Mesmo sonolento, Palmeiras ganha mais uma no Paulistão. E prova que grupo está mais do que unido.
Sabe aquele sábado em que você almoça uma feijoada completa, com direito a generosas doses de caipirinha antes e várias cervejas durante? E que mesmo depois de tudo isso você arruma força e disposição e vai a uma festa de aniversário de um amigo porque você gosta muito dele e não pode pisar na bola?
Então: foi exatamente desta forma que o Palmeiras jogou nesta quarta-feira, diante do Mirassol/SP. Após conseguir a grande vitória sobre o Santos/SP e garantir matematicamente sua classificação em primeiro lugar na chave, nossa equipe teve de novamente ir a campo hoje, apenas para cumprir tabela e, caso vencesse, continuar com boas chances de ter a melhor campanha dentre todos os 16 times e, assim, conseguir vantagens nas demais etapas do torneio.
Daí explica-se o futebol modorrento, bocejante e nada criativo que vimos no primeiro tempo. Claro que a ausência de vários titulares (entre suspenso, contundido, poupados e convocados foram nove os desfalques) contribuiu muito para a inspiração próxima a zero que o Verdão mostrou nos 45 minutos iniciais, mas podem apostar: se a partida nos valesse alguma coisa a mais do que apenas a soma dos três pontos a história teria sido muito, mas muito diferente. Então, como o adversário estava “muito bem, obrigado” com o empate, foi difícil não cochilar.
Era óbvio que tal panorama precisaria mudar na etapa final, até porque mais de 21 mil palmeirenses estavam na Arena Palestra Itália e, assim como os sei lá quantos milhares que viram o jogo pelo TV, mereciam uma equipe pelo menos um pouquinho mais acordada. E foi isso o que vimos: graças, é verdade, a uma falha do goleiro Douglas, Rafael Marques abriu o placar.
E é neste ponto que quero me ater também. Como todo mundo sabe, conheço os bastidores do futebol porque nele vivi por alguns anos. Por isso, fico muito tranquilo em afirmar: este atacante é venerado por todos – repito: todos – os demais companheiros. Comemorar um gol do time com quem está jogando é comum aos reservas, mas a festa que todos eles fizeram quando Rafa Marques colocou a bola pra dentro chegou a ser emocionante. Não discuto as limitações deste atacante, mas também é indiscutível o carinho do qual ele desfruta, e creio que com todos os méritos.
Este detalhe, o da união do grupo, pode parecer bobagem, mas não é. Em momentos negativos, quando as vitórias se tornam escassas, é a este porto seguro que todos os jogadores se atrelam para, juntos, saírem da crise.
Até porque, amigo palmeirense, eu já vi time ruim ser campeão, mas nunca vi time desunido levantar uma taça sequer.
ANÁLISES INDIVIDUAIS
FERNANDO PRASS – 5,5
SATISFATÓRIO
FABIANO – 5
REGULAR
ANTÔNIO CARLOS – 5,5
SATISFATÓRIO
EDU DRACENA – 5,5
SATISFATÓRIO
EGÍDIO – 6
BOM
FELIPE MELO – 7
ÓTIMO
MICHEL BASTOS – 7
ÓTIMO
RAPHAEL VEIGA – 5,5
SATISFATÓRIO
RÓGER GUEDES – 5,5
SATISFATÓRIO
WILLIAN BIGODE – 5,5
SATISFATÓRIO
RAFAEL MARQUES – 6
BOM
EDUARDO BAPTISTA – 6,5
MUITO BOM
ERIK – 5
REGULAR
ALECSANDRO – 5
REGULAR
VITINHO – 5
REGULAR
FOTOS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS
24/03/2017 at 21:25
Dizem que o time multi-campeão de 93/94 tinha terríveis problemas de relacionamento entre alguns jogadores. Será que era lenda?
24/03/2017 at 14:11
Eu tenho algumas ressalvas ao trabalho do Eduardo Batista, nem tanto por seu trabalho e sim pela falta de experiência com a equipe gigante como o Palmeiras, mas vi que não há outro jeito senão apoiar pois é visível que os jogadores o acolheram e gostam dele. Diante disso, uma mudança de técnico poderia rachar o grupo. Ainda acho ele pacato demais para o Palmeiras mas enfim, sigamos em frente.
23/03/2017 at 10:38
Bom dia,o segredo de um Time Campeão é a união do Grupo, e isso está sendo demonstrado no Palmeiras.
Valeu Palmeiras esse é o caminho a ser trilhado.
Valeu Felipe Melo, deixa os outros falarem o que for, o importante é a vitória.
Abraço.
23/03/2017 at 19:17
É por aí, Alfano.
De nada adiantar ter 18 craques se eles não olharem na cara uns dos outros.
Abs.
23/03/2017 at 9:37
Felizmente não assisti o jogo !
Sobre essa questão do Rafael Marques é melhor a gente ficar calado, se auto-censurar !
23/03/2017 at 19:16
Olá, Jair.
Não sei a que vc se referiu em relação ao Rafael Marques, mas juro que fiquei curioso.
Se quiser, poderia me contar por e-mail: [email protected] .
Abs.
24/03/2017 at 21:12
e depois passa pra nós, né Márcio!
23/03/2017 at 8:26
Só achei que o Edu Dracena foi um pouco melhor do que os 5,5. Do mais acho que é importante terminarmos a fase de grupos em primeiro e ter a vantagem de decidir em casa. Creio que isso fará grande diferença. Abraços.
23/03/2017 at 19:15
Então,Tadeu, apenas uma equipe pode nos roubar a condição de líder após o término da Primeira Fase: a “deles”.
Mas, para isso, teríamos de somar apenas um dos seis pontos que restam em disputa, e “eles” teriam de ganhar os dois jogos que lhe faltam: neste caso, terminaríamos com 25 pontos, e “eles” com 26.
Cá entre nós, acho que já garantimos esta vantagem.
23/03/2017 at 8:25
Desculpe o erro : equipe nunca TREINOU e não “treinaram”
23/03/2017 at 19:10
Está desculpado, amigo – rs…
Abs.
23/03/2017 at 8:24
Marcio bom dia.
Creio que não podemos crucificar a equipe pois ela estava sem seus principais jogadores e sem o devido entrosamento, pois tenho certeza que esse time que jogou ontem nunca treinaram todos juntos ….
Mas devemos considerar um erro de avaliação e um erro tático do nosso treinador.
M.Bastos nunca foi armador.Veiga nunca foi 2º volante.William não é um atacante para trombar e jogar de costa para os defensores.Com isso no 1º tempo a saída de bola só acontecia com o Egidio, que por sinal foi bem ou pelo Dracena que insistia em dar lançamentos.
Veio o 2º tempo e foi corrigido.Ai méritos do treinador.
M.Bastos foi para a direita onde gosta de jogar, Veiga centralizou e buscou o jogo e William começou a revezar com o Guedes e as vezes com R.Marques, que por sinal errou e errou muito.Podem até ser bom para o elenco mas está muito aquém dos outros jogadores.
Notas
Prass-6
Fabiano- 5,5
A.Carlos- 6,5
Dracena- 7
Egidio- 7,5
F.Melo- 8
M.Bastos- 7
Veiga- 6
R.Marques-5
William- 5,5
Guedes- 6
Alecsandro, Erik e Vitinho SEM NOTA- Sequer pegaram na bola.
E.Batista- primeiro tempo- 4, segundo tempo 8 = nota 6
23/03/2017 at 19:10
Olá, PS.
Não crucifiquei a equipe. Apenas disse que ela, no primeiro tempo, me deu sono.
Abs.
23/03/2017 at 8:14
Bom dia, Márcio.
Realmente, que joguinho de dar sono o primeiro tempo. Se você assistir aos melhores momentos do jogo, sabe quantos lances aparecem do primeiro tempo? Um, que foi o chute meia boca do Róger Guedes. Um jogo pra cumprir tabela, importante para mantermos a liderança da competição e nada mais.
Em um jogo onde tivemos tantos reservas, me chama a atenção um ponto: por que não colocar o Jaílson para jogar? Na boa, acho uma sacanagem deixar o cara no banco por tanto tempo depois de ter demonstrado tanta competência. Falta sensibilidade para alguém enxergar isso e dar um toque no EB.
Agora uma outra pergunta: o que faz o RM ser tão querido assim? É fato que o grupo é unido, mas essa “idolatria” pelo RM é, no mínimo, estranha. Defende os jogadores? É boa praça?
Um abraço.
Valter
23/03/2017 at 19:09
Oi, Valter.
Pois é: também teria dado uma chance ao Jaílson. Aliás, ela poderia acontecer neste sábado.
Em relação ao RM, só quem está lá dentro pode dizer. Mas, pela experiência que tenho, provavelmente trata-se de um líder fora de campo, que representa o grupo em negociações com a diretoria, que ajuda os mais novos, que não cria caso por estar fora da equipe, etc.
Abs.