Apesar dos gols, amistoso com a Chapecoense/SC só não deu mais sono devido à emotividade que o envolvia.
Sempre digo, e já o fiz diversas vezes por aqui, que jogador de futebol só corre quando precisa – e olhe lá. Então, esperar que a partida desta tarde, diante da Chapecoense/SC, fosse um exemplo de entrega por parte dos atletas do Palmeiras seria muita ingenuidade. As razões? Várias: tratava-se de um amistoso, o clima era de profunda consternação devido aos motivos que todos sabemos, os profissionais voltavam a campo para a disputa de um jogo após o período de férias, o calor estava um tanto quanto incômodo, etc.
Mesmo assim, é claro que puderam ser observados alguns pontos deste “novo” Palmeiras (se é que desta forma podemos qualificá-lo, já que apenas um titular – Gabriel Jesus – deixou o time). Alguns já esperados, como a enorme dificuldade de Egídio (que cruzou para o primeiro gol palmeirense, na marcação) na marcação a Rossi, que ganhou todas as bolas que disputou com o nosso lateral-esquerdo; a saída de Alecsandro da área, tentando buscar e até mesmo armar o jogo; e a lentidão na saída de jogo, resultado dos motivos acima já explicados.
Porém, outros me surpreenderam: nos primeiros 45 minutos, o Verdão mostrou um desentrosamento além da conta, já que dos 11 titulares escolhidos por Eduardo Baptista apenas três não foram eneacampeões brasileiros em 2016. E o que mais me preocupou: os chutões de Fernando Prass, na quase sempre infrutífera tentativa da tal “ligação direta”. Por falar no nosso goleiro, ele falhou no gol que sofreu, pois ficou indeciso entre sair ou não da meta e não fez nem uma coisa, nem outra. Resultado, obviamente, da fata de ritmo de jogo.
Mas para que vocês não digam que não falei das flores, veio a etapa final e a nossa equipe melhorou muito. Mesmo sofrendo a virada antes do primeiro minuto, após escanteio infantilmente cedido por Jaílson e falha de marcação do fraco Antônio Carlos, o Palmeiras tomou conta do jogo. Então atuando já no 4-4-2 (ao contrário do 4-3-3 inicial, que os “estudiosos” insistem em chamar de 4-1-4-1), o time dominou o meio-campo, principalmente porque Arouca fez bem a saída de jogo e, claro, porque Vitinho foi “o” cara na armação das jogadas: três lançamentos perfeitos, um deles deixando Erik, que atuou como centroavante, na cara do gol (e nem preciso dizer que ele conseguiu perder…), ótimas jogadas individuais e um golaço de fora da área que, certamente, colocaram uma baita pulga atrás da orelha do novo treinador palmeirense – afinal, em sua posição temos as promessas Raphael Veiga e Hyoran e, claro, “apenas” o melhor jogador da Libertadores/2016: Guerra.
Em relação aos estreantes, o melhor foi Keno, com boas jogadas pela esquerda. Felipe Melo não comprometeu, Raphael Veiga fez o gol mas participou pouco do jogo, Hyoran esteve visivelmente desconfortável (tanto que quando Vitinho fez o gol mais parecia que ele ainda atuava em Chapecó/SC) e Antônio Carlos, como já salientamos acima, foi mal – ou pior: talvez seja mal.
No fim, meus amigos, um 2 a 2 justo mas, ao mesmo tempo, também mentiroso, porque a emoção deste Chapecoense/SC x Palmeiras foi idêntica a que sentimos quando no bailinho da escola dançamos com a nossa irmã.
ANÁLISES INDIVIDUAIS
FERNANDO PRASS – 4,5
RUIM
JEAN – 5
REGULAR
ANTÔNIO CARLOS – 4,5
RUIM
EGÍDIO – 4,5
RUIM
FELIPE MELO – 5,5
SATISFATÓRIO
TCHÊ TCHÊ – 6
BOM
RAPHAEL VEIGA – 6
BOM
RÓGER GUEDES – 5
REGULAR
ALECSANDRO – 5,5
SATISFATÓRIO
DUDU – 5
REGULAR
EDUARDO BAPTISTA – 5,5
SATISFATÓRIO
JAÍLSON – 5,5
SATISFATÓRIO
FABIANO – 5
REGULAR
MAÍLTON – 5
REGULAR
THIAGO SANTOS – 5
REGULAR
AROUCA – 5,5
SATISFATÓRIO
HYORAN – 4,5
RUIM
VITINHO – 7,5
ÓTIMO
ERIK – 4
MUITO RUIM
KENO – 6
BOM
22/01/2017 at 17:16
Muito boa tarde caro Trevisan, excelente sua análise do jogo, apesar de ser apenas um amistoso.
Ai se não fosse o Vitinho!!!!
Como você destacou cada Técnico tem o seu estilo, mais no Palmeiras sempre será cobrado.
Temos o Paulistão para preparar o Time a enfrentar a Libertadores que é pauleira!!!!
Boa sorte a todos, vamos ver.
Abraço.
23/01/2017 at 1:28
Olá, Alfano.
Obrigado pelo elogio.
É o tal negócio: de fato, o Paulistão é apenas um laboratório, mas se formos mal todo mundo irá cair de pau em cima do nosso time, certo?
Então, temos de tentar ganhar todas, não tem outro jeito.
Abração.
22/01/2017 at 11:43
Marcio
Vitinho : grata surpresa:
Éric e Egidio : “dejavu” da ruindade;
Eduardo batista: preocupação, acho que faltará humildade para aproveitar o que está bom.
ABS
22/01/2017 at 15:00
Oi, Rodrigo.
Não acredito que Eduardo Baptista peque pela falta de humildade.
Ao contrário: acho até que ele vai mudar pouco a equipe, pois aliás já disse isso.
O que acontece é que cada técnico tem o seu estilo próprio. Assim, aguardemos o início do Paulistão para uma análise mais embasada.
Abs.
22/01/2017 at 10:57
Em Tempo.
Esqueci de uma das maiores “cerejas de bolo” do Palmeiras nos tempos modernos.
Esqueci do Marcio Araujo e de quem foi a “proeza” de traze-lo pro Palmeiras.
22/01/2017 at 14:59
Jair: Márcio Araújo chegou ao Palmeiras em janeiro de 2010 e ficou conosco até dezembro de 2013 – foram, portanto, quatro anos e 252 partidas com a nossa camisa. Detalhe: destas, 241 (ou 95.6%) foram como titular.
Ele não foi indicado por nenhum treinador em específico, sendo sua contratação uma decisão do então presidente Affonso Della Monica Neto. Mas o primeiro técnico com o qual trabalhou foi Muricy Ramalho, que aprovou sua chegada.
Abs.
22/01/2017 at 10:56
Só vou comentar (cornetar) quando for jogo de verdade, jogo com o resultado combinado prefiro não falar nada. abraços.
22/01/2017 at 14:54
Maciel: não sei se foi combinado, mas que o empate deixou todo mundo feliz, deixou.
Abs.
22/01/2017 at 10:53
Não assisti o jogo, por considerar esta partida de uma tristeza profunda.
Mas vou fazer a minha pergunta mesmo não assistindo nada.
Seria o Antonio Carlos, a mesma “cereja do bolo” trazido pelo Eduardo Batista, a mesma que Rafael Marques foi do Osvaldo de Oliveira, o Leandro Almeida foi do Marcelo Oliveira, o Weldinho foi do Brunnoro, O Capixaba do Gilberto Cipullo, e o Lorde Lucas Barrios do Paulo Nobre ?
22/01/2017 at 14:53
Jair: não dá pra comparar porque os jogadores são de posições e de níveis diferentes.
Mas, de fato, não gostei da estreia do rapaz. De qualquer forma, ela não será nem a primeira opção para substituir as “Torres Gêmeas”.
Abs.
22/01/2017 at 1:35
Obrigado Prass pela Copa do Brasil e excelentes serviços prestados que ainda podem ser muito úteis do banco de reserva. O titular tem que ser o Jailson.
Abraços.
22/01/2017 at 14:52
Calma, Ed.
Foi só o primeiro jogo…
Abs.
21/01/2017 at 20:58
Marcio, voltamos a nossa gostosa resenha após os jogos. Vi também da mesma forma que salientou.
Nos últimos jogos de 2016 tínhamos um time forte empenhado e talvez aquela imagem vai ser difícil sair da gente, porém o normal é crescer ainda mais por isso desse pouco conforto dos torcedores. Mas vamos lá. Concordo quando o Prass parece um alucinado quando pega a bola e quer fazer ligação direta que nunca resultou em nada, inclusive falhou no gol, ele que abra o olho que o Jailson que ja caiu nas graças da torcida toma o lugar dele.
Temo que nossa maior dor de cabeça seja a lateral esquerda por que o Zé Roberto pela idade não vai jogar todos os jogos e tambem se puserem velocidade em cima dele vai dar dor de cabeça, e o Egidio sem comentários, errou tudo, além de deixar o conhecido buraco em suas costas.
No mais tambem concordo que o Antonio Carlos é fraco, poderia ter mantido o Nathan que é melhor que ele. Sua contratação é coisa de tecnico que gosta do sujeito que trabalhou com ele, como o OO com RM, MO com Leandro Almeida e essas bizarrices que vemos. O resto é normal pelo inicio de temporada.
22/01/2017 at 14:52
Oi, Marcos.
Prass é superior a Jaílson, mas a fata de ritmo poderá lhe custar caro se ele errar como errou ontem.
Em relação à lateral esquerda, uma solução quando ZR não puder atuar pode ser Michel Bastos. Egídio é até efetivo no apoio, mas na marcação – socorro!!!
Por fim, não é que técnico gosta do cara que trabalhou com ele – são outras as preferências, amigo.
Abs.