MAIOR LIDERANÇA DENTRO DO CLUBE, ESTÁ NAS MÃOS DE AFFONSO DELLA MONICA NETO A DECISÃO SOBRE QUEM SERÁ O NOSSO PRÓXIMO PRESIDENTE.

Houve um tempo em que na política brasileira prevalecia o chamado “voto de cabresto”, sistema em que o povo votava em quem o seu líder mandava. Tais lideranças eram exercidas pelos ditos “coronéis”, na verdade civis sem patentes mas que, graças às terras que possuíam, tornavam-se os verdadeiros mandatários da região em que se estabeleciam.

Hoje, mesmo em pleno Séc. XXI, existe um lugar em que ainda prevalece o “Coronelismo”: o Palmeiras. Nosso clube ainda é comandado por lideranças políticas que se utilizam de suas próprias ascendências e, não raro, também de favores pessoais concedidos ontem para seguirem “apitando” hoje. E o pior é que quase todos estes “coronéis” são do mal.

Mas existe uma exceção: Affonso Della Monica Netto. Com uma imensa folha de serviços prestados ao clube, ele pacientemente esperou mais de dez anos até chegar ao posto em que sempre sonhou – a presidência. Durante os quatro anos em que a ocupou, acertou e errou, como acontece com todos os que assumem o comando do nosso clube, mas é um dos raríssimos nomes que, após ter deixado o cargo, conseguiu manter a mesma liderança. Ou seja: hoje, ele manda tanto quanto – ou talvez até mesmo mais do que antes.

ARNALDO TIRONE JÁ PENSA COMO AGIR PARA CONTAR COM O APOIO DE DELLA MONICA À SUA REELEIÇÃO

 Talvez isso ocorra porque este advogado e ex-delegado de Polícia seja um dos raríssimos políticos palmeirenses a não colocar a vaidade pessoal acima dos interesses do clube. Não que não seja vaidoso, claro – o é, mas dentro de um limite suportável. Além disso, mesmo seus adversários mais ferrenhos admitem que, para Della Monica, o futebol do Verdão vem em primeiro lugar. E em segundo, também.

E é nas mãos deste senhor que está o futuro político do Palmeiras. Seja qual for o candidato – Arnaldo Tirone, que após o título da Copa do Brasil passou a insinuar sua recandidatura, Décio Perin, Paulo Nobre, Roberto Frizzo ou qualquer outro que já tenha surgido ou venha a surgir –, o fato é que para se sentar na cadeira presidencial terá de obter o apoio da maior liderança política alviverde.

Ótimo para o Palmeiras. Por quê? Porque talvez ele não apoie quem mais merecer o seu apoio, mas com certeza jamais colocará na presidência do maior campeão nacional um homem que dela não seja digno.

Em outras palavras: Della Monica pode até ser mais um “coronel”, só que é  um “coronel do bem”.