Nesta sexta-feira nosso clube faz aniversário. Mas os parabéns, pode ter certeza, são extensivos a todos nós.

Chegar aos 97 anos em plena forma e com todo o gás é privilégio de pouquíssimos, mas a Sociedade Esportiva Palmeiras conseguiu. E o fez da melhor forma possível, tendo de seus admiradores o carinho de sempre e de seus adversários o mesmo respeito que norteou toda a sua trajetória.

Desde 1914, quando nasceu fruto do sonhos de imigrantes italianos ainda com o nome de Palestra Itália, até hoje, já no Século XXI, o clube teve como um de seus principais lemas transformar a lealdade em padrão, como aliás atesta um dos versos do seu Hino Oficial.

Por isso, não poderíamos deixar de registrar mais um aniversário do nosso amado Verdão. Quando isso acontece, seus cerca de 15 milhões de aficcionados também estão em festa. Afinal, os parabéns são, de fato, extensivos a todos nós, já que o clube não vive sem a sua principal razão de existir e o torcedor também não consegue viver sem a sua maior paixão.

Vitórias e derrotas fazem parte da história de qualquer agremiação esportiva, até porque não existe uma só equipe, um só atleta, independentemente do esporte que pratique, que seja exclusivamente vencedor ou perdedor. Mas no caso do Palmeiras os triunfos em muito se sobrepõem aos fracassos. Limitando-me apenas ao futebol, basta lembrar, por exemplo, os mais de 100 títulos obtidos nas esferas municipal, estadual, nacional e internacional ou as quase 3 mil vitórias que a equipe principal conseguiu em pouco mais de 5.400 jogos que disputou até hoje, número que o transformaram no grande “Campeão do Século XX”.

Ídolos os tivemos a perder a conta. Ademir da Guia foi o maior? Sem dúvida. Mas como esquecer Serafini, Bianco, Heitor, os irmãos Gaetano Imparato, Imparatinho e Luiz Imparato, Echevarrietta, Luizinho Mesquita, Lima, Oberdan, Humberto Tozzi, Jair Rosa Pinto, Rodrigues Tatu, Julinho Botelho, Mazzola, Servílio, Valdir de Moraes, Djalma Santos, Dudu, Leão, Luís Pereira, Leivinha, César, Jorginho, Jorge Mendonça, Velloso, Evair, César Sampaio, Zinho, Alex, Arce, Paulo Nunes, Sérgio, Edmundo e três que ainda fazem parte do time – Marcos, Kléber e Valdivia? Isso sem contar dezenas de outros aqui não citados e aos quais, pelo esquecimento, peço perdão. Se fôssemos eleger o melhor Palmeiras de todos os tempos, teríamos de montar umas cinco ou seis equipes, no mínimo.

Sempre é bom poder escrever e ler sobre alguém que, mesmo com 97 anos de vida e experiência, ainda mantém o vigor de uma criança, a impetuosidade de um adolescente e a vitalidade de um jovem.

Parabéns, Palmeiras, amor primeiro de nossas vidas e eterno clube-menino do futebol brasileiro.