Palmeiras só empata em Goiânia/GO e já perde cinco pontos no início do Brasileirão

Meus amigos.

É quase impossível a qualquer time do mundo ganhar todos os títulos que disputa em uma mesma temporada. Por isso, é claro que o Palmeiras não irá ganhar os três campeonatos que ainda tem a disputar neste ano. E como já faturou duas das três taças a que competiu em 2022 (a da Recopa e a do Paulistinha), poderá ganhar mais uma, de repente, até duas, mas levantar os três troféus, lamento, é muito improvável. Daí que, se de fato não garantirmos o hendeca do Campeonato Brasileiro ainda neste ano, paciência. Sobretudo se, como disse acima, conseguirmos sucesso em mais uma ou duas empreitadas.

Contudo, deve-se tomar muito cuidado com o futebol. A verdade dos fatos é que, em seis pontos pontos disputados até aqui, o Verdão faturou apenas um – ou 16.6% -. Este percentual só é superior, por exemplo, ao obtido pela Chapecoense/SC no Brasileirão do ano passado, e vale lembrar que a equipe catarinense terminou na última colocação da tabela. Em outras palavras: por ora, nosso desempenho é de time rebaixado.

Obviamente, não estou dizendo que o Palmeiras corre o risco de cair. Se o dissesse, provaria total desconhecimento sobre o jogo de bola e, claro, mostraria minha brutal incapacidade de entender o que acontece neste esporte. Afinal, foram apenas duas rodadas e ainda restam outras 36 pela frente. Só que, analisando a tabela antes do início da competição, vencer o Ceará/CE e o Goiás/CE eram resultados mais do que esperados, e isso não aconteceu.

O que eu quero dizer, prezado palmeirense, é que estes cinco pontos que deixamos escapar com toda a certeza nos farão falta no futuro, quando saberemos se a equipe irá ou não brigar por este que poderá se seu 11º título do Brasileirão. Então, como diz o título desta crônica pós-jogo, é melhor abrir o olho e, preferencialmente, recuperar estes pontos que perdemos já nas próximas duas partidas. E se os adversários seguintes são os que são, o Palmeiras que se vire.

O Jogo – Uma das características mais apaixonantes do futebol é que, muitas vezes, algo que parece ser ruim se torna bom, e vice-versa. Hoje, no acanhado Estádio Hailé Pinheiro, o Palmeiras dominou o Goiás/GO desde o começo da partida, e só não abriu pelo menos 2 a 0 antes mesmo dos 15 minutos graças ao ótimo, embora “encerador”, goleiro Tadeu.

Tudo caminhava bem até que o volante dos caras, Auremir, se machucou logo aos 17. O estreante Jair Ventura mandou a campo, então, o zagueiro Da Silva, e com isso alterou o esquema tático do 4-4-2 para o 3-5-2. Com isso, ele diminuiu os espaços que o Verdão tinha pela direita, onde Marcos Rocha, Raphael Veiga e Dudu deitava e rolavam, e aos poucos foi minando as forças da nossa equipe e, simultaneamente, crescendo em campo, só não abrindo o placar ainda na etapa inicial graças a um verdadeiro milagre de Weverton.

No segundo tempo, sem conseguir escapar desta armadilha montada totalmente sem querer pelo técnico adversário, nossa equipe foi sentindo mais o jogo, alguns jogadores – como Dudu e Danilo – sumiram e a queda de rendimento foi inevitável. Para piorar, em mais uma falha do horrendo Piquerez (Pqp! Quem inventou este infeliz?), levamos um gol polêmico e tudo piorou. Só então nosso treinador mexeu na equipe, e por pouco não foi tarde demais.

O MELHOR: RAPHAEL VEIGA
Ótimo – Nota 7,5

Sei que estou me tornando repetitivo, mas não tenho culpa se e quase todas as partidas ele é o nosso maior destaque. Hoje, esteve ótimo na armação das jogadas, nos passes e nos lançamentos, e quase marcou mais um gol – só não o fez porque Tadeu é, de dato, um ótimo goleiro.

MERECE ELOGIOS: WEVERTON
Ótimo – Nota 7

Vou ser bem sincero: não fossem os dois milagres que praticou, um em cada tempo, e o Palmeiras teria voltado do Centro-Oeste com um resultado bem pior do que este 1 a 1. Depois de ser um mero espectador diante do ridículo time boliviano, no meio de semana, hoje Weverton voltou a ser protagonista e mostrou, mais uma vez, que sua constante presença na Seleção Brasileira é algo justíssimo.

PALMAS PRA ELE: ABEL FERREIRA
Bom – Nota 6

Abel Ferreira, como disse, demorou para mexer no time, o que aliás é uma de suas características quando não estamos perdendo. Porém, quando o fez pela primeira vez, acertou em cheio: mandou o horrível Piquerez, que não acerta um cruzamento e ainda é péssimo na marcação, para o chuveiro (se bem que eu o teria mando a outro lugar…) e colocou em campo Gustavo Scarpa. O meia, transformado em lateral, não foi lá grande coisa, mas pelo menos não atrapalhou tanto quanto o maldito uruguaio. O português também acertou quando trocou Gabriel Veron, que não foi bem porque teve de ajudar o lateral-esquerdo na marcação, por Rony, pois isso tornou o lado canhoto do nosso ataque bem mais perigoso. Também foi muito feliz ao sacar Dudu, que desapareceu no segundo tempo, e colocar Wesley, muito embora este não tenha jogado nada bem e ainda perdido uma boa chance. Em relação às entradas de Jaílson e de Atuesta nos lugares de Zé Rafael e Marcos Rocha, respectivamente, confesso-lhes que não as entendi.

Os demais profissionais ficam com as seguintes avaliações:

Zé Rafael: Bom – nota 6
Marcos Rocha, Murilo, Dudu, Gustavo Scarpa e Rony: Satisfatório – nota 5,5
Gustavo Gómez, Danilo, Gabriel Veron e Jaílson: Regular – nota 5
Rafael Navarro e Wesley: Ruim – nota 4,5
Piquerez: Muito Ruim – nota 4

FOTOS: CESAR GRECCO/AG. PALMEIRAS