Como prometemos em nosso mais recente encontro, começaremos neste capítulo de “Nossa História” a relembrar uma das páginas mais importantes e gloriosas destes mais de 102 anos da Sociedade Esportiva Palmeiras: a conquista do título do Campeonato Paulista de 1959.
Durante toda a competição, O Verdão e o Santos brigaram pela liderança e, consequentemente, pelo título, já que a fórmula de disputa era a de pontos corridos. Ao final do primeiro turno, uma campanha quase irrepreensível do alviverde, que em 19 partidas obteve 14 vitórias e 4 empates. O detalhe é que a única derrota foi exatamente na última rodada e para o Peixe. E pior: por um placar que não deixava dúvidas quanto a qual time havia jogado melhor:7 a 3…
Os 32 pontos que o Palmeiras somou contra os 34 do seu mais direto concorrente ao título já apontavam o quão emocionante seria o returno. E realmente foi: se ficara dois pontinhos atrás na primeira etapa do torneio, o Verdão deu o troco e, após o fim do returno, terminou-o dois à frente. Ou seja: ambas as equipes somaram, ao todo, 63 pontos, o que impediu que aquele Paulistão terminasse quando previsto, ou seja, um dia após o Natal.
Isso porque, como previa o regulamento, se dois times terminassem iguais na soma geral não haveria critérios de desempate, como existem hoje: o título seria decidido numa melhor de quatro pontos (sempre lembrando que, na época, cada vitória significava a soma de apenas dois – e não três – pontos).
Decidiu-se, porém, que para tanto uma pequena folga seria concedida aos atletas e, de certa forma, também aos torcedores, já que seria preciso mesmo uma tempo para que todos retomassem o fôlego e se preparassem para jogos de arrepiar. Assim, o futebol parou até 5 de janeiro de 1960, quando Peixe e Verdão disputaram a primeira finalíssima do Paulistão de 1959.
Já se imaginava que os jogos seriam duríssimos: afinal, como lembramos acima, o Santos nos goleara no primeiro turno por 7 a 3 , mas nós devolvêramos a humilhação no returno:5 a 1. Ou seja: na soma dos resultados das duas partidas, um incrível empate por 8 a 8! Dá pra imaginar o equilíbrio entre ambas as equipes?
Pelé já era o rei, mas seu time tinha outras feras – Zito, Dorval, Coutinho, Pepe e o ex-ídolo palmeirense Jair Rosa Pinto, então já com 38 anos, mas ainda genial. O Palmeiras, porém, não ficava atrás, pois tinha em seu elenco jogadores como Valdir de Moraes, Djalma Santos, Américo Murolo (foto acima), Chinesinho, Zequinha e dois pontas que chegaram naquele ano e que se transformaram nas maiores estrelas da equipe: o destro Julinho Botelho, que viera da Fiorentina/ITA, e o canhoto Romeiro, contratado ao América/RJ.
Toda a emoção dos dois primeiros jogos decisivos do Campeonato Paulista de 1959 nós recordaremos em nosso próximo encontro.
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