Palmeiras vence Supercopa do Brasil e se isola ainda mais como maior campeão do País 

Meus amigos.

Um dos pilares com os quais construí minha carreira no Jornalismo, e lá se vão quase 35 anos desde que iniciei minha jornada profissional, é ser completamente sincero com aqueles que acompanham meu trabalho. Ocorre, porém, que há momentos em que esta sinceridade precisa ser guardada em um cantinho da nossa consciência e só mais tarde, na hora exata, ser levada a público. E o motivo é simples: às vezes, tenho de ser o chicote na mão do torcedor, com o qual ela extrapola todos os seus sentimentos em relação à equipe, mas noutros minha obrigação é niná-lo em meus braços e manter sua esperança de que tudo irá dar certo.

Dito isso, vai aí uma verdade que escondi de vocês desde o começo deste ano: minhas expectativas em relação à conquista da Supercopa do Brasil/2023 não eram muito grandes. Pelo que entendo de futebol, o Flamengo/RJ era bastante favorito por duas razões: tem um elenco indiscutivelmente superior ao nosso e, claro, ainda não havia engolido a derrota na Libertadores de 2021. Isso sem que falemos, claro, do futebol bem mais ou menos que o Palmeiras apresentou nestes primeiros jogos da temporada.

Ocorre, porém, que o Verdão me surpreendeu positivamente nesta tarde de sábado. Vi um time extremamente aguerrido, impondo sua grandeza histórica e também atual e em nenhum momento se escondendo em um esquema defensivo. Tal situação, podem estar certos, também deixou boquiabertos os nossos adversários, acostumados a ter pela frente oponentes que vão a campo única e exclusivamente com o intuito de perder de pouco. Nem mesmo quando a equipe carioca abriu o placar, numa burrada gigantesca de Zé Rafael, nosso time se perdeu – ao contrário: a superioridade que já tínhamos desde o primeiro minuto se ampliou e, com totais méritos, viramos a partida em apenas 11 minutos.

Claro que tal panorama não se manteria intacto na etapa final. O Flamengo/RJ, qualitativamente falando, é um “senhor” time, sobretudo a partir do setor de criação de sue meio-campo. As opções que seu mau-caráter treinador (cujo nome nem me dou ao trabalho de escrever) tem no banco de reservas chegam a dar inveja, tamanha é a sua qualidade. O único ponto fraco dos flamenguistas, e não é de hoje, é a sua defesa, e disso soube muitíssimo bem se aproveitar os comandados de Abel Ferreira, seja com jogadas pelas pontas com Dudu e Rony sobre Varela e Airton Lucas, seja com a aproximação de Rafael Veiga a Endrick, seja com o constante apoio de Marcos Rocha. Ou seja: a postura de um clube que é gigante aliada à qualidade técnica dos jogadores que possui foi um dos principais fatores que nos levaram a mais uma conquista em nível nacional.

Repararam? Eu disse “um”. O outro, prezado leitor, foi uma atuação perfeita de Abel Ferreira. A maneira como taticamente montou o nosso time e, sobretudo, o momento exato em que mandou a campo Mayke como ponta direita melhoraram demais o Palmeiras no aspecto ofensivo e também fortaleceram nossa marcação, já que a partir de então Rocha, que teve uma excelente atuação, inclusive evitando um gol certo de Pedro, passou a ter alguém a auxiliá-lo no setor. Outro que entrou bem demais foi Jaílson, preenchendo nossa intermediária defensiva e, como se já não fosse suficiente, também aparecendo na frente quando atacamos. Ouso dizer que mesmo jogando menos de 20 minutos ele foi quase tão bem quanto Gabriel Menino, o herói desta conquista e o melhor em campo.

Para finalizar, gostaria de lembrar que esta foi a nossa 17ª conquista em nível nacional, o que isola ainda mais o Palmeiras na condição de maior campeão da história do futebol brasileiro. Fico imaginando a inveja que mais uma vez estão sentindo de todos aqueles que não têm a sorte de torcer pelo Verdão.

Parabéns, palmeirense: ninguém mereceu este título mais do que você.

MERENTIEL – DIVINO
NOTA 10

GARCIA – DIVINO
NOTA 10

NAVES – DIVINO
NOTA 10

VINÍCIUS – DIVINO
NOTA 10

ANDREY  “CEBOLA” LOPES – DIVINO
NOTA 10

JOÃO MARTINS – DIVINO
NOTA 10

VÍTOR CASTANHEIRA – DIVINO
NOTA 10

CRÉDITO FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS