SÓ PRA NÃO PERDER O COSTUME

Em noite brilhante de Danilo, Verdão ganha mais uma do time “deles”.  E pela 131ª vez.

Meus amigos.

Se a intenção da Federação Paulista de Futebol era sacanear o Palmeiras quando decidiu marcar os três clássicos em um espaço de apenas sete dias (o que é mais do que óbvio), fico muito feliz de informá-la de que sua estratégia não deu em nada. Aliás, pelo contrário: ao vencermos nossos principais rivais, atingimos uma pontuação que, independentemente dos resultados de todos os classificados daqui em diante,  nos dará a vantagem de decidirmos em casa enquanto estivermos na disputa do Paulistinha.

Aliás, se comparada às vitórias sobre o São Paulo/SP e o Santos/SP, a de hoje foi bem mais convincente. Extremamente bem posicionado no aspecto defensivo, comandando com folgas o meio-campo e tendo um ataque muito veloz, o Palmeiras só não garantiu a vitória e até mesmo uma goleada ainda no primeiro tempo porque, como estamos cansados de saber, nosso time não tem um centroavante decente. Se o tivesse, a esta altura o time “deles” estaria amargando muito mais do que apenas a 131ª derrota que sofreu para o Verdão.

Em nenhum momento do derby nos deixamos dominar pelo adversário, que só chegou ao gol de empate devido a um erro de Murilo – por sinal, o mesmo zagueiro teve uma atuação para se esquecer, pois falhou também no fim do segundo tempo e colocou nossa vitória em risco no lance que culminou com o erro na saída de gol de Weverton e a cabeçada para fora de Giuliano. Com exceção do pênalti que lhes deu o empate durante oito minutos e a jogada acima, a equipe do bando de loucos sequer chegou a nos fazer cócegas.

Isso foi fruto de uma entrega elogiável de todo o grupo, de excelentes atuações individuais e, também, de uma noite inspirada de nosso treinador. Tais fatores, aliados ao emocionante apoio de quase 40 mil palmeirenses, que quase lotaram a Arena Palestra Itália, criaram um clima de tamanho positivismo que seria, mesmo, impossível não ganhar “deles” outra vez. 

Diante de tais números, sinceramente não estou nem um pouco preocupado se iremos ou não ganhar mais um Paulistinha.

O MELHOR: DANILO
Excelente – N0ta 8,5

O que este rapaz vem jogando neste ano e, sobretudo, o que jogou hoje é uma “sacanagem”. Além de anular quase que completamente o ótimo Renato Augusto, impedindo o cérebro corintiano de criar jogadas, ainda por cima iniciou lances de ataque e fez um gol de centroavante.

MERECE DESTAQUE: DUDU
Ótimo – Nota 7,5

Nosso camisa 7 foi um inferno na vida do coitado do Lucas Piton, que ficou até tonto de tanto que correu atrás dele o jogo todo. Há partidas em que Dudu mostra porque tem sido, desde 2015, o melhor e mais importante jogador do Palmeiras. Hoje foi rápido, habilidoso, agudo e o melhor atacante do Verdão (nota 7,5 – Ótimo).

PALMAS PRA ELE: ABEL FERREIRA
Ótimo – Nota 7

Abel Ferreira mostrou um ótimo trabalho nesta quinta-feira. Primeiro, acertou ao optar pelo esquema 4-4-2, com Scarpa encostando em Rony quando atacávamos e apoiando Piquerez na marcação quando éramos atacados. Isso fez com que uma importante jogada ofensiva “deles”, que passa pelos pés de Fágner e Mosquito, simplesmente inexistisse durante todo o derby. Em seguida, colocou Danilo e Zé Rafael para grudarem, respectivamente, em Renato Augusto e Paulinho e, com isso, acabou com qualquer possibilidade de um meio-campo criativo por parte dos caras. Por fim, mesmo com esta preocupação defensiva, fez com que o Palmeiras fosse ofensivo durante todo o tempo, e como já foi dito acima não conseguimos um placar muito mais elástico dadas as dificuldades de finalização que nosso time tem. Em relação às substituições, poderia ter mandado Wesley e Veron a campo um pouco antes do que somente aos 35 da etapa final, já que Dudu e Rony davam claros sinais de cansaço. Mas, no todo, o portuga teve um atuação que bem poderia se repetir em todas as partidas.

Os demais jogadores ficam com as seguintes avaliações:

Raphael Veiga e Gustavo Scarpa – nota 6,5 (Muito Bom)
Zé Rafael e Gustavo Gómez – nota 6 (Bom)
Marcos Rocha, Piquerez e Gabriel Veron – nota 5,5 (Satisfatório)
Weverton, Rony e Breno Lopes – nota 5 (Regular)
Murilo – nota 4 (Muito Ruim)
Wesley e Jaílson – sem nota (Sem Avaliação)

FOTOS: CESAR GRECCO/AG. PALMEIRAS

9 Responses to SÓ PRA NÃO PERDER O COSTUME

  1. Cassiano Weinzirl Tafuri

    A última vez que havíamos vencido uma sequência de três jogos seguidos em clássicos estaduais foi em 1933. Foi pelo torneio Rio-SP daquele ano.
    PALESTRA ITALIA 5X1 CORINTHIANS (07/05/1933)
    PALESTRA ITALIA 3X2 SÃO PAULO DA FLORESTA (14/05/1933)
    PALESTRA ITALIA 3X1 SANTOS (28/05/1933)

    • Márcio Trevisan

      Olá, Cassiano.

      Fazia um tempo que não vencíamos três clássicos seguidos, mas nem tanto tempo assim.

      Na verdade, a última vez em que isso acontecera fora em 2004, quando ganhamos do Corinthians (4 a 0, em 02/05, gols de Pedrinho, Muñoz, Vágner Love e Rincón – este contra), do Santos (4 a O, em 23/05, gols de Vágner Love -2-, Muñoz e Elson) e do São Paulo (2 a 1, em 27/06, dois gols de Vágner Love), todos os jogos válidos pelo Campeonato Brasileiro.

      Um pouco antes disso, em 1996, também vencemos os três adversários seguidamente, só que as partidas valeram pelo Paulistinha.

      Abs.

      • Cassiano Weinzirl Tafuri

        Sim sim.. acho que esqueci de mencionar. No caso, 03 vitórias seguidas sem que houvesse outro jogo no meio. Pra isso acontecer naturalmente é preciso que na tabela do campeonato tenha os 03 jogos marcados na sequência, igual aconteceu no quadrangular final do Paulista/97, quando tomamos 3 surras dos rivais (1×4 SPA, 0×2 COR e 0×4 SAN), todos na sequência.
        Abs

  2. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, parabéns a todo elenco por esse jogo, mostrou como se joga um clássico. ainda mais com quem!!!

    E a nossa imensa Torcida, vai Palmeiras mostra a sua Força.

    Abraço.

  3. Caros Sangue VERDE, como é bom ganhar dos gambás. E como disse o Trevisan, massacramos os caras, e o placar poderia ter sido maior. Márcio, no ultimo derby, no segundo turno do brasileirão (o Palmeiras só pensando nas finais da libertadores) nós perdemos para os gambás de 2 x 1. Inclusive me zoaram prá caramba e agora eu já dei o troco com juros. Hehehe.

  4. Bom dia, Marcio.

    Gostei muito do jogo e, obviamente, do resultado. Todos mostraram uma entrega elogiável e se realmente tivéssemos um “matador” o placar seria bem mais elástico.

    Algumas perguntas para você:

    1. Por que o Palmeiras está encontrando tantas dificuldades em contratar um centroavante? A Leila discorda, por pensar que não é necessário?

    2. Você acredita que o início de mandato da Leila está sendo mais conturbado do que o esperado? Me parece que ela tem encontrado forte oposição no clube e com a Mancha. Em entrevista recente, ela fez questão de frisar que quem tem a caneta e manda nas ações do clube. O ambiente político não me parece dos melhores.

    3. Por que ela foi obrigada a demitir do Palmeiras o diretor de comunicação que trabalha com ela nas outras empresas? O cara é Corintiano?

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      Vamos às suas respostas:

      1 – O centroavante que o Palmeiras quer ou já custa muito caro ou se torna muito caro a partir do momento em que o Palmeiras demonstra interesse. Aí, com a austeridade financeira adotada pelo clube não agora, mas já alguns anos, estabelecem-se limites para o máximo de dinheiro que pode ser envolvido. Quanto ao que pensa Leila Pereira em relação a isso, tenho certeza: ela não sabe se o time precisa ou não de um centroavante. Aliás, provavelmente ela nem saiba ao certo o que é um centroavante.

      2 – O início do mandato de Leila Pereira tem sido mais conturbado devido a promessas que ela fez e não cumpriu. O ambiente político no Palmeiras não é dos melhores desde 26 de agosto de 1914. Aliás, desde então paz política é algo impossível de se achar em nosso clube. Sempre foi assim e sempre será. Quanto à oposição que passou a sofrer por parte da torcida uniformizada citada por você, sinceramente creio que isso lhe seja positivo – problema seria se ela tivesse apoio deste tipo de gente.

      3 – Ela demitiu o jornalista Olivério Júnior (que aliás me substituiu quando fui demitido da Assessoria de Imprensa do Palmeiras, em agosto de 2002) porque ele, além de corintiano, possui uma empresa que presta serviços na área de comunicação a dirigentes como Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, e Mário Celso Petraglia, manda-chuva do Atlético/PR. Ou seja: havia um evidente confronto de interesses.

      Abs.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *

*

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <strike> <strong>