Palmeiras perde outra como mandante e terá de ganhar mais jogos como visitante
Meus amigos.
Como já disse neste espaço, e mais de uma vez, um campeonato longo como o Brasileirão não se ganha e nem se perde nas primeiras rodadas – aliás, talvez não haja na história desta competição um time que saiba disso tão bem quanto o nosso, certo? Contudo, a perda de pontos como mandante – muitas vezes se torna um problema sério, pois na prática o troco terá de ser dado – ou seja: teremos de ganhar na casa de quem nos venceu na nossa.
E é aí que as coisas podem se complicar. Até aqui, perdemos dois dos três jogos que mandamos, e para adversários que dificilmente conseguimos vencer quando atuamos fora, o Internacional/RS e o Atlético/PR. Claro que não é impossível vencer no Beira Rio e no Joaquim Américo, mas também é óbvio que isso nunca foi e jamais será uma tarefa fácil. E é neste ponto que, muitas vezes, um título ou mesmo uma melhor classificação podem não acontecer.
De qualquer forma, diante do esperado equilíbrio na classificação do Campeonato Brasileiro em suas primeiras rodadas, ainda é muito cedo para nos considerarmos fora da briga pelo trideca ou por algo que fique o mais próximo disso. Contudo, para que nela sigamos, será preciso fazer da casa alheia a nossa casa.
Esteja ela onde estiver.
WEVERTON – 6,5
MUITO BOM
Não fossem três ótimas defesas, duas no primeiro tempo e uma na etapa final, nossa derrota teria sido bem pior. Sem culpa alguma nos dois gols que levou, foi o único que, efetivamente, jogou alguma coisa no nosso time.
MAYKE – 4,5
RUIM
Foi uma avenida durante toda a etapa inicial, quando todas as jogadas de contra-ataque adversárias foram em seu setor. No segundo tempo, melhorou um pouco – mas só um pouco.
GUSTAVO GÓMEZ – 5
REGULAR
Foi de seus pés que saiu o lançamento para Rony perder o gol e proporcionar o pênalti em Endrick. Fez um gol contra, mas em lance casual.
LUAN – 5
REGULAR
Teve trabalho demais para marcar um morto como Pablo. Destacou-se mais na saída de jogo.
PIQUEREZ – 6
BOM
Boa partida. Mesmo pouco acionado, saiu-se bem em lances individuais. Quase fez um lindo gol de fora da área.
GABRIEL MENINO – 5
BOM
Mais do mesmo. Quando precisa cuidar mais da marcação do que da saída de bola, sempre deixa a desejar.
ZÉ RAFAEL – 5,5
SATISFATÓRIO
Está, ainda, fora de ritmo, mas hoje apareceu um pouco mais nos desarmes e nos lançamentos.
RAPHAEL VEIGA – 4
MUITO RUIM
Depois da ótima partida que fez no Uruguai (contra o Liverpool/URU, vale destacar) , voltou a decepcionar – e muito. Já estava mal demais antes de perder o pênalti e, depois disso, piorou muito, tornando-se uma figura nula em campo. E, mesmo assim, continuou em campo até o fim do jogo…
ESTÊVÃO – 4,5
RUIM
Vinha sendo nosso principal atacante, mostrando personalidade em dribles e arremates ao gol. Mas cometeu o erro de driblar para trás no campo de defesa, perdeu a bola e foi o principal responsável pelo segundo gol que sofremos.
RONY – 4,5
RUIM
Veiga só perdeu o pênalti porque o cara aí de cima não teve competência para fazer um gol cara a cara com o goleiro. Se tivesse cumprido sua obrigação, possivelmente o resultado do jogo teria sido outro.
ENDRICK – 5
REGULAR
Seu ponto positivo foram as jogadas individuais e o pênalti que sofreu. Mas não chutou uma única bola no gol e ainda cometeu uma falta infantil e desnecessária, que originou o primeiro do Furacão. Porém, o que mais me irrita é vê-lo colocar as mãos na cabeça toda vez que faz um bobagem ou comete um erro.
ABEL FERREIRA – 4,5
RUIM
Nosso treinador não foi bem desta vez. Se, na escalação inicial e também na opção pelo 4-3-3 seguiu a lógica e manteve a coerência, foi mal ao não corrigir o principal problema que o Palmeiras apresentou no primeiro tempo – os enormes espaços concedidos para contra-ataques do Atlético/PR, todos pela direita do nossa defesa. Jogadas estas que só não se transformaram em gols graças a defesas de Weverton ou a erros de finalização do adversário.
Depois de terminarmos a etapa inicial em desvantagem, mais uma vez manteve a teimosia de só alterar a equipe com 12, 15 minutos do segundo tempo. Caraca! Se é pra fazer mudanças com tão pouco tempo, por que não ganhar o mesmo tempo e mexer já no intervalo? O resultado foi que, hoje, elas acabaram não surtindo efeito, pois o; Furacão ampliou a vantagem apenas um minuto após as entradas de Flaco López e Lázaro.
Por falar em substituições, não existe resposta lógica que explique a permanência de Raphael Veiga até o fim da partida. Como disse acima, ele já estava mal, e ficou ainda pior após perder o pênalti que colocaria o Palmeiras na frente do placar. Mas Abel preferiu sacar Estêvão (que, de fato, errou feio no início da jogada do segundo gol, mas que era nosso melhor atacante em campo), e mais uma vez improvisar Luís Guilherme na ponta, em vez de dar a ele a chance jogar em sua real posição – ou seja, na de Veiga.
E o pior de tudo isso é que não aparece um único jornalista com coragem suficiente para lhe perguntar isso na coletiva pós-jogo.
LÁZARO – 5,5
SATISFATÓRIO
Entrou bem pela esquerda e só não fez um golaço porque Bento brilhou neste domingo.
RÔMULO – 6
BOM
Gostei. Não teve muito tempo (jogou apenas 17 minutos), mas fez bons lançamentos e cruzamentos. Precisa começar a ganhar mais oportunidades.
LUÍS GUILHERME – 5,5
SATISFATÓRIO
Outro que melhorou o time a partir do momento em que foi a campo. Fez três ótimas jogadas individuais pela direita.
FLACO LÓPEZ – 5
REGULAR
Só funciona se a bola lhe chega no meio da área, preferencialmente pelo alto. Quando isso não acontece, torna-se nulo.
RICHARD RÍOS – 5,5
SATISFATÓRIO
Entrou e jogou bem mais à frente do que de costume, e foi bem. Acertou uma bola na trave após excelente cabeceio.
FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS
13/05/2024 at 14:23
Boa tarde caro Trevisan, é o velho ditado do Futebol, quem não faz Toma, agora na minha modéstia opinião o Endrick deveria ser expulso nas entradas duras que cometeu!!!
Abraço.
13/05/2024 at 14:55
Olá, Alfano.
Concordo: o árbitro e o VAR passaram a mão na cabeça do garoto.
E digo mais: Veiga deveria, sim, ter sido expulso, mas no mesmo lance Fernandinho também deveria ter recebido o cartão vermelho, pois ambos utilizaram força excessiva.
Abs.
13/05/2024 at 9:49
Bom dia
O Abel precisa colcar sangue novo se estão cansados dá para fazer dois times tranquilamente um em cada campeonato.Como fez o Felipão em 2018.
13/05/2024 at 14:54
Olá, Berti.
Montar duas equipes (uma para o Brasileirão e outra para a Libertadores e a Copa do Brasil) só seria possível se tivéssemos um elenco de maior qualidade e também quantidade.
Se Abel Ferreira optar por isso, ou ficaremos fora da briga pelo Brasileirão ou, então, pelas outras duas competições.
Abs.
13/05/2024 at 8:29
Bom dia, Márcio.
Estou até agora tentando entender se o Palmeiras jogou muito mal, ou o Athletico/PR jogou muito bem. Na verdade, estou para concluir que foi uma mistura das duas situações.
Desconsiderando a péssima partida que o Verdão fez, o que eu gostaria de entender mesmo é o porquê da torcida do Palmeiras boicotar a arena Barueri da forma como faz. Em um jogo como o de ontem você ter a presença de 12.000 torcedores é uma piada. Se isso for algum tipo de protesto da torcida pelo fato dos jogos não acontecerem no Allianz Parque não está funcionando. Os adversários se sentem jogando em casa com essa postura.
Em se tratando do desempenho do time, eu francamente entendo o reconhecimento do Abel por alguns atletas que contribuíram para as conquistas recentes da equipe, porém, como você bem pontuou em sua crônica, não dá pra deixar Veiga, Rony e até mesmo GG jogar por tanto tempo enquanto persistirem nesta nesta fase bizarra que estão vivendo.
Um abraço.
Valter
13/05/2024 at 14:53
Valter, salve!
Creio que você nunca esteve em Barueri/SP.
Por isso, explico: é longe pra cacete! E pior: ou você chega de carro pegando rodovia e pagando pedágio, ou chega de trem cujas condições creio ser desnecessário citar. E se o jogo é à noite, pior ainda, pois não dá tempo de voltar a São Paulo/SP e pegar o metrô.
Então, meu amigo, não ir à Arena Barueri não é boicote – é inteligência.
Em relação ao time, vc foi bem feliz: Abel está amarrado a quem lhe propiciou todas estas conquistas (veja a relutância em abrir mão der Breno Lopes, por exemplo) e seguirá com todos eles o máximo que puder.
Abs.
13/05/2024 at 7:16
Bom dia ,
Quem não treina finalizações e fundamentos sofre demais em campo.o gol de falta do Atlético foi defensável,mesmo com o leve desvio o goleiro chegou atrasado. Para o ano que vem ,urgente: dois laterais,um meia esquerda, um atacante de área e um goleiro seria também importante.
13/05/2024 at 14:49
Olá, Eduardo.
Já temos um meia-esquerda – Rômulo.
Mas concordo que precisaremos de dois laterais “top’s”, um destro e outro canhoto, e principalmente de um “9″ de verdade.
Só não é para o ano que vem, não, meu amigo – é para agora!
Abs.
13/05/2024 at 6:50
Enfim, eu vi o Palmeiras jogar mal e ser derrotado diferentemente de como sempre vem acontecendo quando “joga nada” e ganha. Espero que não seja necessário ocorrer muito mais vezes para chamar a atenção dos “torcedores de resultados” que o time tem em grande quantidade. Não consigo entender como que todos aqueles que enfrentam o nosso time, tem saída e transição com toque de bola e nós ficamos o jogo inteiro com goleiro e zagueiros fazendo ligação direta e com os jogadores de lado de campo levantando bola para a área adversária. Tudo isso acontece porque faz tempo que não temos um “meia armador clássico” e uma comissão técnica que não sabe treinar jogadas de ataque como é visível nos nossos jogos. Do jeito que estamos indo no Brasileirão, penso que vamos fazer força para classifica para a Sul Americana. No mais peço desculpas por ter perdido meu tempo para falar de uma coisa ridícula que é esse plantel sem “craque”.
13/05/2024 at 14:47
Olá, Farani.
Apenas um correção: temos, sim, um meia clássico no elenco. Seu nome é Rômulo.
Só que ele precisa ter oportunidades.
Abs.
12/05/2024 at 22:32
Vixe. Perdemos feio e já estamos desacostumados com isso. O time estava visivelmente cansado, jogamos no Uruguai na quinta feira. Mas a verdade é que temos uns jogadores que já não estão mais conseguindo acompanhar o ritmo das partidas. Portanto vc está certo meu caro tutor Trevisan, nota baixa pra todo mundo, de mamando a caducando. Abraços.
13/05/2024 at 14:46
Olá, Tadeu.
Na boa: não aceito muito bem esta história de cansaço.
Os caras viajam com o máximo conforto, ficam hospedados em hotéis de luxo e recebem um salário altíssimo (sei de tudo isso porque, como é de seu conhecimento, vivi esta mesma realidade – com exceção do salário, claro – rs…).
Então, a verdade é que quando encaramos times fracos, sobramos; mas quando pegamos equipes mais fortes, sofremos. Isso faz parte do futebol e é um indício de que uma geração pra lá de vitoriosa está chegando ao fim.
Abs.