BARONINHO: O HOMEM-BOMBA DO VERDÃO

Ponta-esquerda jogou em dias difíceis no Palmeiras, mas ficou marcado pelo fortíssimo chute de canhota…

A contratação de Baroninho, logo após a perda do título brasileiro para o Guarani/SP, em agosto de 1978, gerou controvérsias. Conselheiros e torcedores do Palmeiras já sabiam que Nei, então com 29 anos, não seria o dono da camisa 11 por muito mais tempo.

Porém, como sempre, o nome preferido para substituí-lo era de alguém mais famoso, no caso Éder, o sensacional ponta-esquerda que, à época, ainda defendia o Grêmio/RS. Daí que a vinda de um desconhecido jogador que começara no mesmo time de Pelé, o BAC – Bauru Atlético Clube – passara pelo Guarani/SP e despontara no pequeno Noroeste/SP causou certo incômodo a alguns palmeirenses que, claro, queriam em nosso time mais uma estrela.

Seu incerto começo contribuiu para que tal desconfiança ganhasse corpo e peso. Talvez inibido por ter de disputar a posição com um dos grandes nomes da história do clube, talvez por ter como primeiro técnico Ernesto Filpo Nuñes, evidentemente profundo admirador de Nei, o fato é que Baroninho demorou a mostrar no Verdão o mesmo bom futebol que apresentara no Norusca.

Baroninho: muito melhor do que Luan

Somente após a chegada de Telê Santana, em janeiro de 1979, é que seu jogo começou a aparecer. Aliás, foi sob o comando do “Mestre” que Barone viveu os melhores momentos de sua carreira, quando fez parte do sensacional time que encantou o País com um futebol envolvente, ofensivo mas, infelizmente para o próprio esporte, não vencedor.

Já no ano seguinte, 1980, seu desempenho foi compatível com a pífia campanha do time no Paulistão, que o rebaixou à Taça de Prata (atual Série B) do Brasileirão de 1981. Mas, antes de ser emprestado ao Flamengo/RJ, em maio daquele ano, ajudou o Palmeiras a retornar à elite nacional.

Na Gávea, Baroninho começou como titular absoluto e jogou ao lado de craques como Zico, Júnior, Adílio e Nunes, com os quais se sagrou campeão da Copa Libertadores daquele ano. Já no fim do torneio sul-americano e também no restante do ano, perdeu a posição para o meia Lico, que fazia a função de quarto homem de meio-campo. Por isso, embora tenha viajado para Tóquio/JAP em dezembro de 1981, não participou da vitória por 3 a 0 sobre o Liverpool/ING, que valeu ao rubro-negro a conquista do mundial interclubes.

Devolvido ao Palmeiras ao final do empréstimo, em maio de 1982, Baroninho reassumiu a posição no restante da temporada, mas a reformulação no elenco logo no começo de 1983 trouxe Carlos Henrique e, com isso, Barone deixou de vez o Palestra Itália, transferindo-se para a Inter de Limeira/SP.

Mas suas bombas de pé esquerdo e a garra com que sempre defendeu o Palmeiras jamais foram esquecidas por aqueles que o viram jogar.

Nome: Edílson Guimarães Baroni
Data e Local de Nascimento:18/01/1958, em Bauru/SP
Posição: Ponta-esquerda
Estréia: 20/08/1978 – Ferroviária/SP 0 x 1 Palmeiras
Despedida: 17/04/1983 – Náutico/PE 3 x 0 Palmeiras
Jogos: 192
Gols: 32

5 Responses to BARONINHO: O HOMEM-BOMBA DO VERDÃO

  1. Flamengo 1×4 Palmeiras dentro do Maracanã foi o meu primeiro jogo como torcerdor do glorioso verdão Baroninho acabou com o lateral Toninho e deu de bandeja para Carlos A Seixas,Pedrinho e Zé Mario treis gols que jamais me esqueci. Por favor Marcio não o compari a Luan ou a qualquer outro desse time. abs

  2. Ronaldo - Laranjal Pta.

    Bom dia Márcio, prefiro não mil mas dez vezes mil este site e esta seção do que uma outra que tem um cara chato que é o Sr. M. Neves. Aonde anda ex-goleiro Ivan, e o meio Gerson Caçapa. Boa Páscoa a todos. Paz nos estádios e no mundo, é o que precisamos. Abraços.

  3. Cassiano Tafuri

    Eu gostava desse jogador. Grande ponta esquerda.
    Apesar da época dificil, ele se salvava. Só não conseguiu salvar o Verdão.
    Se bem que, até mesmo aquele time era melhor que o atual.
    Márcio.. você é um profundo conhecedor da história do Palmeiras. Me diz, esses jogadores abaixo não eram melhores do que os atuais?
    Gilmar, Polozi, Beto Fuscão, Pedrinho, Pires, Mococa, Carlos Alberto Seixas, Baroninho..
    Tudo bem, não eram craques, mas se compararmos com Artur, Mauricio Ramos, Marcio Araújo, João Vítor, Maikon Leite, Pedro Carmona.. certamente eles eram bem melhores!
    Um abraço

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