um mérito que ninguém pode negar: não se esconde, busca o jogo, aparece para receber a bola, expõe-se como se um veterano fosse. Mas não pode, mesmo sendo tão menino, perder os gols que vem perdendo. Se no primeiro tempo só não balançou as redes por falta de sorte, já que fez tudo certo, na etapa final perdeu um gol feito furando de forma ridícula. E vale lembrar que, contra o Inter/RS, também já havia desperdiçado uma chance claríssima.     

BARCOS – 10

MAGNÍFICO – Após a péssima partida que fez no sábado passado, hoje voltou a brilhar. Só mesmo um jogador com a sua categoria e a sua frieza pode ter a coragem de, aos 46 da etapa final e com o time perdendo, matar a bola no peito e marcar o golaço que marcou. Da mesma forma que cobro o ex-treinador pelas indicações de Artur e que tais, reconheço seu mérito no momento em que exigiu da diretoria a contratação deste centroavante que, se continuar assim, tem tudo para se tornar um dos maiores ídolos de nossa história, seja lá em que divisão estivermos.   

LUAN – 5,5

REGULAR - Temos que admitir que ele se esforça, luta sempre, ajuda muito na marcação e sente na pele a cada vez mais próxima queda, o que mostra ser um homem de caráter (aliás, já o provara na finalíssima da Copa do Brasil). O problema é que, teoricamente, ele é um dos atacantes do time, e como atacante não possui qualidade técnica para ajudar. Quando lhe surgem as chances, ou as desperdiça por ruindade ou, então, por pura falta de sorte, situações que se repetiram nesta partida.   

 GÍLSON KLEINA – 7

ÓTIMO – Nosso treinador teve um trabalho bastante elogiável nesta tarde, muito embora o resultado não tenha sido nada positivo. Na escalação inicial, manteve a lógica e repetiu a equipe que não tinha jogado mal - muito pelo contrário, aliás – em Porto Alegre/RS, promovendo apenas uma alteração devido à contusão de Leandro. Em campo, orientou sempre a equipe a atacar, quase perdeu a voz com os palermas Artur e Juninho que, medrosos, limitavam-se à marcação mesmo quando o time perdia. Mas foi nas substituições que ele se superou, já que as três que fez visaram colocar o Palmeiras ainda mais no ataque, a fazer com que o time sufocasse o Botafogo/RJ. Tal estratégia foi a responsável por termos, já nos acréscimos, conseguido impedir uma desgraça ainda maior. Apenas questiono a formação do banco de reservas sem um meia de armação, já que Tiago Real não foi relacionado.   

MAIKON LEITE – 6

BOM – Hoje, pelo menos, fez o que lhe foi orientado quando entrou: jogou aberto pela direita e partiu pra cima, tornando-se mais uma boa opção ofensiva do time. Infelizmente, não deu sorte e uma bola que chutou acertou a trave. 

OBINA – 5,5

REGULAR – Sua entrada em campo teve como objetivo a presença de um jogador que finaliza um pouco melhor do que Luan, neste ponto praticamente um zero à esquerda. Ocupou a faixa de gramado que lhe competia, trocou algumas bolas com Barcos, fez uma ou outra boa jogada. Em síntese: não ajudou muito, mas também não atrapalhou.   

CORREA – 5

REGULAR – Parte da torcida vaiou nosso treinador quando ele colocou este experiente atleta no lugar de João Denoni. Mas isso se deu porque parte da torcida não entendeu a substituição: a intenção foi colocar em campo um jogador que chuta de fora da área e que, desta forma, poderia se transformar em mais uma opção ofensiva. Isso, é verdade, acabou não acontecendo, mas não tira o mérito da decisão de Kleina.