Palmeiras enfrenta o Santos/SP pela quarta vez em 2021… e ganha pela quarta vez!

Meus amigos.

Tudo começou no 1 a 0 de 30 de janeiro, quando Breno Lopes marcou o gol que garantiu o bicampeonato da Libertadores da América, no Maracanã.

Depois, em 6 de maio, na Arena Palestra Itália, pela fase de  classificação do Paulistinha, foi 3 a 2, com gols de Willian Bigode, Viña e Lucas Esteves. Pois é: até do Esteves.

Em seguida, mais uma vez em nossa casa, outro 3 a 2, desta vez valendo pelo 1º turno do Brasileirão, com Bigode – olhe ele aí de novo! -, Breno Lopes – olha ele aí de novo! – e Gustavo Gómez.

E hoje, mesmo atuando no campinho dos caras, 2 a 0. Com gols de Raphael Veiga e Rony. E nem dá para eles reclamarem, pois poderia ter sido bem  mais.

Quatro jogos contra o Santos/SP em 2021, quatro vitória sobre o Santos/SP em 2021.

Se isso não se chama “freguês”, então não sei que nome tem.

O MELHOR: RAPHAEL VEIGA

O que esse cara tá jogando chega a ser uma sacanagem. Hoje, além de ter dado o passe, mais do que perfeito, para Rony abrir o placar, ainda por cima marcou um golaço que só quem sabe muito de bola consegue marcar. E se já não fosse o bastante, ainda por cima deu uma de falso 9 quando o Palmeiras não teve a bola nos pés. Deus queira que repita uma atuação como esta daqui a 20 dias (nota 8,5).

MERECE DESTAQUE: RONY

Ele precisou marcar três gols para que um fosse confirmado. Aliás, tenho pra mim que se o árbitro não se chamasse Claus o toque involuntário de Dudu não teria sido considerado irregular. Mas o que vale é que, durante todo o jogo, Rony foi um inferno para a frágil defesa santista, com direito até mesmo à assistência para o golaço de Veiga (nota 8).

PALMAS PRA ELE: PIQUEREZ

Se você está surpreso por ver o uruguaio por aqui, saiba que eu me sinto da mesma forma. Até que enfim Piquerez apresentou um futebol realmente elogiável, tanto na defesa – e olha que teve um trabalho dos diabos com o Marinho – como no ataque, aparecendo não uma, mas várias vezes no apoio e – incrível! – acertando cruzamentos. Na boa: acho que estou sonhando (nota 7).

Os demais jogadores ficam com as seguintes avaliações:

Weverton, Gustavo Scarpa e Dudu – nota 6,5
Danilo – nota 6
Luan, Gustavo Gómez, Zé Rafael, Patrick de Paula e Breno Lopes – nota 5,5
Marcos Rocha – nota 5
Danilo Barbosa, Deyverson e Willian Bigode – sem nota

O TREINADOR: ABEL FERREIRA

Nosso treinador começou seu trabalho nesta tarde surpreendendo, pois sacou do time e até mesmo do banco o capitão Felipe Melo. Apesar das ótimas atuações que vinha tendo, o experiente jogador de 38 anos foi poupado após cinco partidas seguidas, sendo quatro delas completas e uma em que deixou o gramado já aos 35 do segundo tempo.

Mas esta decisão acabou dando muito certo, pois Zé Rafael foi recuado para o que antigamente se chamava de “cabeça da área” e Danilo – muito mais leve e rápido na saída de jogo – atuou como segundo volante, o que deixou o meio-campo palmeirense bem mais criativo e tão seguro como sempre. Tal estratégia matou qualquer chance de criação no setor adversário, limitando o Peixe a jogar apenas pelas pontas, com Marinho e Lucas Braga.

Outro ponto a favor de Abel Braga foi o posicionamento de Raphael Veiga. Quando tínhamos a bola, ele era o que sempre é – um meia criativo. Mas, quando não a possuíamos, ele ocupava o espaço no comando do ataque, fazendo com que Rony se deslocasse para o lado direito, assim como já acontecia pela ponta esquerda com Dudu. Desta forma, ficou muito mais difícil para o Santos/SP iniciar suas jogadas.

Nas substituições, todas feitas já com o 2 a 0 no placar, agiu mais para poupar titulares – afinal, voltaremos a campo já na próxima quarta-feira – e para ganhar tempo (nota 6,5).

CRÉDITO FOTOS: CESAR GRECO/AGÊNCIA PALMEIRAS