Palmeiras leva gol no primeiro e nos últimos minutos e perde outra na Arena Palestra Itália

Meus amigos.

Talvez devido ao horário, péssimo para qualquer jogador de futebol independentemente da temperatura, talvez porque esperasse uma moleza semelhante à que encontrou na última terça-feira, o fato é que o Palmeiras começou a partida deste domingo cochilando. E, não por acaso, também a iniciou já perdendo, pois quem leva um gol logo no primeiro minuto de jogo encontra justamente esta situação. Por sinal, quando o Cuiabá/MT abriu o placar, já pressentia que, na melhor das hipóteses, o máximo que conseguiríamos seria o empate.

E a razão é simples: o Verdão só consegue jogar bem quando tem espaços para tanto. E quanto tem espaços? Quando atua fora de casa e o adversário tem a obrigação de buscar o gol ou, então, quando faz o primeiro gol do encontro, fato que obriga seu oponente a se abrir e, consequentemente, dar todo o campo para nosso time criar as jogadas com a rapidez que conhecemos.

Porém, quando começa atrás do marcador, dificilmente consegue a vitória. Querem uma prova? Pois bem: neste ano, a única vez que o Palmeiras começou perdendo um jogo e conseguiu virá-lo foi em 23.04, diante do Guarani/SP, no Brinco de Ouro da Princesa – e ainda precisou contar com um gol contra para vencer.

Aos poucos, os grandes resultados que obtivemos neste Brasileirão fora de casa vão sendo minimizados com derrotas dentro de nosso estádio. Ainda estamos na briga pelo título? Claro que sim, até porque faltam 21 jogos. Mas a cada tropeço como este, as chances do endeca vir neste ano ficam um pouco menores.

O PIOR: RENAN

Já elogiei este rapaz algumas vezes e, por isso, tenho tranquilidade para criticá-lo. De todos os que entraram dormindo em campo ele foi, sem dúvida, o mais sonolento. Sai para a cobertura no lance do gol que sofremos e não percebeu que Wesley não acompanhou o lateral do Cuiabá/MG. Desta forma, tornou-se o principal responsável no lance. Para piorar, errou passes e posicionamentos, sendo corretamente substituído já no intervalo. (nota 4).

MERECE CRÍTICAS: RONY

Sei que algumas vezes ele já deu certo como centroavante, mas a verdade é que ele não é um centroavante. Por isso, na grande parte dos jogos em que assim atuar, deixará a desejar. Hoje, chegou a ser irritante sua falta de empenho em fugir da marcação e a quantidade de erros que simples que cometeu. Acredito que assim que foi comunicado que não voltaria para o segundo tempo deve ter puxado um ronco daqueles no vestiário (nota 4).

VAIAS PRA ELE: DEYVERSON

Admito que após sua entrada o Palmeiras melhorou e criou algumas boas chances, mas isso não seria o suficiente – e como de fato não foi – para que evitássemos a derrota. Para tanto, seria preciso que ele não derperdiçasse pelo menos duas claríssimas chances já dentro da pequena área. Em síntese: ele pode se entregar, lutar por todas as bolas, jamais desisitir, mas é ruim de dar ódio. E pensar que, no fraco time do Grêmio/RS, Borja já tem três gols em quatro jogos… (nota 4,5).

O TÉCNICO: VÍTOR CASTANHEIRA

Sem poder contar com o titular Abel Ferreira e com o suplente João Gomes, o Palmeiras foi dirigido nesta ensolarada manhã de agosto pelo amigo aí de cima – ou seja: pelo reserva do reserva. Mas ele não foi mal, não: aliás, até que conseguiu um bom desempenho, sobretudo pelas alterações que fez. Claro que não sou ingênuo a ponto de não saber que, seja lá de onde tiver sido, nosso treinador o orientou tanto na escalação inicial – aliás, a mesmo que goleou o São Paulo/SP pela Libertadores – quanto na alterações. Contudo, ainda assim sua postura à beira do gramado, sempre orientando e incentivando a equipe, merecem elogios. A derrota que o Verdão sofreu hoje não deve, em hipótese alguma, ser creditada a Vítor Castanheira.

Os demais jogadores ficam com as seguintes avaliações:

Dudu – nota 6
Weverton, Gabriel Menino, Gustavo Gómez e Willian Bigode - nota 5,5
Marcos Rocha, Luan, Piquerez, Danilo, Zé Rafael, Raphael Veiga, Wesley e Gustavo Scarpa – nota 5

FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS