Como já tivemos a oportunidade de contar, no passado os grandes clubes – e muitas vezes até mesmo os pequenos – tinham um bom tempo para a disputa de amistosos e a realização de excursões. Por isso, bem no comecinho de 1963 o Verdão realizou mais um giro pelo México, voltando de lá com uma taça.
Nossa estreia se deu no dia 6 de janeiro, quando apenas empatamos com o Nacional local, na cidade de Guadalajara, por2 a2. Nossos gols foram marcados por Gildo e Alencar. Uma semana mais tarde, a equipe estava na capital mexicana, onde venceu o Monterrey por 1 a 0 – gol do volante Zequinha. A última partida pela fase de classificação foi disputada no dia 20 de janeiro, novamente no Estádio Jalisco, palco da estreia palmeirense no torneio, mas dessa vez o Verdão jogou bem e venceu sem maiores problemas: goleou o Atlas por 3 a 0 (Zequinha, Hélio Burini e Alencar balançaram as redes).
A partida que valeu a taça foi diante do Vazas, uma equipe húngara. Jogando o conhecido futebol do leste europeu (sem quase nenhuma habilidade, mas com muita determinação defensiva), nossos adversários endureceram ao máximo a partida e saíram na frente do placar. Somente no segundo tempo o alviverde conseguiu virar o jogo, graças aos gols de Paulo Leão e Cardoso, e trouxe na bagagem o título de Campeão do Torneio Pentagonal do México.
Após disputar mais alguns amistosos em território mexicano e também contra a Seleção da Guatemala, em Tegucigalpa/GUA, o Verdão retornou ao Brasil para a primeira competição oficial da temporada, o Torneio Rio-São Paulo. Mas o desempenho do time deixou muito a desejar: – no fim, ficamos com o modesto 5º lugar.
O Torneio Rio-São Paulo de 1963 terminou, para o Palmeiras, no final de março daquele ano. Mas como a competição oficial seguinte, o Campeonato Paulista, só começaria quase quatro meses mais tarde, especificamente em 14 de julho, houve tempo mais do que suficiente para que o time disputasse novos amistosos e torneios tanto no Brasil quanto fora do País.
Um destes, aliás o mais importante, aconteceu na cidade de Firenze (também conhecida como Florença), na Itália, e contou com a participação, além da do Verdão e, claro, da equipe local, também do Botafogo/RJ e do desconhecido Vojvodina, da hoje extinta Iugoslávia.
Na estreia, em 8 de junho, vencemos o alvinegro carioca por 2 a 1, dois gols marcados pelo centroavante Vavá. O problema é que, naquele jogo, o “Peito de Aço” se contundiu, tornando-se desfalque não só para um amistoso realizado quatro dias mais tarde (empate por 1 a 1 com a Internazionale de Milão/ITA) como também para a grande decisão, diante dos donos da casa.
Porém o Palmeiras, como se sabe, tinha um elenco muito forte, e foi graças a este fator que conseguimos faturar uma taça em território italiano, fato que, devido às nossas origens, teve um sabor especial. Após um primeiro tempo muito equilibrado, nem todos os “tifosi” fiorentinos foram capazes de impedir uma suprema vitória palmeirense por 3 a 1 – um dos gols, aliás, marcado por Paulo Leão, justamente o substituto do inesquecível camisa 9 bicampeão mundial com a Seleção Brasileira um ano antes.
Mas se você pensa que as alegrias daquela temporada seriam restritas ao cenário internacional, aguarde até o nosso próximo encontro. Você certamente se surpreenderá.
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