Visivelmente de ressaca após a conquista do título mundial interclubes, o Palmeiras não teve um restante de ano muito feliz em 1951. Do Campeonato Paulista, é verdade, a equipe ficou com o vice-campeonato, mas ainda assim muito distante do grande vencedor, o Corinthians – somamos apenas 43 pontos, contra 50 do nosso maior rival.
O pior, porém, ainda estava por vir logo no começo de 1952. Nossa campanha no Torneio Rio-São Paulo, primeira competição oficial da temporada, foi indigna da grandeza do clube – dentre 10 clubes participantes, terminamos na penúltima colocação. Este pífio desempenho causou a demissão do treinador Ventura Cambon, campeão do mundo apenas alguns meses antes.
A sorte é que, logo na sequência e antes, portanto, da Taça Cidade de São Paulo e do próprio Campeonato Paulista, o Verdão acertara uma série de amistosos internacionais no México e na América Central. Além da quantia em dinheiro que receberia em cada um dos jogos que disputou, aliás bastante aumentada devido ao título que faturara no ano anterior, o time teria a chance de se recuperar dos maus resultados.
Não deu outra: em 12 partidas disputadas, foram nove vitórias! A trajetória começou com um 3 a 1 sobre o Necaxa/MÉX, com dois gols de Liminha e outro de Ponce de León. Em seguida, outra vitória pelo mesmo placar, porém diante do Guadalajara/MÉX, com gols de Ponce (2) e Jair Rosa Pinto.
Liminha fez os dois gols do Palmeiras na terceira partida da excursão –2 a 2 com o Atlante. Em seguida,2 a 1 no Oro/MÉX (Ponce e Richard) e2 a0 no León/MÉX, com dois de Liminha. A primeira das duas derrotas aconteceria no sexto compromisso –1 a0 para o mesmo Atlante mexicano com o qual a equipe empatara dias antes.
A recuperação, porém não demorou e veio em dose dupla:1 a 0 no Oro/MÉX (gol de Sarno) e 3 a 2 na Seleção do México (dois de Jair e outro de Moacyr). Mas a pior apresentação palmeirense ficou reservada para o 9º e último jogo em terras mexicanas: perdemos – e feio – para o Guadalajara/MÉX: 3 a 0.
Antes do retorno ao Brasil, o Verdão cumpriu mais três compromissos. O primeiro deles na Guatemala, onde goleou o Municipal local por 4 a 1 – Liminha, Jair, Moacyr e Lima fizeram os gols. Em seguida, aconteceram dois amistosos na Costa Rica, ambos vencidos por 2 a 1: sobre o Orion local (gols de Ponce de León e Liminha) e diante do costarriquenho Saprissa (Ponce e Sarno).
Chefiada pelo técnico Abel Picabéa, a equipe palmeirense contou com o seguintes jogadores:
Goleiros: Fábio Crippa e Oberdan
Zagueiros: Rubens, Juvenal e Salvador
Médios: Túlio, Sarno, Luís Villa, Gérsio Passadores e Dema
Atacantes: Lima, Liminha, Moacyr, Ponce de León, Jair Rosa Pinto e Canhotinho
Quando voltaram da excursão, o clube estava com os bolsos cheios e o time com o ânimo recuperado.
ATENÇÃO: ESTA É UMA OBRA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL, SENDO PROIBIDA SUA DIVULGAÇÃO TOTAL OU MESMO PARCIAL SEM A PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO AUTOR. OS INFRATORES SERÃO RESPONSABILIZADOS CRIMINALMENTE.
Para ler os capítulos anteriores, clique aqui.