Palmeiras não perdoa horrendo time peruano e de novo goleia na Arena Palestra Itália
Meus amigos.
É claro que muitos dos meus colegas de profissão analisarão a goleada de 6 a 0 imposta nesta noite pelo Palmeiras sobre o Universitario/PER (aliás, a segunda maior dentre todas as obtidas na Copa Libertadores, superada apenas pelos 7 a 0 no El Nacional/EQU, na edição de 1995), com a ressalva de que o adversário era pra lá de fraco. Outros irão mais além, e lembrarão que jogamos com um homem a mais desde ao 18 minutos do primeiro tempo. Por fim, mais alguns ainda salientarão que, dos seis gols que o time marcou, quatro foram frutos diretos de grotescos erros defensivos da equipe peruana.
Os jornalistas que assim agirem estarão, de fato, corretos. Afinal, todos os detalhes lembrados no parágrafo acima aconteceram e facilitaram, sim, a vida palmeirense, tornando mais simples não só a vitória como também a goleada e a obtenção da segunda melhor campanha na fase de grupos da competição.
Contudo, se nos aprofundarmos um pouquinho, apenas um pouquinho na análise desta partida veremos que o Verdão teve muitos méritos, e que também por isso conseguiu um resultado com tamanha diferença de gols (a qual, aliás, só não foi ainda maior porque o árbitro assistente anotou impedimento de Wesley quando quem lhe passou a bola foi o zagueiro do Universitario…). O principal deles, sem dúvida, foi a seriedade com que a equipe atuou na etapa fina: mesmo após terminar o primeiro tempo com 2 a 0 de vantagem, sempre buscou o ataque e, claro, teve como prêmio mais cinco gols, que se tornaram apenas quatro devido ao juvenil e imperdoável erro da arbitragem.
Outro ponto que vale destaque foi a rápida ação de Abel Ferreira. Assim que o Palmeiras passou a ter um homem a mais no gramado, ele mudou o esquema tático do 3-5-2 para o 4-4-3 sem que para tanto precisasse promover alterações – simplesmente deslocou Empereur para a lateral esquerda e liberou Viña para ser o ponta pelo lado canhoto. Com isso, deslocou Wesley para a direita e deixou o Palmeiras muito mais ofensivo. Isso também ajudou na obtenção da goleada. E para provar que queria ainda mais, o treinador ainda sacou Empereur e colocou Rony, aos 29 do segundo tempo. O resultado, como vimos, foram mais dois gols, ambos marcados pelo atacante.
Por falar em Rony, torna-se no mínimo obrigatório lhe dedicar um parágrafo exclusivo. Para ele, não faz diferença se começa como titular, se entra logo após o intervalo ou se joga apenas alguns minutos, como nesta noite. Também não dá bola se a partida é decisiva ou se não vale nada. Seu empenho é sempre o mesmo, e nem o fato de, muitas vezes, perder gols imperdíveis, o faz mudar seu modo de jogar. Mesmo reconhecendo suas limitações técnicas, é impossível não render homenagens a um jogador que, sem exceção, deixa a alma em campo cada vez que nele adentra.
Agora, meus amigos, resta-nos torcer para que, assim como aconteceu em 2020, em 2021 a sorte novamente nos bafeje e nos dê um adversário menos complicado nas oitavas de final da Libertadores. Ao contrário do que aconteceu no ano passado, desta vez não existem “babinhas de bois” – ao contrário: o que tem é muito time bom que ficou em segundo lugar e poderá nos enfrentar logo de cara.
De minha parte, torço para que a bolinha nos indique um dos paraguaios (Olimpia ou Cerro Porteño) ou, então, o Universidad Catolica/CHI. São equipes fracas? Não, claro que não. Mas também não são tão fortes quanto Boca Juniors/ARG, River Plate/ARG ou São Paulo, por exemplo. Mas, independentemente de quem seja o nosso próximo adversário, uma verdade é incontestável: pode até ser que os jogos sejam difíceis para nós, mas com toda a certeza também os serão para quem cruzar o nosso caminho.
P.S.: E em uma noite com tantas boas notícias, uma conseguiu superar todas elas: Papagaio foi embora.
ANÁLISES INDIVIDUAIS
WEVERTON – 5
REGULAR
DANILO BARBOSA – 5
REGULAR
GUSTAVO GÓMEZ – 6
BOM
EMPEREUR – 5
REGULAR
GABRIEL MENINO – 8,5
EXCELENTE
DANILO – 5
REGULAR
ZÉ RAFAEL – 6
BOM
GUSTAVO SCARPA – 6
BOM
VIÑA – 7,5
ÓTIMO
WILLIAN BIGODE – 7,5
ÓTIMO
WESLEY – 7,5
ÓTIMO
ABEL FERREIRA – 6,5
MUITO BOM
LUAN – 5,5
SATISFATÓRIO
RONY – 7,5
ÓTIMO
LUIZ ADRIANO – 5,5
SATISFATÓRIO
PATRICK DE PAULA – 5
REGULAR
RAPHAEL VEIGA – 5,5
SATISFATÓRIO
CRÉDITO FOTOS: CÉSAR GRECO / AG. PALMEIRAS
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO
08 a 8,5 – EXCELENTE
07 a 7,5 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
00 a 3,5 – PÉSSIMO
28/05/2021 at 14:45
Boa tarde, caro Trevisan valeu pelo empenho em campo, vamos ter nas oitavas umas das melhores, para tanto independente do adversário temos que jogar desta maneira.
Com garra e determinação vamos em frente.
Abraço.
29/05/2021 at 11:59
Olá, Alfano.
A menos que o Palmeiras dê sorte novamente e cruze com um dos paraguaios ou, no máximo, com a Catolica/CHI, teremos pedreira. Não tem outro jeito.
Abs.
28/05/2021 at 12:24
Papagaio se foi mas espero que não volte afinal foi só emprestado e não vendido. Tomara que dê pé lá pelo mato grosso.
29/05/2021 at 11:58
Tadeu: difícil.
O cara é ruim até mesmo para o Cuiabá/MT.
Abs.
28/05/2021 at 9:01
Bom dia, Márcio.
É claro que muitos dos meus colegas de profissão analisaram a partida dizendo que o time era fraco, que jogou com um a menos e que mesmo assim o Palmeiras jogou mal.
O Palmeiras fez a segunda melhor campanha da Libertadores nessa fase de grupos, mas, por exemplo, exalta-se mais o empate em zero a zero do time rubro-negro carioca, pois classificou-se em primeiro do seu grupo.
Como é grande a má vontade de alguns de seus colegas de profissão para com o Palmeiras. Antes do jogo de ontem, foi relembrado que esse time foi o único peruano a derrotar o Palmeiras no Brasil. Isso em 1979, quando não se valorizava a Libertadores.
Nessa semana foi dito que o Palmeiras conquistou a “Tríplice Coroa do Mal”, pois perdeu três finais nesse ano de 2021 e isso nunca havia ocorrido na história do time.
Na temporada passada, onde o time ganhou a Florida Cup, Paulista, Libertadores e Copa do Brasil, além de conquistar “quatro vagas” para a Libertadores deste ano, não foi dita um linha sobre a “Quádrupla Coroa”. Frisou-se mais o fracasso no Mundial.
29/05/2021 at 11:57
Olá, Gustavo.
Vc está coberto de razão.
Senti isso na pele quando fui assessor de Imprensa do clube.
A má vontade de muitos jornalistas, alguns deles inclusive palmeirenses, é impressionante.
Abs.
28/05/2021 at 8:49
Copo meio vazio !
Em qual time reserva do Palmeiras vamos acreditar ?
O que jogou um futebol absolutamente MEDÍOCRE os 17 1ºs minutos da partida 11 x 11 jogadores ?
Ou o que jogou um futebol excelente a partir do 18º minuto do partida 11 x 10 jogadores ?
Façam suas apostas !
Abçs.
29/05/2021 at 11:56
De fato, Jair.
Até o cara ser expulso o jogo estava equilibrado.
É claro que venceríamos, mas não por 6 a 0.
Na dúvida, prefiro acreditar no time titular (mas meio desconfiado, confesso).
Abs.
28/05/2021 at 8:34
Bom dia, Márcio.
Começo pela sua observação pós crônica e lhe pergunto: você não é fã do Papagaio (KKKK)?
Não há mais o que falar do jogo. Foi um treino de luxo, onde tivemos o privilégio de jogar boa parte do jogo com o time reserva e nos despedir da fase de grupos graduando os Universitários com um show de bola. Não passaram no curso e – como diziam na nossa época – ficaram em recuperação na disciplina futebol. Tentem de novo no ano que vem.
Sei que esse não é objetivo desse espaço, mas me permita fazer uma sugestão. Peça aos jogadores do Palmeiras que assistam as cobranças de pênaltis entre Villarreal e Manchester United pela final da Liga Europa. Foram 22 pênaltis cobrados e apenas 1 – deixe-me repetir – apenas 1 perdido. Como você sabe, quem perdeu foi o goleiro – deixe-me repetir – o goleiro do Manchester United (de Gea), o que decretou o título ao Villarreal.
Confesso que, vendo as cobranças, senti inveja e pensei comigo: “esses caras devem ter aprendido com os jogadores do Verdão”.
Um abraço.
Valter
29/05/2021 at 11:55
Valter, salve!
Tenho uma opinião diferente sobre disputas de pênaltis.
Em primeiro lugar, sou contra: creio que o time de melhor campanha deveria levar a vantagem do empate após a prorrogação.
E, em segundo lugar, para mim o que define se um pena vai ou não ser convertido em gol é o estado psicológico do batedor. É por isso que treinar cobranças é ago, em minha opinião, desnecessário.
Abs.
28/05/2021 at 5:55
Esse resultado não podemos considerar que nem foi um treino de luxo. Na verdade foi uma piada de adversário.
29/05/2021 at 11:52
Concordo, Farani.
Os caras são mais fracos até mesmo do que o time “deles”.
Abs.