VOLTE SEMPRE. A CASA É SUA.

Mesmo desfalcado, Palmeiras vence seu maior freguês pela 7ª vez desde a chegada de Abel Ferreira

Meus amigos.

Após a vergonha que passamos no meio de semana passado no Ceará, precisaríamos vencer de qualquer forma o jogo seguinte. Não só para que a péssima imagem que deixamos (devido, principalmente, a erros do nosso treinador e também de Naves) fosse rapidamente apagada mas, principalmente, para que não permitíssemos que o líder momentâneo do Campeonato Brasileiro se distanciasse.

Mas, para que isso se tornasse realidade, seria necessário que nosso adversário fosse um freguês de caderneta, diante do qual normalmente saímos de crises ou nos recuperamos de micos como o citado acima. Assim, nada melhor que nosso oponente fosse o Corinthians/SP, o qual vencemos nesta noite pela 135ª vez em toda a nossa história. Se diminuirmos o espaço de tempo para os últimos 20 derby’s, veremos que ganhamos oito deles. E se o tempo for ainda menor (por exemplo: desde que Abel Ferreira assumiu o comando da equipe), chegamos hoje à 7ª vitória em 13 clássicos.

Ganhar do time “deles” é sempre muito saboroso, mas a vitória desta segunda-feira tem sabores ainda mais especiais. Afinal, jogamos desfalcados de cinco titulares – Gustavo Gómez, Murilo, Aníbal Moreno, Richard Ríos e Rony – e começamos com nada menos do que outros cinco pratas-de-casa – Vítor Reis, Naves, Fabinho, Gabriel Menino e Estêvão. E como até o fim da jornada outros três foram a campo (Garcia, Jhon Jhon e Vanderlan), podemos dizer que praticamente vencemos os caras (e os mantivemos na zona do rebaixamento) com nosso time Sub-20.

Raphael Veiga era um dos melhores do Palmeiras. Até ser justa e infantilmente expulso.

De todos os citados acima, claro que o destaque maior fica por conta de Vítor Reis. Atuando apenas pela segunda vez no time profissional e a primeira como titular, o garoto mais pareceu um veterano. Além de toda a segurança defensiva que mostrou, ainda foi feliz ao marcar, de cabeça, o nosso segundo gol. Tomara que este rendimento o torne ainda mais preparado para os futuros desafios que terá vestindo a camisa do maior campeão do Brasil.

Obviamente, nem tudo foram flores nesta fria noite de inverno paulistano. Como já era de se esperar, o bom Wesley deu um trabalho dos infernos a Marcos Rocha, superado em várias das disputas que travaram. Raphael Veiga, que vinha tendo uma ótima atuação e havia sido o maior responsável pelo segundo gol (concedido corretamente a Fabinho, que desviou de cabeça sua cobrança de falta), foi infantil ao agredir Garro após o meia corintiano se desentender com Estêvão e, com toda a justiça, receber o cartão vermelho. Isso fez com que o jogo, praticamente já definido e com boas chances de ter o placar bem mais dilatado, se tornasse mais perigoso do que precisaria ser.

Em síntese, prezado palmeirense: todo time precisa às vezes do seu “pato” predileto. Adivinhe qual é o nosso.

WEVERTON – 7
ÓTIMO 

MARCO ROCHA – 5
REGULAR

 t 

 NAVES – 6,5
MUITO BOM

VÍTOR REIS – 7,5
ÓTIMO

PIQUEREZ – 5,5
REGULAR

 ZÉ RAFAEL – 5
REGULAR

 FABINHO – 6,5
MUITO BOM

RAPHAEL VEIGA – 6
BOM

GABRIEL MENINO – 5,5
SATISFATÓRIO

FLACO LÓPEZ – 6
BOM

 

ESTÊVÃO – 6,5
MUITO BOM

ABEL FERREIRA – 7
ÓTIMO

JHON JHON – 6
BOM

VANDERLAN – SEM NOTA
SEM AVALIAÇÃO

GARCIA – SEM NOTA
SEM AVALIAÇÃO

MAYKE – 5,5
SATISFATÓRIO

FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS

4 Responses to VOLTE SEMPRE. A CASA É SUA.

  1. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, muito boa sua crônica, confesso quando vi a escalação dos meninos para o clássico, falei não vai ser fácil, mais deram conta do recado, pena a expulsão do Veiga, vai fazer falta no próximo jogo.

    Vamos ficar na cola do Líder!!!

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Agradeço o elogio.

      Veiga foi infantil e despreparado. Se por termos ficado com um jogador a menos “eles” tivesse empatado, pode ter certeza de que o nosso meia seria responsabilizado pela bobagem que fez.

      Quanto à posição na tabela, o que importa por ora é ficar sempre nas primeiras colocações e não permitir que ninguém dispare. Mas o título só será decidido, como sempre, nas oito últimas rodadas.

      Abs.

  2. Bom dia, Márcio.

    O Verdão teve muitos méritos na vitória de ontem, principalmente pelo destaque da sua crônica. Jogamos com oito – repito, oito – meninos da base contra o Corinthians/SP. Não me lembro de ter visto um derby com esta condição e é por isso que treinador é treinador, e torcedor é torcedor. Eu jamais teria feito isso!

    Porém, preciso dizer uma coisa: para o time dos caras ficar ruim, eles precisam melhorar muito! Faz tempo que eu não vejo um elenco tão fraco deste adversário. Com exceção de Wesley e Garro, que são bons jogadores, é elenco de série B e teriam dificuldades para disputar a segunda divisão do brasileiro.

    Concordo que a expulsão do Veiga foi infantil e justa, mas me senti satisfeito com o safanão que ele deu. Lembre-se, sou torcedor, e não treinador.

    Vitória que nos deixa na cola do cheirinho e, nos últimos anos, quando esta situação situação prevalece, o trem verde passa por cima.

    Um abraço.

    Valter

    • Márcio Trevisan

      Valter, salve!

      Concordo: o time dos caras é fraco de dar dó. Mas, ainda assim, deu um certo trabalho no primeiro tempo.

      Quanto ao Veiga, é muito simples: se ele não tivesse sido expulso, teríamos vencido por pelo menos três ou quatro gols, com certeza. Aliás, revendo o lance e a atitude do palmeirense logo após o Garro cair, acho que ele não se deu conta da força que utilizou, pois me pareceu claro que RV se surpreendeu com a queda do corintiano.

      Abs.

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