Futebol do Palmeiras no RS prova que elenco é, sim, um dos melhores do Brasil

De 08.11.1936, quando pela primeira vez enfrentou o Internacional/RS em Porto Alegre/RS, até hoje, data em que pela 48ª vez visitou o clube gaúcho, o Palmeiras só conseguiu vencê-lo em 10 oportunidades – e perdeu outras 26. E olha que durante todo este período nosso clube montou inesquecíveis equipes, capazes de lhe dar a condição de maior campeão do Brasil. Em outras palavras: quando o jogo é no Rio Grande do Sul, a verdade é que somos fregueses desses caras.

Daí eu ter ficado muito, mas muito satisfeito com o empate que trouxemos de lá. Sei bem que o resultado nos mantém longe do líder momentâneo do Campeonato Brasileiro, mas por outro lado também nos mantém vivos na briga pelo decacampeonato. Não está fácil, não será fácil, mas também não é impossível, de jeito nenhum. Neste ano o equilíbrio entre os principais candidatos à taça é gigantesco, e em duas ou três rodadas quem está lá em cima pode cair, e quem está mais para baixo pode subir – e muito.

Mas não foi nem por isso que fiquei feliz. O que mais me chamou a atenção foi a forma como o Palmeiras jogou. Começando a partida com apenas dois titulares, Weverton e Moisés, o Verdão tinha tudo para jogar fechado, levando um sufoco dos infernos do time que ocupava (e ainda ocupa) a vice-liderança na tabela. Além disso, mais de 43 mil colorados encheram o Beira Rio na certeza de mais uma vitória, e acabaram deixando o estádio agradecendo aos deuses do futebol por não terem perdido.

Nossa equipe, meus amigos, foi superior durante todo o primeiro tempo, e não fosse a sorte de Marcelo Lomba no chute de Jean ou a ruindade de Deyverson teríamos, facilmente, retornado aos vestiários com 2 a 0 a favor e uma gigantesca chance de terminar a partida na condição de vencedores. Aplicadíssimo defensivamente sem ser, no entanto, retrancado, o Verdão anulou todas – isso mesmo: todas – as jogadas ofensivas do adversário e ainda criou não só as duas claras chances acima como também outras boas oportunidades de gol.

Méritos, claro, à forma como nosso velho/novo treinador e seu auxiliar, Paulo Turra, vêm pensando a sua equipe, mas principalmente à qualidade do nosso elenco. Muito criticado até bem pouco tempo e apontado, até mesmo, como mentiroso, o grupo palmeirense dá provas de que é, sim, u m dos melhores do País, como se apregoou desde o começo deste ano. Aliás, pense bem: nomes como Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Luan, Thiago Santos, Jean, Lucas Lima e Hyoran não seriam titulares na maioria das outras 19 equipes que disputam o Brasileirão?

Sei que ainda não ganhamos nada em 2018 e que ainda muito há o que trabalhar para que nossos objetivos sejam alcançados, mas os mais recentes resultados (seja com os titulares, seja com os reservas) me deixam bastante esperançoso de que seremos no segundo semestre infinitamente mais felizes do que fomos no primeiro.

Dizem que quem tudo quer, nada tem. Mas com um grupo tão forte como o nosso, de repente quem tudo quer tudo poderá ter.

WEVERTON – 6,5
MUITO BOM

MARCOS ROCHA – 5,5
SATISFATÓRIO

LUAN – 6,5
MUITO BOM

GUSTAVO GÓMEZ – 6,5
MUITO BOM

VICTOR LUÍS – 5,5
SATISFATÓRIO

THIAGO SANTOS – 6,5
MUITO BOM

JEAN – 5
REGULAR

MOISÉS – 7
ÓTIMO

LUCAS LIMA – 6,5
MUITO BOM

HYORAN – 6,5
MUITO BOM

DEYVERSON – 5,5
  SATISFATÓRIO

LUIZ FELIPE SCOLARI – 6
BOM

DIOGO BARBOSA – 5
REGULAR

WILLIAN BIGODE – 5
REGULAR

BRUNO HENRIQUE – SEM NOTA
SEM AVALIAÇÃO

Créditos Fotos: César Greco/Ag. Palmeiras

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO
8,5 – EXCELENTE
08 – EXCELENTE
7,5 – ÓTIMO
07 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
3,5 – PÉSSIMO
03 – PÉSSIMO
2,5 – VERGONHOSO
02 – VERGONHOSO
1,5 – MEDONHO
1,0 – MEDONHO
0,5 – ENOJANTE
00 – ENOJANTE