Palmeiras ganha 7ª seguida no Brasileirão, 9ª consecutiva no ano e 11ª em 12 jogos.

Meus amigos.

Tenho certeza de que todos vocês já ouviram que o Campeonato Brasileiro é o mais equilibrado do mundo, já que ao contrário do que acontece em todos os demais países por aqui sempre se tem, antes do início da competição, vários favoritos à conquista do título. Justamente por isso, a marca que o Palmeiras atingiu nesta noite de sábado é digna não só de aplausos, mas também de ser interpretada de uma forma bem simples: uma equipe que vence sete jogos seguidos no Brasileirão, que obtém nove vitórias seguidas na temporada e que ganha 11 das 12 últimas partidas que disputou é, no mínimo, muito favorita à conquista da taça.

É claro que ainda faltam exatamente dois terços da competição – ou, se preferirem, 26 jogos – e, obviamente, alguns tropeços acontecerão. Mas é neste ponto que o Verdão parece estar cada vez mais maduro e cada vez mais pronto para mais uma conquista. Só para que tenhamos a noção do quanto estamos bem, basta analisarmos os números dos mais recentes Brasileirões que faturamos. Em 2016, cumpridas 13 rodadas, também liderávamos a classificação, mas com 28 pontos (ou seja: três a menos do que agora); em 2018, também após 13 partidas, tínhamos apenas 20 pontos e ocupávamos a apenas humilde 7ª posição. Querem um outro dado pra lá de empolgante? Então, saibam que em 2019, ano em que o Flamengo/RJ cumpriu uma das mais célebres campanhas de toda a história do Campeonato Brasileiro, a equipe carioca era somente a 3ª colocada – e com 24 pontos.

Como disse acima, muita água ainda irá rolar até dezembro, quando terminará o Brasileirão. Mas se mantiver o espírito e a forma de jogar vistos nesta vitória sobre o Fluminense/RJ e nas partidas anteriores, o endeca terá tudo para chegar já em 2021.

O MELHOR

Geralmente muito questionado – e com toda a justiça, devido sobretudo às suas deficiências defensivas -, Marcos Rocha tem apresentado um futebol bastante interessante nos últimos jogos. Talvez por ter mais liberdade para apoiar, já que o outro lateral, Renan, praticamente não o faz, o amigo aí de cima tem se destacado dentre seus companheiros de equipe. Neste sábado, contudo, ele também esteve bem na marcação, sobretudo nas antecipações e nas coberturas (nota 6,5).

MERECE DESTAQUE

Não serei ingênuo a ponto de acreditar que nosso treinador manterá Felipe Melo na equipe titular assim que Luan reúna novamente condições de jogo, pois Abel Ferreira parece ter verdadeira adoração pelo zagueiro. Mas assim que trocar o companheiro de Gustavo Gómez no miolo de zaga ele cometerá uma injustiça. FM tem sido a segurança de que o Palmeiras precisa em todas as partidas, inclusive quando atua em sua real posição, à frente dos defensores. Hoje, graças à sua atuação, Fred não viu a cor da bola e até foi substituído no segundo tempo (nota 6,5).

PALMAS PRA ELE

A verdade é Raphael Veiga tem jogado mais para o time desde que Gustavo Scarpa, com todos os méritos, tornou-se o principal articulador das jogadas ofensivas do Palmeiras. Porém, mesmo deslocado pelo lado direito do nosso ataque (quase que na ponta direita, para ser mais exato), ele segue tendo apresentações bastante elogiáveis. Hoje, aproveitou-se de uma falha de marcação de Egídio (ele continua o mesmo, graças a Deus!) para realizar a jogada que terminou no gol contra marcado por Manoel. Além disso, criou boas jogadas tanto pelo setor quanto pelo meio, onde foi jogar a partir dos 15 minutos da etapa final (nota 6,5).

OS DEMAIS

Prezado palmeirense: está mais do que na cara que Dudu ainda está longe daquele jogador que se tornou a referência da nossa equipe por cinco anos consecutivos. Porém, também é visível que a cada partida ele apresenta uma melhora – gradual, é verdade, mas também constante. Diante do Flu, foi bem tanto ofensivamente, com no lance em que deixou Willian Bigode na cara do gol – e este conseguiu perder… – quanto na recomposição nos minutos finais, quando a equipe carioca mais pressionou em busca do empate (nota 6,5).

Os demais jogadores ficam com as seguintes avaliações:

Weverton e Zé Rafael – nota 6
Gustavo Gómez, Renan, Danilo e Patrick de Paula – nota 5,5
Gustavo Scarpa, Deyverson, Wesley e Breno Lopes  – nota 5
Willian Bigode – nota 4,5
Victor Luís – sem nota

O TREINADOR

Mais uma vez substituindo Abel ferreira, que parece não se cansar de ser suspenso, João Martins não reeditou as boas atuações anteriores. Como a escalação inicial não foi uma decisão sua, e sim do titular do posto, a análise do seu trabalho se limita à postura à frente do banco de reservas e às alterações que promoveu. No primeiro caso, não conseguiu energizar o Palmeiras no primeiro tempo, permitindo que o time fosse um tanto quanto apático e só não saísse perdendo logo aos 6 minutos graças a mais uma “defesa” de Zé Rafael em cima da linha. Além disso, também não soube como corrigir a lentidão na saída de bola e a extrema dificuldade na conclusão a gol que a equipe apresentou na etapa inicial. No segundo caso, foi bem demais tanto no momento em que decidiu mexer no time (logo após abrirmos o placar) quanto nos três jogadores que mandou a campo e os três que sacou, pois com Dudu, Bigode e Breno Lopes o Verdão ficou mais rápido sem perder a força defensiva. Contudo, errou feio ao optar por Patrick de Paula quando sacou Raphael Veiga, não devido ao jovem jogador, mas sim porque esta alteração acabou com toda a organização de jogadas ofensivas, que a partir de então se limitara apenas a contra-ataques. (nota 5).