MUITO PRAZER, THALYS

Cria da Academia sai do banco e evita derrota do Palmeiras em Bauru/SP

Meus amigos.

Começo de temporada é assim mesmo: equipes pequenas costumam dar mais trabalho porque já treinam há um bom tempo, enquanto os grandes praticamente realizam a pré-temporada disputando partidas oficiais. Por isso, já esperava pelas dificuldades que o Palmeiras enfrentaria hoje em Bauru/SP diante do Noroeste/SP que, claro, fez o jogo mais importante de sua vida nos últimos 14 anos.

Sendo assim, creio que são três os pontos positivos que podemos destacar: o primeiro, claro, foi o fato de não termos perdido a partida, algo que poderia muito bem ter acontecido dadas as chances que o time da casa teve nos primeiros minutos. O segundo foi ver em campo jogadores atuando em funções diferentes – caso de Giay – e também mostrando que, mesmo sendo reserva, podemos confiar cegamente – caso de Marcelo Lomba. E o terceiro, e ainda mais importante, é perceber que a base continua revelando nomes interessantes.

Refiro-me, neste ponto, mais especificamente a Thalys. Ele não é um centroavante que se movimente muito, que busca o jogo fora da área e nem que exibe grandes habilidades técnicas. Mas mostrou nas equipes de baixo e, claro, também neste sábado, que sabe marcar gols. O que ele fez, e que impediu nossa derrota, não foi bonito nem fruto de uma grande jogada, mas foi – e isso é o que mais importa.

Que o garoto de apenas 19 anos continue ajudando o Verdão daqui pra frente, mas que isso não sirva de desculpa para a nossa diretoria deixar de buscar alguém realmente pronto para ser o nosso camisa 9.

 MARCELO LOMBA
NOTA 6,5

Para mim, o melhor do nosso time. Não fossem duas grandes defesas suas logo no começo do jogo e com certeza teríamos perdido.

MAYKE
NOTA 4,5

Até apareceu com certa frequência e q1ualidade no apoio, mas foi mal na marcação. O gol que sofremos – e outros que poderíamos ter sofrido – começaram em seu setor.

GUSTAVO GÓMEZ
NOTA 5,5

Seguro como quase sempre, muito embora tenha tido um trabalho dos infernos com o tal do Carlão. 

BENEDETTI
NOTA 6

Este jovem parece – repito: parece – não sentir o peso da camisa. Hoje, esteve muito seguro tanto pelo alto quanto por baixo.

CAIO PAULISTA
NOTA 5

Não se pode esperar muito de quem tem pouco a dar. Daí que, pelo menos neste sábado, ele não atrapalhou o time.

ANÍBAL MORENO
NOTA 4,5

Começou 2025 da mesma forma como terminou 2024: mal. Embora sobrecarregado por ser o único marcador no meio-campo, esteve alheio ao jogo e também errou passes fáceis.

GIAY
NOTA 5

Teve dupla função: quando o Palmeiras atacava, era o lateral-direito; quando era atacado, o segundo volante (posição em que começou sua carreira). Não se destacou em nenhuma delas, mas pelo menos cumpriu aquilo que lhe foi pedido.

RAPHAEL VEIGA
NOTA 6

Não brilhou como sabemos que pode, mas se entregou em campo buscando ocupar várias faixas do gramado. E nas bolas mostrou o talento que conhecemos.

 FACUNDO TORRES
NOTA 5,5

Para uma estreia, até que foi satisfatório. Rendeu mais no decorrer da partida, quando foi atuar em sua real posição (a ponta-esquerda), do que na direita, onde foi escalado no início. Mostrou personalidade, e isso é muito importante.

FLACO LÓPEZ
NOTA 4,5

Todos sabemos o que ele pode entregar, e todos sabemos também que é muito pouco. Não tem condições de ser o nosso camisa 9, o que aliás todos também sabemos.

 LUIGHI
NOTA 5,5

Começou deslocado para a esquerda, depois foi para a direita e quando deixou o campo já era uma espécie de segundo centroavante. Procurou ajudar e, mesmo sem se destacar, também não atrapalhou

ABEL FERREIRA
NOTA 6

Nosso treinador cumpriu o que prometera e, assim como fizera na estreia do Paulistinha, hoje começou a partida diante do Noroeste/SP com apenas cinco titulares – Gómez, Caio, Moreno, Veiga e López. Ou seja: deixou treinando na Academia outros importantes jogadores e, com isso, terá mais opções em melhores condições para o primeiro clássico do ano – quarta-feira, diante do Santos/SP, fora de casa.

Claro que sempre se corre o risco de, ao agir como vem agindo, o resultado não ser o que se esperava. Mas em um ano cujo calendário será ainda mais apertado para o nosso time e diante do pouquíssimo tempo de pré-temporada que o grupo teve, creio que ele acerta em sua decisão. Além disso, vale lembrar que ao mesclar a equipe titular o portuga abre espaço para suplentes. Hoje, por exemplo, dois destes melhoraram o nosso time – Rômulo no aspecto coletivo, e Thalys no individual.

São apenas os primeiros passos rumo ao cume da colina, cujo primeiro degrau mais íngreme Abel terá de subir já na próxima rodada. Vamos aguardar para ver quais os jogadores que ele escolherá para ajudá-lo nesta missão.

 

THALYS
NOTA 6

Em sua segunda partida pelo time principal, repetiu o que fizera na estreia – ou seja, muito pouco. A diferença é que, neste sábado, mostrou oportunismo e fez o gol que nos livrou da derrota.

 

ALLAN
NOTA 5

Não gosto muito de me animar com jogadores em início de carreira profissional, mas há algo neste rapaz que me chama a atenção: ele atua como se fosse alguém com uma história do clube. Tomara continue assim.

ATUESTA
NOTA 5,5

O cara que nem deveria ter voltado até que não foi mal hoje. Preencheu o setor de meio-campo ofensivo e fez duas boas jogadas individuais.

RÔMULO
NOTA 5

Entrou mais uma vez deslocado na ponta esquerda e nela fez o que pôde. O que não foi muita coisa.

VANDERLAN
NOTA 5

Entrou apenas devido ao cansaço de Caio Paulista. E fez tanto quanto ele.

 

IMAGENS: CESAR GRECO/AG.PALMEIRAS 

4 Responses to MUITO PRAZER, THALYS

  1. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, não fosse o Lomba teríamos perdido está partida, o meio campo todo aberto e jogando fora, valeu pelo empate graças ao moleque Thalys.

    Agora quero ver no clássico da próxima quarta-feira, não pode “inventar”.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Concordo com sua análise.

      Em relação ao jogo na Vila, é bom somarmos pontos, pois o São Bernardo já está à nossa frente.

      Abs.

  2. Bom dia a todos,
    O que mais gostei foi do Benedeti, com oportunidades e orientações, é nível seleção Brasileira!,bom na defesa, e um tormento no ataque!.Para a camisa 9 , pelo jeito a solução deve vir da base.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Eduardo.

      De fato, Benedetti começa bem sua passagem pelo time principal, mas ainda é cedo para afirmarmos que ele será um jogador em nível de seleção. Tomara que isso aconteça, mas para ser sincero em minha opinião nem Vítor Reis havia convencido a ponto de ser vendido pela quantia astronômica que foi.

      Quanto à camisa 9, pelo amor de Deus: ou chega alguém para se tornar dono absoluto da posição ou, então, veremos em 2025 o que vimos em 2024: muitas chances criadas e muitas chances perdidas.

      Abs.

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