Como também lembramos em capítulos anteriores, manobras extracampo tentaram tirar do Palmeiras o título que nosso time, de forma justa e leal, obtivera dentro do gramado. Nem é preciso dizer que os agentes foram diretores e pessoas ligadas ao São Paulo F.C., desde sempre adepto a jogadas tanto dentro quanto fora dos estádios.
Baseados em um artigo do regulamento daquele Paulistão, os tricolores entraram com uma ação junto à Federação Paulista de Futebol. Através dela, alegavam que o título estadual de 1947 deveria ser confiscado do Palmeiras porque seu treinador, Oswaldo Brandão, não detinha o diploma de técnico de futebol.
Foi uma celeuma danada e, durante muitos dias, a Imprensa paulista só falou disso. Até que a FPF se manifestasse, houve quem apostasse que, por causa de uma ridícula exigência, perderíamos uma taça que já nos pertencia por direito.
O que o São Paulo F. C. e seus dirigentes não esperavam é que o Palmeiras também aprendera a trabalhar nos bastidores. Já temendo algo deste tipo, nosso clube tomou o cuidado de pedir a um treinador diplomado que assinasse as súmulas como o responsável pela equipe. O escolhido foi João Chiaveni, que dirigira o Juventus/SP naquele Paulistão e que, anos antes, chegara a defender as equipes menores do Verdão.
Assim que tomou conhecimento da assinatura de Chiaveni em todas as partidas, a Federação Paulista de Futebol negou o pedido dos são-paulinos e confirmou o título para o Palmeiras.
Detalhe pra lá de curioso: mesmo que tivesse obtido sucesso em sua malograda ação, o Tricolor não ficaria com a taça, pois que havia terminado aquele Paulistão apenas na quarta colocação. Mas a rivalidade com o nosso clube já era tanta que, para eles, seria melhor ver o Corinthians, vice-campeão, ficar com o troféu.
Como se vê, tem gosto pra tudo neste mundo.
P.S.: O site Senhor Palmeiras agradece a valiosa colaboração do jornalista e historiador Fernando Galuppo neste capítulo de “Nossa História”.
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