Exatamente conforme prometemos no último parágrafo do capítulo anterior, as alegrias palmeirenses em 1963 não se restringiram apenas ao cenário internacional. Também internamente o Verdão mostrou a sua força, e ela se deu na competição que, à época, era a mais importante do País: o Campeonato Paulista.
Todo mundo sabe que o Santos tinha um time fantástico nos anos 60, e vencê-lo era tarefa, se não impossível, com certeza no mínimo dificílima. Mas o Palmeiras, como também todo mundo sabe, era outra equipe que tinha nomes fantásticos e que, não por acaso, se eternizaram na história não só do clube mas também do futebol brasileiro como um todo. Afinal, como fazer vistas grossas ao inquestionável talento de craques como Djalma Santos, Djalma Dias, Zequinha, Ademir da Guia, Julinho, Servílio, Vavá, etc.?
Naquele ano, porém, um intruso estava entre os dois gigantes: o São Paulo. Ao final do primeiro turno, alviverdes e tricolores terminaram empatados na liderança, e o Peixe apareceu apenas um pontinho atrás. E assim os três seguiram, rodada a rodada, lutando pela taça, até que a equipe da Vila Belmiro, justamente após uma derrota para o Tricolor, caiu muito de rendimento e deixou a briga restrita apenas aos outros dois rivais.
Apesar da ótima campanha, o Verdão tinha também alguns tropeços. E dois deles – empates em casa contra Juventus e Comercial – foram fatais ao técnico Geninho. Pressionado pela torcida, o treinador pediu demissão após o0 a0 com a equipe de Ribeirão Preto/SP e foi prontamente substituído por Sílvio Pirillo, que naquele Paulistão vinha dirigindo justamente o Moleque Travesso.
A mudança foi amplamente benéfica ao Verdão. Nos 11 últimos jogos do torneio, o novo treinador venceu… 11. Isso mesmo: sob o comando do recém-chegado técnico, o Palmeiras faturou todos os jogos e garantiu a 14ª taça do Campeonato Paulista com uma rodada de antecedência. E, melhor ainda, impediu pela primeira vez o tricampeonato regional santista.
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