Palmeiras tem fim de 1º tempo à moda “seleção da FIFA”, goleia de novo e mantém ponta do Brasileirão
Meus amigos.
Confesso que não tenho os números exatos, mas desde 1975, quando pela primeira vez assisti a uma partida do Palmeiras (derrota para o Flamengo/RJ por 3 a 0, no Maracanã), creio ter visto entre 1.500 e 1.700 jogos do nosso time, seja nos estádios, seja pelo TV. Por isso, logo nos primeiros minutos de cada embate, mais ou menos já sei como o Verdão vai se comportar no decorrer da peleja.
Hoje, mais uma vez isso aconteceu. Quando vi o time cedendo todos os espaços possíveis e imagináveis ao Atlético/GO, permitindo que o adversário marcasse sob pressão nossa saída de jogo e sendo pouco inspirado tanto coletiva quanto individualmente, comentei comigo mesmo: “Hoje vai ser complicado”. E foi mesmo, sobretudo quando Luan resolveu ser novamente o imbecil que tantas já foi e marcou um gol contra tão absurdo, mas tão absurdo, que acabou sendo mais absurdo do que aquele feito por Oséas em Velloso em um clássico contra “eles”, em 1998. Menos mal que amenizou tamanha falha participando diretamente dos dois primeiros gols que fizemos.
Contudo, quando o momento é excepcional e a equipe tem jogadores de qualidade indiscutível e que vivem as melhores fases de suas carreiras, em um piscar de olhos – ou em apenas 7 minutos, para ser mais exato – uma situação pra lá de difícil se torna fácil, fácil. Com as brilhantes participações dos Gustavo’s e, sobretudo, de Gabriel Veron, o Palmeiras virou o jogo para 4 a 1 e apresentou, nos últimos minutos da etapa inicial, um futebol “padrão Fifa”.
Só que nem tudo foram flores em mais esta vitória por goleada. Por mais que tenha se destacado ao marcar dois gols, Gómez não é lateral-direito. Sei que não foi a primeira vez que ele quebrou o galho no setor, mas o paraguaio não tem nem mesmo estrutura física para jogar por ali. Tanto que os principais lances de perigo do time dirigido pelo ótimo Jorginho partiram de Wellington Rato, e isso se deu tanto no primeiro quanto no segundo tempo.
Por isso, apesar da vitória e pelo bom futebol dos reservas que mandou a campo, não gostei muito da atuação de Abel Braga, pois ele só foi resolver o problema aos 25 da etapa final. Outro ponto negativo foi a atuação pouco atenta de Weverton, que saiu mal demais no lance do segundo gol dos caras.
De qualquer forma, e principalmente pelo que jogou dos 41 aos 48 minutos do primeiro tempo, o Palmeiras ganhou mais uma com méritos e, também com todo o merecimento, manteve a liderança do Brasileirão não só nesta, mas também na próxima rodada, independentemente do resultado do clássico com o São Paulo/SP, segunda-feira que vem.
Que esta fase vitoriosa assim se mantenha, preferencialmente sem imbecilidades como a de Luan ou erros como de Weverton.
O MELHOR: GABRIEL VERON
Excelente – Nota 8,5
Não fossem as constantes e longas contusões que já teve, Veron já estaria em outro patamar não só no Palmeiras, mas no futebol como um todo. De qualquer forma, é inegável que vem crescendo demais de produção e, hoje, foi um dos grandes garçons do time, dando duas assistências que se transformaram em gols. Além disso, sempre que foi preciso, voltou para ajudar Piquerez na marcação.
MERECE ELOGIOS: GUSTAVO SCARPA
Excelente – Nota 8
Vi, nesta semana, uma entrevista sua em que praticamente se despede do Palmeiras. Por isso, é bom que preparemos nossos corações, pois na próxima janela ou, no máximo, no fim deste ano Scarpa deverá mesmo deixar o nosso clube porque sonha atuar no futebol europeu. Será uma pena ficar sem atuações como a de hoje, em que além de marcar um lindo gol ainda participou diretamente de outros dois.
PALMAS PRA ELE: GUSTAVO GÓMEZ
Ótimo – Nota 7,5
Como disse acima, não é lateral-direito nem aqui, nem na China. Mas Gómez é tão bom que, mesmo quando atua em uma posição que nada tem a ver, consegue se destacar. Hoje, o fez marcado dois gols – o primeiro, em linda cabeçada; e o segundo, aos trancos e barrancos, como se fosse um centroavante (é melhor nem dar essa ideia para o português…)
Os demais profissionais ficam com as seguintes avaliações:
Zé Rafael: Muito Bom – nota 6,5
Piquerez, Rony e Wesley: Bom – nota 6
Murilo, Danilo, Gabriel Menino e Breno Lopes: Satisfatório – nota 5,5
Luan, Dudu, Mayke, Atuesta e Abel Ferreira: Regular - nota 5
Weverton: Ruim – nota 4,5
FOTOS: CÉSAR GRECO /AG. PALMEIRAS
17/06/2022 at 18:34
Boa noite caro Trevisan, muito boa sua crônica, confesso quando acompanhei o jogo a partir dos 40 minutos do primeiro tempo, jamais iria imaginar uma virada destas.
Mesmo com os erros cometidos bem citados por você, valeu pela vitória.
Abraço.
18/06/2022 at 0:34
Obrigado, Alfano.
Nossa fase está tão boa que mesmo quando o zagueiro e o goleiro fazem bobagem, a gente ganha de goleada.
Tomara permaneça assim por muito tempo.
Abs.
17/06/2022 at 11:32
Bom dia, Márcio.
O que foi o fim do primeiro tempo do Verdão? 7 minutos para entrar para a já gloriosa história do Palmeiras. Me uno a você para dizer que eu nunca tinha assistido tamanho desempenho e fico com inveja – boa, claro – de quem foi ao estádio e assistiu essa performance ao vivo.
Final do mundial interclubes contra o Chelsea e pênalti na prorrogação na mão de quem? Gol de Gustavo Gomes contra o Botafogo anulado por impedimento de quem? Final da Copa do Brasil contra o Grêmio, cotovelada em Diego Souza e quem foi expulso? Gol contra bizarro no jogo de ontem de quem?
Eu tenho certeza que se eu me dedicar um pouco mais encontro outras façanhas do Luan. O cara é azarado demais. Se chover Xuxa, cai um Pelé na cabeça desse rapaz.
Um abraço.
Valter
P.S. Você estava pensando no Abel Braga quando escreveu essa crônica?
“Por isso, apesar da vitória e pelo bom futebol dos reservas que mandou a campo, não gostei muito da atuação de Abel Braga”.
18/06/2022 at 0:33
Valter, salve!
A quantidade de falta de sorte de Luan é tão grande que começo seriamente a desconfiar que o que lhe faltam, na verdade, são neurônios.
Quanto à troca do sobrenome do nosso treinador, explico: foi um teste para saber se vocês estão lendo, mesmo, minhas crônicas (sqn…)
Obrigado pelo toque. Vou corrigir o erro.
Abs.