“Flaquíssimo” lembra o outro, perde gol feito e impede vitória do Palmeiras na estreia do Brasileirão
Meus amigos.
Se uma partida entre os campeões das três mais recentes edições do Campeonato Brasileiro termina empatada é algo absolutamente normal. Afinal, tanto na prática quanto na teoria o jogo envolve duas das mais fortes equipes do País. E nem importa se o mando é de um ou do outro. Portanto, este 0 a 0 que o Palmeiras obteve diante do Botafogo/RJ nesta gostosa tarde de outono paulistano não é um resultado capaz de nos tirar o sono, até porque na abertura do returno, na capital fluminense, um novo empate – ou até mesmo uma vitória alviverde – poderá acontecer. Por que não?
O que é capaz de nos tirar, senão o sono, ao menos a tranquilidade, e simultaneamente fazer surgirem algumas rugas em nossos rostos é o futebol que o nosso time tem jogador desde o começo desta temporada. Se nos primeiros jogos do Paulistinha a explicação (ou, se preferirem, a desculpa) era que atuávamos com escalações mistas, nas últimas partidas do torneio regional fomos a campo com o que naqueles momentos tínhamos de melhor. E também não jogamos quase nada. Nem mesmo nas vitórias sobre Mirassol/SP e São Paulo/SP apresentamos algo que pudesse nos fazer sonhar com dias melhores.
Hoje não foi diferente. Pra começar, o cada vez mais arrogante Abel Ferreira deu uma de português e cometeu um erro tático juvenil ao definir os 11 titulares. Mesmo jogando em casa e ciente de que só uma vitória amenizaria um pouquinho a frustração da perda do tetra paulista para o maior rival, começar com dois volantes de armação (Ríos e o estreante Evangelista) e nenhum de marcação abriu um rombo gigantesco em nossa intermediária defensiva. Ainda bem que o time carioca não é mais aquele de 2024, pois se o fosse teria facilmente garantido os três pontos ainda no primeiro tempo.
Outro problema diz respeito não ao coletivo, mas às individualidades. Veiga está tão mal, mas tão mal que, se no próximo jogo for este jornalista o incumbido de marcá-lo, ele nada fará em campo. E olha que tenho 57 anos e 92 kg! Estêvão é, sim, um grande talento, mas pensa que joga mais do que Julinho Botelho, do que Edmundo e até do que Garrincha. Toda bola que recebe (e recebe muitas, pois é o melhor do time), tenta a jogada individual – às vezes ganha, é verdade, mas na maioria das outras, perde. E gera contra-ataques como o que originou o gol “deles” no primeiro jogo da final do Paulistinha ou, então, o que aconteceu hoje, quando a bola só não terminou no fundo das nossas redes porque os atacantes botafoguenses estavam mal das pernas.
E vejam como são as coisas: mesmo diante de tudo isso, só não começamos nossa busca pelo tridecacampeonato brasileiro com uma vitória porque nossos centroavantes pisaram feio na bola. Vítor Roque lutou muito, reconheço, mas teve a chance de marcar seu primeiro gol com a camisa verde ao subir sozinho e, de cabeça, mandar a bola muito longe da trave. Superar tal erro parecia impossível, mas não para quem tem Flaco López no elenco: aos 42 da etapa final, o maldito recebeu um lançamento perfeito de Bruno Fucks (??!!) e, cara a cara com John, conseguiu chutar em cima do goleiro, perdendo a bola do jogo. Qualquer semelhança com as dezenas de vezes que Rony protagonizou lances idênticos não terá sido mera coincidência – ambos são ruins não de dar pena, mas de dar ódio.
Apesar de tudo isso, prezados palmeirenses, quero finalizar mais uma vez deixando uma mensagem de esperança a todos vocês: tenho certeza de que iremos melhorar. Paulinho ainda não estreou, Vítor Roque ainda não desencantou e toda má fase chega uma hora que passa.
Só espero que esta termine já na quinta-feira, quando estrearemos na Libertadores contra o mais fraco adversário da chave, o Sporting Cristal/PER, e teremos a obrigação – repito: a obrigação! – de vencer.
WEVERTON: BOM
NOTA 6
MAYKE: MUITO RUIM
NOTA 4
MURILO: MUITO RUIM
NOTA 4
MICAEL: BOM
NOTA 6
PIQUEREZ: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
ERICHARD RÍOS: REGULAR
NOTA 5
LUCAS EVANGELISTA: REGULAR
NOTA 5
RAPHAEL VEIGA: RUIM
NOTA 4,5
ESTÊVÃO: RUIM
NOTA 4,5
VÍTOR ROQUE: RUIM
NOTA 4,5
FACUNDO TORRES: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
ABEL FERREIRA: REGULAR
NOTA 5
GIAY: RUIM
NOTA 4,5
FLACO LÓPEZ: PÉSSIMO
NOTA 3,5
BRUNO FUCKS: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
FELIPE ÂNDERSON: REGULAR
NOTA 5
EMI MARTÍNEZ: REGULAR
NOTA 5
IMAGENS: CÉSAR GRECO/AG. PALMEIRAS
31/03/2025 at 16:38
Boa tarde a todos!
Caro Trevisan, vc que é um ótimo Jornalista e um excelente comunicador, saberia informar se o super mundial de clubes poderia ser adiado ou temporariamente cancelado?
01/04/2025 at 1:39
Olá, Zé.
Agradeço muito os elogios.
Olha só: não há como adiar esta competição. E, mesmo que fosse possível, de que adiantaria?
O mais provável é que chegaríamos com um time pior do que este.
Abs.
31/03/2025 at 14:36
Continuo muito, muito, mas muito
preocupado com o Super .Mundial
Abçs.
01/04/2025 at 1:37
Olá, Jair.
Não precisa se preocupar com o Super Mundial, cujo nome correto é I Copa do Mundo de Clubes.
Nesta competição nossa obrigação (assim como a da maioria dos clubes sul-americanos) é apenas chegar às oitavas de final. Se formos além, poderemos comemorar como se fosse um título.
Abs.
31/03/2025 at 13:32
Boa tarde caro Trevisan, que absurdo tanto gasto para pouco Futebol, agora quero ver na próxima quinta-feira o que vão fazer, me desculpe.
Abraço.
01/04/2025 at 1:36
Olá, Alfano.
Elenco milionário e um futebol de mendigo, esta é a verdade.
Quanto ao que eles vão fazer quinta, é simples: eles têm de ganhar. Não há outro resultado porque o Sporting Cristal/PER é o pior time do grupo.
Abs.
31/03/2025 at 9:17
Meu caro Marcio ,o que preocupa é a má fase técnica de quase todo elenco e a porção PARDAL do Abel se manifestando com muita frequência, bem como sua arrogância sem limites !!!!
01/04/2025 at 1:34
Olá, Heitor.
Más fases passam, e isso é bom. O ruim é que falta de qualidade, como a de Flaco López, é constante e não passa nunca.
Quanto a Abel, todo técnico tem a sua porção Pardal, só que a dele por vezes é muito grande. No que diz respeito à arrogância, esta não tem jeito: ou se teve berço ou não se teve berço.
Abs.
31/03/2025 at 8:41
Bom dia, Marcio.
Sinceramente, está difícil de assistir aos jogos do Palmeiras. É uma várzea o que vemos em campo, a mais completa desorganização tática e técnica.
Não temos meio campo, pois conexões são feitas diretamente para o pobre do Vitor Roque, que é obrigado a ficar se matando com os zagueiros depois de receber os chutões da zaga e dos laterais. Após as partidas os jogadores não precisam nem tomar banho, pois a quantidade de “chuveirinhos” é tanta que devem sair limpos.
O que aconteceu com Abel e sua comissão técnica? Esses caras eram excelentes em tirar leite de pedra e hoje, contando com um elenco melhor que o do ano passado, não conseguem extrair uma gota do laticínio! O que é praticado em treino se transforma em jogadas “desensaiadas”, pois nada acontece.
Sei que pode parecer difícil, mas alguém precisa chegar em Abel e perguntar: amigo, qual o problema? Perdeu a vontade? Perdeu o interesse? A torcida já está fazendo a sua parte, vaiando e mostrando insatisfação pelo que vê em campo. Não sei se será o suficiente, mas quando o palmeirense pega birra a coisa começa a se complicar, mesmo para quem tem um histórico tão vitorioso como o Abel.
Um abraço.
Valter
01/04/2025 at 1:32
Valter, salve!
O que acredito que está acontecendo é muito simples: vários jogadores saíram, outros chegaram e levará um tempo até que a CT consiga criar uma nova forma de o time jogar, pois as anteriores já estão manjadas – e faz algum tempo.
Além disso, é evidente a má fase de alguns de nossos jogadores, como Veiga e Estêvão, por exemplo, além de lances que teriam nos dado vitórias (como nos jogos contras “eles” na fase de classificação e também na primeira decisão) ou este diante do Botafogo/RJ. Nestes casos, meu amigo, a resposta é a ruindade de quem os protagonizou.
Mas vc está certo: a resposta tem de vir o quanto antes, e este antes é nesta quinta, quando enfrentaremos o pior time do grupo e temos a obrigação de vencer.
Abs.
31/03/2025 at 7:36
Bom dia a todos,
Minha opinião, é que essa prática de salários nas alturas , desmotiva um pouco alguns atletas, os jogos ficam menos importantes.
Bom é bicho por jogo! ,não por metas,senão ganhar ou perder não faz tanta diferença,o bicho vem do mesmo jeito!,e a torcida vai sofrendo….
Abraços.
01/04/2025 at 1:28
Olá, Eduardo.
Entendo seu ponto de vista, mas não é bem assim – ganhar ou perder faz, sim, diferença.
Explicando: vamos imaginar que se o Palmeiras tivesse sido campeão paulista o prêmio seria de 1.000 reais para cada atleta. Mas, como foi apenas vice, ficou em 500 reais. Se nem à final tivessem chegado, cada jogador receberia 250 reais. Ou seja: quanto mais longe forem em um torneio, maior será o prêmio que receberão.
E isso vale para todas as competições que, claro, têm prêmio diferentes: Copa do Mundo de Clubes paga mais do que a Libertadores, que paga mais doque o Brasileirão, etc.
Abs.