O QUE BARCOS E SCOLARI TÊM EM COMUM?

Dois dos principais defeitos do ser humano são inerentes tanto a atacante quanto a treinador. 

Toda pessoa tem defeito. Eles são inerentes aos seres humanos, e acho que nem mesmo pessoas como Madre Tereza de Calcutá ou Chico Xavier lhes foram imunes. Então, imagine o que acontece comigo ou com você, pobres e simplórios mortais se comparados aos dois exemplos citados.   

Pois bem: dentre todos os defeitos comuns a quem respira e raciocina, dois parecem ser, na opinião deste jornalista, os piores – a ganância e a vaidade. E quando ambos fazem parte da personalidade de alguém, este alguém sempre corre sérios riscos de tomar decisões precipitadas e equivocadas, justamente para satisfazer às duas falhas citadas.

Foi pensando nisso que percebi, outro dia, que duas importantes figuras ligadas ao Palmeiras se encaixam nesta condição. O técnico Luiz Felipe Scolari e o centroavante Barcos são, sim, gananciosos e vaidosos, e este texto provará o que digo.

Vejam bem: Barcos era um total desconhecido vindo do futebol equatoriano quando chegou ao Verdão. Em nosso clube, graças a seu inegável talento, ganhou status de craque, de melhor do time, recebeu um aumento salarial com o contrato ainda vigente e vivia um caso de amor com a torcida, mesmo após nossa queda à Série B. Seus vencimentos, então, giravam em torno de 300 mil mensais, e ele fora três vezes convocado à seleção argentina por Alejandro Sabella.

Digam-me: sua situação era ruim? Não, claro que não. Mas mesmo assim ele não pensou duas vezes em trocar o Palmeiras pelo Grêmio/RS baseado em dois pontos: o time gaúcho disputaria em 2013 a Série A, e não a Série B do Brasileirão (olha a vaidade aí, gente!), e seus salários girariam em torno de R$ 700 mil mensais (alguém aí pensou em ganância?). Resultado: no Sul, Barcos fracassou, não jogou nem 20% do que apresentou no Verdão, vive em constante conflito com os gremistas (que não têm paciência alguma com ele) e, como sabemos, assiste à Copa do Mundo pelo TV.

Lembremos, agora, o agora já quase ex-treinador da Seleção Brasileira. Ele conduziu de forma inconteste a equipe à conquista do penta, em 2002, ganhando todos os jogos que disputou. Entrou para o rol dos vencedores, trabalhou na seleção de Portugal, no todo poderoso Chelsea, ficou milionário e, apesar das bobagens que cometeu em seu retorno à Academia, quando foi o principal responsável pelo nosso segundo rebaixamento, ainda era endeusado por quase todos os brasileiros (com exceção, claro, de grande parte – mas não de todos – os palmeirenses).

Digam-me: sua situação era ruim? Não, claro que não. Mas mesmo assim ele não pensou duas vezes ao aceitar o convite da CBF para retornar ao comando técnico do Brasil. Em troca, teria a chance de ganhar a segunda Copa do Mundo (olha a vaidade aí, gente!) e seus salários girariam em torno de R$ 1 milhão por mês – sem contar toda a grana que levou por se tornar o principal garoto-propaganda do País (alguém aí pensou em ganância?). Resultado: fracassou em seu retorno ao selecionado nacional, cometeu um erro tático infantil diante da Alemanha e ficará eternizado na memória do torcedor brasileiro como o treinador que levou a maior surra em 100 anos de história da Seleção Brasileira.

Diante destas duas situações, só tenho uma coisa a dizer tanto a Barcos quanto a Scolari: aqui se faz, aqui se paga.

7 Responses to O QUE BARCOS E SCOLARI TÊM EM COMUM?

  1. E agora uma derrota pra Holanda pra fechar o caixão.

    Então Felipão tira leite de pedra né !!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  2. PALESTRINO NATO

    O felipão esta alienado a evolução futebolistica. O mundo gira e é necessário a reciclagem, mas ele é tão “topetudo” que se julga acima disso. E dessa forma, ficara eternizado como o técnico que sofreu o maior vexame da historia. Os 7×1 livrou o velho Barboza do sofrimento, mesmo que em outra vida. Agora sim, o vexame já não é mais 1950 e sim 2014. Ah!! quanto ao felipão (com letras minuscula mesmo), ele se mantera como o tempo o fez, TEIMOSO.

  3. Concordo com tudo Marcio e Ed Sousa.
    Só vou acrescentar 2 coisas.
    1º) Sobre o Barcos. Consta que o Técnico da Seleção Argentina (que a primeira vista me parece uma pessoa competente e extremamente séria) afirmou ao Barcos que ele só teria alguma chance na seleção argentina se estivesse disputando a série A no Brasil.
    Será que isso é verdade?

    2º) Sobre o Felipão. Eu tenho uma convicção religiosa, quase sensitiva que existem acontecimentos que são transcendentais, alguma compensação exercida por forças universais.
    Vou citar o caso do Luxemburgo e do Felipão.
    Ganharam tudo! e em compensação…
    Tiveram que passar por momentos terríveis e infelizmente ainda passarão por momentos que eles não gostariam de passar.

    Nós Palmeirenses que tivemos a suprema alegria de inúmeras conquistas no século passado, desde a década de 70 do século passado estamos sendo massacrados por ex-presidentes e/ou diretores de futebol e atual presidente e diretor de futebol.
    Tem horas que eu sinto que nós Palmeirense estamos vivendo o APOCALIPSE!

    • Márcio Trevisan

      Jair, salve.

      Vamos às respostas:

      1 – Não. Sabella jamais disse que não convocaria Barcos se ele disputasse a Série B. Isso foi uma desculpa que o canalha utilizou para ir ganhar mais no Grêmio/RS.

      2 – O bom deste vexame da Seleção é que, agora, todos os brasileiros sabem o que é torcer pelo Palmeiras.

      Abs.

  4. Mas nada se compara ao bigode. E ele ainda continua se achando. 7 x 1 não foi suficiente para baixar a bola dessa figura. É só acompanhar as entrevistas dele.

    Aliás, quem chega no planeta Terra de supetão, sem saber o resultado do jogo, e assiste uma entrevista do Técnico da Alemanha e depois uma do bigode, chega a ter certeza que quem ganhou de 7 x 1 foi o Brasil.

    Chega a ser cômico !!!

    • Ah Márcio, e não sei se vc viu ele se gabando na entrevista por ter chegado a semifinal ?? Falou claramente que o resultado foi ótimo pois desde 2002 o Brasil não chegava a uma semifinal, ou seja, só faltou falar ” desde que eu sai não chegavam a uma semifinal e agora só comigo de novo !!! ” ( vaidade ).

      Ele não entendeu ainda que tomou um 7 x 1. Alguém precisa falar pra ele que era melhor ter saído na primeira fase perdendo normalmente como fez a Itália.

      • Márcio Trevisan

        Ed: o cara quer manter o emprego e sabe que isso poderá acontecer.

        Está usando as armas que tem.

        Abs.

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