Palmeiras ganha o 9º dos últimos 20 derby’s. E hoje poderia até ter goleado.
Meus amigos.
No futebol, clássicos são como novelas: escritos em capítulos. Uns são mais emocionantes, mais importantes; outros têm como missão unicamente servir de enredo, de ligação entre o mais recente e o próximo episódio. De uma forma ou de outra, quem assiste a apenas uma apresentação deste tipo de jogo não deixa de acompanhar cada página escrita pelo autor – ou, no caso deste de que falamos, autores, pois são seus deuses os regentes deste que é o mais amado esporte do planeta.
Neste sábado, na Arena Barueri, o Palmeiras mais uma vez escreveu uma parte desta pra lá de centenária história. Pela 136ª vez, o capítulo terminou com um final feliz para o nosso lado. E se levarmos em conta de que das últimas 20 vezes que tivemos nosso maior rival pela frente ganhamos nada menos do que 9 clássicos, dá para se ter uma ideia da hegemonia que apresentamos nos últimos anos e, também, minimizar – ainda que em parte – a perda do título do Paulistinha deste ano.
A vitória palmeirense começou e terminou bem cedo. Na verdade, demorou apenas 18 minutos. Este foi o tempo que o Verdão levou para terminar com quaisquer chances de reação por parte do adversário, que só conseguiu chutar uma bola em nosso gol aos 46 da etapa final. Isso foi possível porque, em primeiro lugar, nossos jogadores enfim entenderam que, por mais que a equipe “deles” tenha melhorado nos últimos meses, é a nossa ainda muito, mas superior. E também, admitamos para o bem da verdade, estavam todos eles, assim como nós, engasgados com a derrota na competição estadual.
A se lamentar, apenas, o placar: magérrimos por demais frente à superioridade técnica alviverde em todo o clássico. Uma bola no travessão e um gol lamentável porém corretamente anulado dariam uma veracidade incontestável e, também, fariam justiça àquilo que ambas as equipes fizeram em campo (se bem que, cá entre nós, apenas o Palmeiras fez algo de bom – ou melhor: de ótimo).
Pedindo desculpas a todos vocês pela repetição do adjetivo, ótimo também foi ver a estreia de Paulinho. Em menos de 20 minutos, o atacante mostrou o quanto poderá ser útil quando estiver no ápice de suas formas física e técnica. Isso demorará algum tempo, é verdade, mas se ao menos repetir o que vimos hoje nos dois próximos e dificílimos compromissos que teremos (Inter/RS e Fortaleza/CE, ambos fora de casa), nossas chances de insucessos diminuirão bastante.
Para finalizar, parafraseando alguém muito famoso, afirmo: ganhar é sempre bom. Mas ganhar “deles” é muito melhor.
WEVERTON: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
BRUNO FUCKS: REGULAR
NOTA 5
GUSTAVO GÓMEZ: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
MICAEL: BOM
NOTA 6
EMI MARTÍNEZ: ÓTIMO
NOTA 7
RICHARD RÍOS: BOM
NOTA 6
FELIPE ÂNDERSON: BOM
NOTA 6
PIQUEREZ: MUITO BOM
NOTA 6,5
ESTÊVÃO: BOM
NOTA 6
VÍTOR ROQUE: ÓTIMO
NOTA 7
FACUNDO TORRES: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
ABEL FERREIRA: BOM
NOTA 6
GIAY: BOM
NOTA 6
FLACO LÓPEZ: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
PAULINHO: BOM
NOTA 6
ANÍBAL MORENO: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
IMAGENS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS
13/04/2025 at 12:40
Boa tarde caro Trevisan, muito boa sua crônica neste Domingo de Ramos, confesso que estava engasgado na garganta ganhar deste time, e olha que poderia ser de goleada, mais em se tratando de pontos corridos quanto mais vitórias melhor.
Valeu Verdão por está vitória.
Abraço.
14/04/2025 at 0:08
Olá, Alfano.
Agradeço o elogio.
Você frisou bem: a soma de três pontos e de mais uma vitória são essenciais em torneios de pontos corridos.
Começamos bem, e espero que assim permaneçamos. Apesar dos dois próximos e dificílimos jogos.
Abs.
13/04/2025 at 11:52
Bom dia, Márcio.
O melhor jogo do ano do Palmeiras, sem sombra de dúvidas. Dominamos o time do Corinthians do começo ao fim do jogo e demonstramos uma superioridade incontestável. Como você bem escreveu, só não foi uma goleada porque o goleiro deles fez boas defesas.
Alguns pontos que me chamam a atenção:
1. É impressionante a força física que tem o VR. O cara não perde uma bola e acredita em todas as jogadas. Apesar de ter tido dois gols anulados, seu primeiro gol com a camisa do Verdão está maduro e vai sair daqui a pouco;
2. Torço para que Veiga se recupere rápido, mas sua saída do time trouxe mais vigor à equipe. A bola em seus pés vinha resultando em atraso nas jogadas e Felipe Ânderson, finalmente, vem se mostrando mais participativo;
3. Paulinho ainda está completamente fora de ritmo, mas gerou boas expectativas. É técnico e tem boa finalização. Com certeza irá colaborar muito com a equipe.
Após quase 04 meses frustrantes, creio que estamos construindo uma equipe que será, sim, competitiva. Ganharemos todas as competições? Claro que não, mas teremos um time que dará trabalho aos seus adversários.
Um abraço.
Valter
14/04/2025 at 0:06
Valter, salve!
Concordo com o que você escreveu sobre Vítor Roque, Paulinho e Veiga.
Mas não se iluda: assim que tiver condições, possivelmente o próximo fim de semana, ele voltará à equipe titular. Abel o adora.
Quanto à sua colocação final, ela também poderá acontecer. Mas desde que os jogadores entrem em campo com a mesma disposição que vimos no sábado.
Abs.