Aplicado e talentoso, Palmeiras vence primeiro dos cinco “amistosos” antes da Copa do Brasil

Meus amigos.

Por mais indigesta, ingrata, frustrante ou mesmo enfadonha que possa ser uma missão, existe um segredo para torná-la ao menos um pouco mais palatável, reconfortante, satisfatória e interessante: cumpri-la com determinação, pois desta forma normalmente se chega ao seu final com maior rapidez e menor desgaste.

Foi exatamente isso que o Palmeiras (que, vale lembrar, começou o jogo com apenas cinco titulares) fez nesta tarde. Mesmo tendo pela frente a primeira das cinco partidas “amistosas” antes de dar início à decisão da Copa do Brasil, nosso time encarou o jogo com o Fortaleza/CE com a seriedade que deveria e, consequentemente, com a vontade que merecia. E qual o resultado de tamanha aplicação? 3 a 0 no placar, resultado por sinal obtido ainda no primeiro tempo. Aliás, a vantagem poderia ter sido ainda maior, já que Marcos Rocha foi visivelmente seguro pelo calção dentro da área e nem mesmo após consultar o VAR o fraco árbitro mineiro Ricardo Marques Ribeiro marcou o pênalti. Ou seja: mesmo ainda com toda a etapa final pela frente, todos já sabiam qual das duas equipes seria a vencedora.

Mostrando um futebol que não se via desde a goleada sobre o time “deles”, o Verdão teve em seu meio-campo o ponto mais forte. Com ótimas atuações de Lucas Lima e, principalmente Gustavo Scarpa, o time mostrou conjunto, futebol envolvente, troca rápida de passes e diversas conclusões a gol. Em outras palavras: fez tudo o que deveria ter feito mas que, sabe-se lá por que, não fez no Mundial Interclubes.

Toda e qualquer equipe que tem em seu setor de criação pelo menos dois jogadores talentosos normalmente vence muito mais do que perde, e o Palmeiras tem não só dois, mas três jogadores nestas condições: além dos já citados, há também Raphael Veiga. O problema é que nenhum deles consegue manter um mínimo de regularidade – num dia, como hoje, jogam muito; na partida seguinte, só fazem número no gramado.

De qualquer forma, esta vitória – por mais limitado que seja o adversário – serve para acalmar a situação pelos lados da Academia. Muito embora tenha sido bicampeão da América há apenas 15 dias, nosso time foi alvo de severas (e, em alguns casos, até mesmo exageradas) críticas por parte da Imprensa e também de muitos torcedores devido à fraca campanha no Catar. E este tipo de resultado, além de devolver em parte a confiança, um tanto quanto e visivelmente abalada, também coloca a famosa “água na fervura”.

Que os próximos quatro “amistosos” deste Brasileirão o Palmeiras possa, se não vencer todos, ao menos buscar a vitória em todos, pois desta forma chegará muito mais forte do que já é nos dois jogos contra o Grêmio/RS. Para tanto, como se viu neste domingo, basta querer.

É que com tesão tudo fica mais fácil.

ANÁLISES INDIVIDUAIS

WEVERTON – 5,5
SATISFATÓRIO

MARCOS ROCHA – 6
BOM

KUSCEVIC – 5
REGULAR

GUSTAVO GÓMEZ – 5,5
SATISFATÓRIO

RENAN – 5
REGULAR

DANILO – 5,5
SATISFATÓRIO

GABRIEL MENINO – 6
BOM

LUCAS LIMA – 7,5
ÓTIMO

GUSTAVO SCARPA – 8
EXCELENTE

BRENO LOPES – 6
BOM

LUCAS ESTEVES – 5,5
SATISFATÓRIO

ABEL FERREIRA – 6
BOM

WILLIAN BIGODE – 5
  REGULAR

RAPHAEL VEIGA – 5,5
SATISFATÓRIO

PATRICK DE PAULA – 5
REGULAR

FELIPE MELO – 5,5
SATISFATÓRIO

MAYKE – 5
REGULAR

CRÉDITO FOTOS: CÉSAR GRECO/AG. PALMEIRAS

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO
08 a 8,5 – EXCELENTE
07 a 7,5 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
00 a 3,5 – PÉSSIMO