MENO MALE

Pelo que “não” jogou, Palmeiras deve comemorar empate em Buenos Aires/ARG

WEVERTON – REGULAR
NOTA 5

Fez uma ótima defesa no segundo tempo, mas isso após falhar no lance ao não cortar a o cruzamento. Depois, foi com “mão de alface” em chute do ótimo Barco e por pouco não levou um frango. Em resumo: uma atuação abaixo das que estamos acostumados a ver. 

MARCOS ROCHA – REGULAR
NOTA 5

Atuou improvisado como primeiro zagueiro e, embora tenha cometido um ou outro erro de posicionamento, não comprometeu. 

GUSTAVO GÓMEZ – BOM
NOTA 6

Muito bem no jogo aéreo, esteve atento em quase todas as jogadas com Cavani. Só vacilou em uma oportunidade, e o uruguaio cabeceou raspando a trave direita. 

MURILO – BOM
NOTA 6

Atuação bastante segura. Colou em Merentiel e, depois, em Benedetto. E ainda ajudou Weverton a não engolir um frango ao dividir a bola com Cavani.

MAYKE – REGULAR
NOTA 5

Voltou a jogar em sua real posição e não foi mal. Mas teve uma ótima chance para marcar no segundo tempo e demorou demais para concluir.

ZÉ RAFAEL – MUITO BOM
NOTA 6,5

O melhor do nosso time. Fez o que pôde para marcar o jovem Barco, de longe o melhor jogador dos caras, e com isso impediu que o talentoso meia ofensivo jogasse ainda melhor. Foi bem, também, nos desarmes. 

GABRIEL MENINO – REGULAR
NOTA 5

Outra atuação bem “mais ou menos” deste rapaz que, salvo uma ou outra situação, é também “mais ou menos”. Poderia ter sido substituído um pouco antes.

RAPHAEL VEIGA – BOM
NOTA 6

Destacou-se mais nas bolas paradas, como em cobranças de escanteio. Muito marcado, não conseguiu render seu melhor futebol, sobretudo no primeiro tempo. Na etapa final, com o Boca dando mais espaços, teve uma boa chance para concluir, mas pegou mal na bola e chutou torto. 

PIQUEREZ – RUIM
NOTA 5,5

A presença de três zagueiros deveria lhe proporcionar mais liberdade para apoiar. Porém, levou um sufoco tão grande de Advíncula que preferiu ficar só na marcação. Para piorar, perdeu duas bolas que quase culminaram em gols adversários.

ARTUR – RUIM
NOTA 4,5

Voltou a jogar na direita porque na esquerda provou ser um zero à… esquerda. Resultado: logo aos 4 minutos, perdeu a melhor chance de gol de toda a partida, chutando pra fora e de cabeça baixa, sem olhar a posição do goleiro. Depois, só apareceu quando foi substituído. Começo a achar que se trata, realmente, de um bom jogador… para Bahia/BA, Bragantino/SP e que tais.

RONY – REGULAR
NOTA 5

Pra não dizer que não fez absolutamente nada, inverteu uma bola da esquerda para a direita e colocou Mayke na cara do gol. De resto, pareceu perdido entre o comando do ataque, onde não deu trabalho algum à defesa boquista, e à ponta esquerda, onde não fez uma única jogada e nem retornou para ajudar Piquerez na marcação a Advíncula 

ABEL FERREIRA – BOM
NOTA 6

Meus amigos.

Talvez alguns de vocês considerem contraditórias a nota e a avaliação concedidas ao nosso treinador em relação ao título e à linha fina desta crônica pós-jogo. E eu os entendo e, por isso, explico: de fato o Palmeiras deixou a desejar no quesito “futebol” e, se a justiça prevalecesse, o resultado mais correto seria uma vitória do Boca Juniors/ARG nesta noite. Porém, eu entendi o que o portuga quis quando optou por mudar o esquema tático da equipe.

Como sabemos, após Dudu se contundir nosso time perdeu quase que toda a sua força ofensiva, e as várias tentativas de substituí-lo deram em nada. Assim, não havia como Artur continuar jogando pela esquerda, e para que pudesse voltar a atuar na direita seria preciso que Marcos Rocha ou Mayke saísse do time, justamente dois dos mais experientes jogadores do elenco – e em uma fase decisiva de Libertadores a experiência é fundamental. 

Assim, a saída foi manter ambos os laterais na equipe, com um deles – no caso, Marcos Rocha – sendo deslocado para a zaga. Desta forma, a ideia de Abel Ferreira foi fortalecer a marcação aos dois centroavantes do Boca – Merentiel e Cavani – e, ao mesmo tempo, devolver ao time a força ofensiva pelo lado direito. Deu certo? Não, e por dois motivos: o primeiro é que o veterano atacante uruguaio saiu da área e passou a buscar o jogo em nossa intermediária ofensiva, o que confundiu a marcação no setor; a segunda é que Artur, mesmo jogando “na dele”, de novo não jogou. De qualquer forma, a ideia do portuga deve ser elogiada, pois esta alteração tática poderia ter nos dado melhor sorte na partida. Se não deu, não foi por culpa dele.

Em relação ao resultado, claro que não ter sido derrotado é algo que deve ser comemorado pelo Verdão. Muito embora este Boca não seja “aquele” Boca, não deixa de ser Boca, e quando joga partidas decisivas em seu estádio sempre se torna um adversário muito perigoso. Claro que este empate por 0 a 0 não nos garante na decisão da Libertadores, mas também é evidente que, jogando em casa e tendo um time melhor, as maiores chances de garantir a presença no Maracanã no próximo dia 4 de novembro são brasileiras, e não argentinas.

Para tanto, porém, teremos de ser mais incisivos ofensivamente, talvez atuando desde o início com Rony fixo no comando do ataque e dois pontas abertos, seja lá qual for o escolhido para atuar na esquerda. Até porque, meus amigos, o Boca Juniors/ARG jogará para empatar e levar a decisão aos penais, já que seu goleiro é uma espécie de “Cássio” nesta situação.

  

LUÍS GUILHERME – REGULAR
NOTA 5

Entrou com tempo suficiente para mostrar mais do que Artur, mas fez muito pouco além do que já havia feito o titular. Menino ainda, seus 17 anos pareceram lhe pesar em um estádio tão emblemático quanto La Bombonera.

RICHARD RÍOS – REGULAR
NOTA 5

 Outro que entrou e não mudou muita coisa. Preencheu alguns espaços que Menino deixara abertos. E foi só.

FABINHO – BOM
NOTA 6

Nem deveria ser avaliado, pois jogou apenas 9 minutos. Mas neste curto espaço de tempo realizou dois importantes desarmes e iniciou duas boas jogadas de ataque.

ENDRICK – SEM AVALIAÇÃO
SEM NOTA

Jogou apenas 4 minutos, sem tempo para ser avaliado.

ENDRICK – SEM AVALIAÇÃO
SEM NOTA

Jogou apenas 4 minutos, sem tempo para ser avaliado.

 

FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS

6 Responses to MENO MALE

  1. roberto alfano

    Boa tarde caro Trevisan, sabemos que jogar lá na Bombonera não é fácil, aja coração para a próxima partida decisiva, temos que buscar a vitória a qualquer custo.

    Abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      E a vitória terá de vir no tempo normal, pois se formos para os pênaltis vc já sabe o que normalmente acontece.

      Mas estou confiante.

      Abs.

  2. Bom dia, Márcio.

    Para mim, uma das piores partidas do Palmeiras este ano.

    Ficaram notórios o medo e o nervosismo dos jogadores em campo. Lances bizarros, chutes para se livrar da bola, meio campo inexistente, atacantes sem a menor ofensividade e um técnico pamonha, que fica observando o baixíssimo desempenho do time em campo e não é capaz de realizar uma única alteração logo no intervalo.

    Até um cego assistindo a este jogo teria notado a inoperância do time e substituído Artur, Menino, Rony e outros tantos logo no intervalo. O time não produziu absolutamente nada e qualquer que tenha sido a estratégia que o Abel montou, e que que você procurou destacar em sua crônica, foi inexistente para mim.

    Fazia muito tempo que eu não via o Palmeiras se apequenar tanto e só não perdemos este jogo porque o Boca não percebeu esta fragilidade e nos respeitou exageradamente.

    Fiquei decepcionado com a postura do time e espero que, jogando em casa, o Palmeiras mostre que é Palmeiras.

    Um abraço.

    Valter

  3. Marcos Alvim

    Prezado Trevisan e amigos
    Menino e Artur pelo que não jogaram deixou nosso meio campo fragilizado e novamente a única esperança é o Veiga sempre muito bem marcado
    Obrigado Tia Leila por nos deixar chegar tão frágeis nesta semifinal . Sua soberba de não trazer reposições a altura poderá nos custar um título do qual até aqui conseguimos chegar mas vamos precisar de muito mais bola na volta e na final
    Não dá para ser campeão um time que tem Artur e Menino ! Não é normal

    Abraços
    Marcos

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