CAP. 121: ANOS DOURADOS (PARTE VI)

No último parágrafo do mais recente capítulo de “Nossa História”, prometemos que o ano de 1969, ao contrário do que acontecera em 1968, seria muito mais verde do que branco. De fato, numa época e que o Santos de Pelé vivia seus últimos dias de absoluta glória, coube ao Palmeiras a honra de levantar os títulos de importantíssimas competições e de se sagrar, numa mesma temporada, bicampeão em ambas.

Antes, porém, de começarmos a relembrar tais glórias, é dever ressaltar que o ano começou com a disputa do Torneio de Mar del Plata, na Argentina, no qual ficamos em terceiro lugar. O desafio seguinte foi o Campeonato Paulista, em que nem mesmo um começo pra lá de arrasador – o time venceu nove das 10 primeiras partidas, sendo oito delas consecutivamente – foi suficiente para nos garantir o título: terminamos com o vice-campeonato, atrás exatamente do Peixe.

Após o Paulistão, o time embarcou para uma aventura exótica: pela primeira vez em sua história, o Palmeiras disputou alguns amistosos na África. Ao todo, foram sete jogos em países como Zaire (atual Congo), Gana e Nigéria. Em seguida, uma rápida passagem por Romênia e Itália para mais duas apresentações amistosas e, enfim, a chegada à Espanha, onde disputamos pela primeira vez o Troféu Ramón de Carranza.

Um dos títulos mais importantes e também mais queridos que o Palmeiras possui em âmbito internacional, este torneio é disputado anualmente na cidade de Cadiz. Na primeira partida, uma pedreira diante do Atlético de Madrid/ESP, que terminou empatada por 1 a 1. Na decisão dos penais, o goleiro Chicão brilhou ao defender três cobranças. Resultado: conseguimos a vaga ganhando por 2 a 1.

Zé Carlos

Mas o adversário da decisão não seria nem um pouco mais fácil: após eliminar o Estudiantes/ARG, o desde sempre poderoso Real Madrid/ESP era apontado como o grande favorito. Só que a enfrentá-lo estava o Palmeiras… Jogando de forma inteligente e muito aplicado taticamente, o Verdão soube como levar o jogo e, ao abrir o placar logo aos 10 minutos, com um gol do volante Zé Carlos, teve condições de suportar a pressão do time espanhol. Quando Dé, já no meio do segundo tempo, ampliou nossa vantagem, bastou à nossa equipe tocar a bola e esperar pelo apito final.

A conquista deste título encheu de moral a nossa equipe que, apenas 10 dias mais tarde, iniciaria a disputa daquele que seria o penúltimo Torneio Roberto Gomes Pedroza da história. Mas esta é uma conversa para o nosso próximo encontro. 

Até sábado!

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