GALO NA QUARTA, GALINHA NO SÁBADO

Freguês bom é freguês “Fiel”: Verdão vence – de novo! – o Corinthians e sobra no Brasileirão

Meus amigos.

Eu não estou nem aí se o jogo vale a vida ou se não passa de um mero amistoso: se é contra “eles”, eu quero ganhar sempre. Daí vocês podem imaginar a minha alegria por mais uma vez (por sinal, a 133ª vez) vencê-los, sobretudo por tal feito ter acontecido na casa que “eles” dizem ser deles mas que, na verdade, pertence a todos nós, já que foi construída com dinheiro público.

Mais legal ainda é que a soma de mais estes três pontos nos deixou ainda mais isolados na liderança do Campeonato Brasileiro. Independentemente dos resultados que obtiverem nossos principais oponentes nesta rodada, estaremos sozinhos na ponta do campeonato, com uma certa “gordura” acumulada e, claro, um pouco mais perto do sonho da conquista do hendecacampeonato nacional. 

O jogo – Este derby, assim como quase todos os outros 375 anteriores, teve no equilíbrio sua principal característica. No primeiro tempo, embalado pelo bando de loucos que, mais uma vez, lotou o Itaquerão, nosso adversário criou algumas boas chances de gol, sem que nenhuma delas, no entanto, tenha provocado maiores emoções em sua galera.

Isso porque o Palmeiras, muito bem montado em seu meio-campo, impedia qualquer possibilidade de domínio no setor. E, neste caso, a única saída dos caras seria jogar pelos lados do campo, onde as duplas Mayke & Dudu e Piquerez & Rony se sobressaíam tanto defensiva quanto ofensivamente. Ao mesmo tempo, toda vez que tinha a possa de bola, nossa equipe pensava o jogo e buscava o gol – ou seja: mesmo atuando longe de todos nós e diante do time que, afinal de contas, era o vice-líder da competição, jamais os comandados de Abel Ferreira se acovardaram e se esconderam por trás de uma retranca, aliás muito comum na história do nosso adversário deste sábado.

Muito podem dizer que o único gol do clássico não foi marcado pelo Verdão, e isso seria uma prova de que a vitória alviverde foi injusta. Mas a verdade é que toda a jogada, que começou com um erro juvenil cometido pelo sempre desleal Fágner, foi muito bem trabalhada – Dudu, Wesley, Piquerez e até López, que estava no exato lugar em que sempre deve estar um centroavante, foram essenciais para que o lance terminasse como terminou. 

Em síntese, prezado palmeirense: é óbvio que ainda falta muito chão – 16 partidas, para ser mais específico -, mas se o Palmeiras mantiver este espírito, esta vontade e esta entrega, e a tendência é que os mantenha, será difícil, muito difícil para qualquer adversário, por melhor que seja, impedir mais uma festa em verde e branco no fim deste ano.

O MELHOR: DANILO
Ótimo – Nota 7,5

Após cometer a imbecilidade que cometeu no meio de semana, a qual poderia ter nos custado a classificação às semifinais da Libertadores, Danilo recuperou-se imediatamente e, neste sábado, foi o melhor do Palmeiras e de toda a partida. Esteve ótimo nos desarmes e também nos lançamentos, originando várias jogadas ofensivas de perigo.

MERECE DESTAQUE: GUSTAVO GÓMEZ
Ótimo – Nota 7


Assim como acontece com Scarpa, está começando a ficar sem graça falar deste paraguaio. Parece que a cada vez que entra em campo Gómez joga melhor do que no jogo anterior, e neste sábado sua atuação foi elogiável em todos os fundamentos essenciais a um zagueiro.

PALMAS PRA ELE: ZÉ RAFAEL
Muito Bom – Nota 6,5


Ele pode não ter aparecido muito para a torcida, já que realmente se limitou à proteção mais direta do nosso sistema defensivo e raramente deu as caras no campo de ataque. Mas Zé Rafael teve no aspecto tático seu ponto  mais positivo neste derby.

Confira abaixo avaliações de todos os demais profissionais que participaram do jogo de hoje:

Piquerez, Dudu e Abel Ferreira - Muito Bom: nota 6,5
Weverton, Mayke, Murilo, Raphael Veiga, López e Rony - Bom: nota 6
Bruno Tabata e Rafael Navarro - Satisfatório: nota 5,5
Gabriel Menino e Wesley - Regular: nota 5

 

FOTOS: CÉSAR GRECO/AG.PALMEIRAS

8 Responses to GALO NA QUARTA, GALINHA NO SÁBADO

  1. roberto alfano

    Bom dia caro Trevisan, feliz dia dos Pais, ainda mais depois de mais uma vitória destas bem relatada pela sua boa crônica.

    Agora é descansar o Elenco tanto Física e Mental para seguirmos firmes na Maratona das disputas que temos pela frente.

    Abraço e vai Verdão.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Alfano.

      Agradeço os votos e os retribuo.

      Meu amigo: antes do pega da Libertadores teremos uma enorme decisão domingo que vem.

      Sei que não será fácil, mas se vencermos o Flamengo/RJ e abrirmos 12 pontos da liderança, dificilmente perderemos este Brasileirão.

      E o bom é que, se eles ganharem, ainda ficaremos seis pontos na frente.

      Abs.

      • Fábio P. R.

        O mais legal é que esse time tem a cabeça tão firme, tão tranquila e confiante, que uma derrota para os mulambos certamente não afetará em nada o desempenho no decorrer do campeonato – diferente de outras épocas e outros times, que normalmente desandam quando tropeçam.

        • Márcio Trevisan

          Oi, Fábio.

          As tais outras épocas às quais você se refere não são tão antigas. Se pararmos pra pensar, mesmo com o título paulista de 2008, nosso último grande time havia sido o da Libertadores de 1999.

          Abs.

  2. Opa. Ó eu aqui ó, em primeiro igual ao Palmeiras. Ah como é bom ganhar dos gambázitos. Lembra, meu caro tutor Trevisan, na época em que ganhar do Curintias é como se fosse ter sido campeão? Hoje em dia queremos muito mais, mas ainda é bom demais ganhar deles (hehehe). E o título de sua redação ficou bom demais, rachei o bico.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Tadeu.

      Agradeço o elogio.

      Realmente, em tempos nem tão distantes assim vencer os caras era algo bem mais complicado do que hoje.

      Que assim permaneça para todo o sempre. Amém.

      Abs.

      • Fábio P. R.

        E em tempos bem mais antigos eles tinham que suar muito, muito pra ganhar de nós, será que esses tempos voltaram? rsrs

        • Márcio Trevisan

          Fábio: eu gostaria muito de responder esta pergunta com um “sim”, mas infelizmente minha resposta é “não”.

          O time atual até já ganhou – e se Deus quiser continuará a ganhar – títulos mais importantes que os obtidos pela Segunda Academia, mas tecnicamente não joga 10% do que jogavam aqueles caras.

          Abs.

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