Primeiro reserva da Segunda Academia costumava ganhar jogos que Verdão parecia não ter forças para tanto.
Na primeira metade dos anos 70, o Palmeiras pôde contar com um jogador que, sem constrangimento algum, ocupou a condição de “primeiro reserva”. O atacante Fedato, justamente por ter a facilidade de atuar tanto pelas pontas como no comando do ataque, era sempre a opção principal quando um titular da chamada “Segunda Academia” não podia ser escalado.
Mas era quando entrava no decorrer das partidas que este palmeirense de coração mais se destacava. Não foram poucas – ao contrário, até: foram inúmeras – as vezes em que graças à sua entrada em campo o Palmeiras conseguiu vencer um jogo que parecia fadado a não ganhar. Daí o carinho que ganhou por parte da torcida, que o elegeu como o maior talismã de toda a nossa história.
Descoberto por Mário Travaglini durante um jogo do Cerâmica Clube, de sua cidade natal, Fedato chegou para jogar no Juvenil do Verdão em 1965. Assim que começou a se destacar, foi emprestado a pequenos clubes paulistas, como Nacional, Botafogo, Comercial e Noroeste – neste, por sinal, tornou-se dos heróis no retorno à elite do futebol estadual.
De volta ao Palmeiras no segundo semestre de 1970, tornou-se um dos mais queridos e importantes jogadores da equipe durante 5 anos. Com o fim daquele período mágico, no qual o time se sagrou bicampeão paulista e bicampeão brasileiro, entre outras conquistas, ganhou o passe livre e foi jogar no Náutico/PE. Mas, assim que encerrou a carreira de atleta, retornou ao Palestra Itália para dar início à de treinador. Primeiro das categorias de base e, depois, da equipe principal, a qual dirigiu em três oportunidades e 79 partidas.
Fedato nos deixou muito cedo e de forma surpreendente: em janeiro de 2000, durante um rotineiro exame cardiológico, ele sofreu um infarto. Tinha, então, apenas 51 anos.
Ficha Técnica
Nome: Antônio Carlos Fedato
Data e Local de Nascimento: 18/11/1948, em São Caetano do Sul/SP
Data e Local de Falecimento: 26/01/2000, em São Caetano do Sul/SP
Posição: Atacante
Estreia: 07/10/1970 – Catanduvense/SP 1 x 2 Palmeiras
Despedida: 17/12/1975 – Santo André/SP 0 x 2 Palmeiras
Jogos: 267
Gols: 61
Títulos Expressivos: Brasileiro/72, Paulistão/72, Brasileiro/74, Paulista/74, Ramón de Carranza/74 e 75
Obs.: Esta seção será atualizada em 16/08/2011.
09/08/2011 at 21:32
Prezado Márcio,
a palavra que me vem é saudade. Tantas vêzes o vi entrar como opção e resolver quando os grandes craques da Segunda Academia passavam em branco. E que números expressivos, considerando que era um reserva!
Abraços do
Penna Filho – Verde que te quero Verde!