Centroavante marca quatro e atuação faz lembrar alguns dos maiores “9″ do Palmeiras
Meus amigos.
Quando vi o segundo tempo do empate por 1 a 1 entre Independiente Petrolero/BOL e Emelec/EQU, na semana passada, cheguei a uma simples conclusão: o Palmeiras teria de se esforçar muito, mas muito, mesmo, para não golear a equipe boliviana na noite desta terça-feira, na Arena Palestra Itália. A fragilidade do time boliviano é tão gigantesca que seu único jogador com alguma qualidade técnica é o nosso querido Cristaldo, que aos 33 anos já está em fim de carreira.
A goleada por 8 a 1 obtida pelo Verdão (algo que não acontecia em jogos oficiais desde 16/03/1996, quando massacramos o Botafogo/SP no Santa Cruz, em jogo válido pelo Paulistinha) não se explica, entretanto, apenas pela ruindade da horrorosa equipe da Bolívia. Após o susto que levou logo aos 5 minutos, numa falha dupla de Jorge e Kuscevic, todas as ações em campo foram tomadas pelo nosso time. Aliás, não fossem duas ótimas defesas do goleiro dos caras e de duas bolas salvas quase em cima da linha, a virada teria acontecido ainda no primeiro tempo.
Na verdade, foi uma mudança tática promovida pela dupla Abel Ferreira/João Martins ainda no fim da etapa inicial, mas que de fato se tornou visível somente no segundo tempo, que gerou a histórica goleada. Ao colocar Gabriel Veron em sua posição (ou seja: aberto pela direita) e passar Breno Lopes para o meio, o esquema 4-4-2 escolhido para esta partida passou a de fato acontecer. Antes, com ambos em posições contrárias, a equipe centralizou muito suas jogadas ofensivas, tanto que foi pelo meio que aconteceu mais um gol de Zé Rafael – e de fora da área.
E quem melhor soube aproveitar esta alteração técnica foi Rafael Navarro. Os quatro gols que marcou, além de levá-lo à artilhara isolada da Copa Libertadores, ainda poderá lhe dar a tranquilidade necessária para, em jogos nos quais não houver tanta facilidade, ser também o camisa 9 de que tanto precisamos, e o qual só poderemos contratar a partir de julho, quando se reabrirá a janela de transferência no futebol brasileiro.
Para finalizar, prezado internauta. Não interessa se o oponente tem um time mais feio do que bater na mãe porque não gostou da mistura; o que importa é que o resultado foi histórico e, melhor ainda, já deixa o Palmeiras com uma mão e meia em uma das vagas do grupo na etapa seguinte da competição.
O MELHOR: RAFAEL NAVARRO
DIVINO – Nota 10
Antes que as más e invejosas línguas se manifestem, é bom deixar bem claro que não foi devido somente à ruindade do adversário que Rafael Navarro fez o que fez hoje. Os quatro gols que marcou somente aconteceram porque ele estava muito bem posicionado, tanto quando concluiu com os pés como quando fez de cabeça – isso sem contar, claro, o gol de “chaleira”, sem dúvida o mais bonito de todos. Aliás, o último jogador do Palmeiras a marcar quatro gols no mesmo jogo fora Adriano Michael Jackson, em 02/03/2011 (Palmeiras 5 x 1 Comercial/PI, pela Copa do Brasil – o outro gol foi do lateral-esquerdo Gabriel Silva).
MERECE ELOGIOS: RAPHAEL VEIGA
Excelente – Nota 8,5
Um cara que joga apenas 25 minutos e consegue fazer os dois gols que ele fez não pode ser definido com outra palavra a não ser esta: craque. Por sinal, a primeira das suas duas obras primas nesta noite pode muito bem ganhar o Prêmio Puskas no fim deste ano.
PALMAS PRA ELE: ZÉ RAFAEL
Ótimo – Nota 8
Não sei se vocês notaram, mas neste começo de 2022 Zé Rafael tem jogado um futebol bem semelhante ao que o fez se destacar no Bahia/BA e ser contratado pelo Palmeiras. Além de ajudar muito na marcação, sobretudo nos desarmes, e iniciar várias jogadas ofensivas, ele também tem aparecido com frequência na entrada da área e, de lá, mandado suas bombas. E hoje não foi diferente.
Os demais profissionais ficam com as seguintes avaliações:
Mayke e João Martins: Ótimo – nota 7,5
Gabriel Veron e Gustavo Gómez: Ótimo – nota 7
Breno Lopes, Wesley e Rony: Muito Bom – nota 6,5
Gabriel Menino e Danilo: Bom – nota 6
Weverton e Murilo: Satisfatório – nota 5,5
Kuscevic. Jorge e Atuesta: Regular – nota 5
FOTOS: CESAR GRECCO/AG. PALMEIRAS
13/04/2022 at 16:05
Boa tarde caro Trevisan, confesso que quando vi o placar do jogo, pois não assisti, não acreditei.
Quem sabe o Navarro já esta sentindo o que é jogar no Palmeiras, méritos a ele e ao Raphael Veiga pelos golaços.
Agora temos que pensar em melhorar no Brasileirão pois vem clássicos pela frente depois do Goiás.
Abraço.
13/04/2022 at 19:43
Olá, Alfano.
O time dos caras é, realmente, fraquíssimo. Se disputasse o Campeonato Cearense com certeza seria rebaixado.
Então, é claro que que RN merece elogios – e eu os fiz -, mas também é claro que ele precisa mostrar seu potencial contra adversários de melhor nível – algo que, até agora, não fez.
Espero que faça.
Abs.
13/04/2022 at 15:02
Atuesta = aberração
13/04/2022 at 19:41
Olá, Jurandir.
Como disse ao Jair, está na hora de ele reagir. Com este futebol não vai dar.
Abs.
13/04/2022 at 14:55
Vitória maravilhosa !
Imagina se o Palmeiras jogasse com 11 jogadores ontem e não com 10.
Atuesta “cercador de galinhas ” que piada como jogador de futebol.
Abçs
13/04/2022 at 19:41
Jair: boas!
É verdade que alguns jogadores estrangeiros levam mais tempo para se adaptar a um novo País, mas também é verdade que Atuesta já está aqui há quatro meses, já participou de 20 partidas e, até agora, tem deixado muito a desejar.
O que ele errou de passes e lançamentos ontem foi algo assustador. Espero que ele melhore rapidamente, pois se continuar assim por mais algum tempo a paciência da torcida irá acabar.
E aí vc já sabe o que acontece.
Abs.
13/04/2022 at 10:17
Alguns dizem que a melhor forma de se respeitar um adversário mais fraco é continuar a jogar e fazer gols.
13/04/2022 at 19:38
Concordo, Gustavo.
Até porque ninguém tem pena da gente. Então, por que teremos de ter pena de alguém?
Abs.
13/04/2022 at 8:16
Bom dia caros Sangue VERDE. Ó eu aqui ó. E como diria um velho ditado: é melhor bater em bêbado do que apanhar de bêbado. Hehehe.
13/04/2022 at 19:38
Verdade, Tadeu.
Mas vou confessar: quando tomamos o gol e o fim do primeiro tempo se aproximava sem que a gente empatasse, me lembre dos terríveis anos 80.
Abs.