Sucessão de infortúnios faz Palmeiras perder para o pior time do Brasileirão

Meus amigos.

Juro que tentarei utilizar o poder de síntese que todo jornalista precisa ter, mas a quantidade de infelicidades que o Palmeiras viveu neste sábado à noite foi tão grande que, desde já, peço desculpas se esta crônica pós-jogo se tornar demasiadamente longa.  Sendo assim, vamos enumerar a nossa incrível falta de sorte.

1 – A inacreditável quantidade de jogadores infectados pelo coronavírus

Ao todo, nada menos do que 17 atletas não puderam ser relacionados para o jogo em Goiânia/GO devido à Covid-19: os goleiros Jaílson e Vinícius; o lateral-esquerdo Viña; os zagueiros Empereur e Kuscevic; o volante Danilo; os meias Gustavo Scarpa e Raphael Veiga; e os atacantes Gabriel Silva, Willian Bigode, Breno Lopes, Rony e Gabriel Veron (estes do time principal), além de Quiñonez, Aníbal, Hinestroza e Pedro Acácio (todos da equipe sub-20). Por fim, sempre vale lembrar que dois dos melhores jogadores do time já estavam – e continuarão – de fora devido a gravíssimas contusões: Felipe Melo e Wesley.

2 – A contusão (mais uma??!!) de Luiz Adriano

Com tantos garotos em campo, quem sente novamente uma contusão muscular? O centroavante e principal artilheiro da equipe nesta temporada. E pior: com apenas 25 minutos de partida. Sem a sua principal referência de ataque, o Verdão “morreu” ofensivamente e somente este fato já praticamente impediria nossa equipe de conseguir a vitória na Serrinha.

3 – A expulsão de Mayke

Com tantos garotos em campo, quem recebe o cartão vermelho? Um dos mais experientes do time e que até vinha atuando bem para quem estava, mais uma vez, improvisado. Ele não teve a intenção de atingir o adversário, mas sua exclusão da partida foi merecida porque usou de força excessiva e poderia, inclusive, ter causado uma séria lesão no jogador do Goiás/GO.

4 – A precipitação de Abel Ferreira

Montando o time no 3-5-2 e visando, com isso, dar maior liberdade ao hoje alas Marcos Rocha e Mayke, o treinador palmeirense deixou claro que tinha por objetivo vencer a partida, ainda que com uma equipe totalmente remendada. Porém, até por estar há muito pouco tempo no País e não conhecer a fundo todos os times que disputam o Brasileirão, o técnico alviverde se assustou quando viu nosso time ficar com um homem a menos em campo e, por esta razão, errou quando tirou Lucas Lima e colocou Lucas Esteves no fim do primeiro tempo. Explico: com Renan, que é canhoto, ele poderia tranquilamente recompor a lateral esquerda e, ainda assim, a defesa ficaria muito bem montada (até porque a fragilidade do adversário era tanta que nem jogadas pelo setor conseguia realizar). Ao sacar o único jogador que poderia criar alguma jogada de ataque,  nosso “portuga” optou pelo esquema 4-4-1, isolou Fabrício e acabou de vez com as já então mínimas chances de vencermos a partida.

5 – O mau desempenho de Marcelinho e Fabrício

Jamais, sob hipótese alguma, eu seria canalha a ponto de imputar a dois adolescentes a total ou mesmo uma parcial responsabilidade pela derrota que sofremos. Estes dois garotos, assim como todos os outros que vêm da equipe Sub-20, estão ajudando o time principal neste terrível momento por que passa da maneira como podem ajudar. Mas, claro, não posso deixar de reconhecer que os dois citados acima provaram que, pelo menos por enquanto, ainda estão longe de poder compor o elenco principal. No futuro, talvez, isso aconteça, mas neste momento é certo que, dentro de no máximo uma ou duas semanas, eles estarão de volta à equipe de juniores.

6 – A inacreditável felicidade de Miguel

Quando o jogo já se encaminhava para o final, Patrick de Paula se atrapalhou com a bola e desperdiçou uma excelente oportunidade de abrir o placar após ótima jogada de Renan. Como castigo, viu o atacante se livrar facilmente de sua marcação e acertar um chute maravilhoso do meio da rua, colocando a bola no ângulo esquerdo de Weverton. Com todo o respeito que merece o profissional do Goiás/GO, nem na próxima encarnação ele fará um gol como este outra vez.

Como se vê, prezado palmeirense, não tinha como não perdermos neste sábado. E como adiantei, peço desculpas por este texto ter ficado longo demais.

WEVERTON – 6
SATISFATÓRIO

ÉMERSON SANTOS – 5,5
SATISFATÓRIO

GUSTAVO GÓMEZ – 6
BOM

RENAN – 5,5
SATISFATÓRIO

MARCOS ROCHA – 5,5
SATISFATÓRIO

PATRICK DE PAULA – 6
BOM

RAMIRES – 4,5
RUIM

LUCAS LIMA – 6
BOM

MAYKE – 5
BOM

LUIZ ADRIANO – 6
BOM

MARCELINHO – 4
MUITO RUIM

ABEL FERREIRA – 5
REGULAR

FABRÍCIO – 4,5
RUIM

LUCAS ESTEVES – 5
REGULAR

GABRIEL MENINO – 4
MUITO RUIM

LUAN – SEM NOTA
SEM AVALIAÇÃO

CRÉDITO FOTOS:

CAPA PRINCIPAL: MARCEL SOUZA/ ESTADÃO

CAPA DESTAQUE: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO
08 a 8,5 – EXCELENTE
07 a 7,5 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
00 a 3,5 – PÉSSIMO