Veja as análises tática e técnica de todos os profissionais do Palmeiras, souberam aproveitar o mau momento do adversário e venceram sem maiores dificuldades.
EM SÍNTESE - Todo mundo que entende pelo menos um pouquinho de futebol sabe que em clássicos não adianta, apenas, ter o domínio das jogadas – é preciso transformar tal superioridade em gols. E esta foi a diferença entre Palmeiras e São Paulo neste jogo: quando nosso rival foi melhor, não conseguiu nem mesmo incomodar de forma efetiva a nossa defesa; quando fomos superiores, criamos algumas chances e não desperdiçamos a chance de vencer. E foi uma vitória que traduziu fielmente o titulo desta crônica: “TRANQUILA COMO UMA MANHÃ DE DOMINGO”. Contudo, e embora nos recoloquem na liderança do grupo e nos deixe mais próximos da classificação à próxima fase, estes três pontos não podem mascarar os problemas que o time tem e que terão de ser resolvidos por Cuca. Mas pelo menos dão um ânimo a mais para a importantíssima partida de quinta-feira, pela Libertadores, na qual o Verdão não pode nem mesmo pensar na possibilidade de perder, sob pena de verem diminuídas suas chances de seguir no torneio continental.
FERNANDO PRASS – 5,5
SATISFATÓRIO
A verdade é que não teve grande trabalho hoje, já que as finalizações são-paulinas foram, em sua maioria, para fora. Assim, fez apenas duas boas intervenções, uma em cada tempo e ambas sem maiores dificuldades.
LUCAS – 5,5
SATISFATÓRIO
É óbvio que não vive uma boa fase, mas hoje vinha tendo um desempenho razoável, marcando em cima Rogério e não dando espaços para o atacante adversário sobrar em campo. Sua substituição foi um erro de Alberto Nascimento, pois “queimou” uma troca que poderia ter sido necessária.
EDU DRACENA – 5,5
SATISFATÓRIO
Teve a sorte de Alan Kardec ter entrado em campo completamente sonado, mas ainda assim pôde dar à nossa zaga a dose-extra de experiência tanto necessária. Sentiu um pouco a falta de ritmo, posicionando-se equivocadamente em alguns lances, mas ainda assim não precisaria ter sido substituído, mesmo já estando advertido com o amarelo.
VÍTOR HUGO – 5
REGULAR
Cometeu um erro em uma saída de bola que poderia ter nos causado sérios problemas, mas se recuperou ao dar constante e perfeita cobertura aos apoios de Zé Roberto.
ZÉ ROBERTO – 6
BOM
Preso demais à marcação no primeiro tempo, muito embora a tenha realizado com competência – tanto que o SPFC não conseguiu realizar uma única jogada com perigo em seu setor. Na etapa final, apoiou bem mais e, com isso, melhorou o time e a sua própria atuação.
AROUCA – 6
BOM
Não concordei com seu retorno à equipe titular, embora tenha entendido a intenção do nosso treinador ao promovê-la. De qualquer forma, ele até que foi bem hoje, atuando como primeiro volante mas, também, iniciando várias saídas de jogo, sobretudo no primeiro tempo.
MATHEUS SALES – 5,5
SATISFATÓRIO
Enfim ganhou a posição de Jean, que vinha mal mas ainda assim era mantido entre os titulares pelo ex-treinador. Hoje, é fato, não repetiu suas melhores atuações, mas deu mais mobilidade à equipe na condução da bola, principalmente no segundo tempo.
ALLIONE – 7,5
ÓTIMO
Um dos melhores do time, ao lado de Alecsandro. Desde o começo do clássico já mostrou a que vinha, sendo o principal articulador das nossas jogadas. É verdade que, no primeiro tempo, sucumbiu em meio ao mau futebol apresentado pelo time, mas na etapa final sobrou em campo, participando diretamente dos dois gols que fizemos e de outros lances importantes.
ROBINHO – 6,5
MUITO BOM
Vinha tendo uma atuação bastante simplória. No primeiro tempo, inexistiu em campo e se tivesse sido substituído já no intervalo tal ato seria plenamente aceitável. Na etapa final, melhorou um pouco – mas só um pouco – e conseguiu realizar alguns bons passes e lançamentos. No fim, fez valer sua sina e marcou mais um lindo gol sobre “elas”, o que somou em muito em suas nota e avaliação.
DUDU – 7
ÓTIMO
Fez dois gols, pena que o primeiro deles tenha sido equivocadamente anulado pelo assistente (que, por sinal, lhe pediu desculpas depois). Mas além deste detalhe, foi sempre o jogador mais agudo do time, aquele que mais incomodou a defesa adversária. Melhorou bastante e rendimento quando passou a atuar no comando do nosso ataque, setor no qual balançou as redes.
ALECSANDRO – 7,5
ÓTIMO
Ao lado de Allione, o melhor do Palmeiras e de todo o clássico. Mesmo sem ter conseguido muitas finalizações, esteve presente em todas as nossas jogadas de ataque. Além disso, buscou bastante o jogo, fez ótimas jogadas individuais e participou diretamente dos nossos dois gols, dando a assistência direta ao marcado por Dudu.
ALBERTO VALENTIM – 5
REGULAR
Vou ser bem sincero: não gostei muito da atuação do nosso treinador interino neste clássico. Apesar da vitória, creio que ele errou mais do que acertou. Começo pela escalação inicial, na qual até entendo seu desejo de poupar alguns titulares, mas creio que tenha se equivocado ao tirar do time nosso melhor marcador, Thiago Santos. Ao optar por Arouca como primeiro volante, ele acreditou que não perderíamos na marcação e que, melhor ainda, teríamos uma melhor saída de jogo. De fato, nossa bola saiu com mais qualidade, mas sem o cabeça-de-área o SPFC comandou o meio-campo e nossa intermediária defensiva – aliás, só por sorte não saímos perdendo o clássico, graças a um erro do do assistente que anulou o gol adversário. Não gostei, também, de duas das três alterações que ele promoveu, pois em ambas se precipitou – Lucas não estava tão mal na marcação e Edu Dracena, apesar de “amarelado”, tem experiência de sobra para se garantir até o final do clássico. Com estas duas precipitações, só sobrou a Valentim colocar Gabriel Jesus aos 34 da etapa final – e aí acertou, tanto no nome quanto no momento, já que então vencíamos por 1 a 0 e a nossa joia seria uma ótima opção para puxar os contra-ataques. De qualquer forma, entrega a Cuca um time na liderança de seu grupo, o que por si só não deixa de ser algo positivo.
JOÃO PEDRO – 5,5
SATISFATÓRIO
Entrou no lugar de Lucas e manteve o nível no setor. Mas deu mais sorte porque Rogério se cansou, diminuiu o ritmo e as jogadas passaram a rarear pelo seu lado.
THIAGO MARTINS – 5
REGULAR
Como o São Paulo/SP, assim como o Palmeiras, jogou com apenas um atacante centralizado – Kardec e, depois, Calleri – não teve tanto trabalho neste jogo. Ainda bem, porque quando é exigido a gente já sabe o que costuma acontecer…
GABRIEL JESUS – 5,5
SATISFATÓRIO
Jogou apenas 14 minutos, sem ter tido tempo para desenvolver todo o seu futebol. Mas segurou a bola no ataque e ainda ajudou Zé Roberto na marcação.
FOTOS DA CAPA: CÉSAR GRECCO/ AG. PALMEIRAS
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
10 – DIVINO
9,5 – PERFEITO
09 – QUASE PERFEITO
8,5 – EXCELENTE
08 – EXCELENTE
7,5 – ÓTIMO
07 – ÓTIMO
6,5 – MUITO BOM
06 – BOM
5,5 – SATISFATÓRIO
05 – REGULAR
4,5 – RUIM
04 – MUITO RUIM
3,5 – PÉSSIMO
03 – PÉSSIMO
2,5 – VERGONHOSO
02 – VERGONHOSO
1,5 – MEDONHO
1,0 – MEDONHO
0,5 – ENOJANTE
00 – ENOJANTE
14/03/2016 at 12:59
Márcio, as últimas partidas mostraram que, talvez, a melhor formação tática seja o 4-4-2, jogando no desenho de um losango ou em linha.
Com exceção ao Thiago Santos, não temos um “5″ e um “10″ nesse elenco, e por isso não dá pra engessar a distribuição tática em campo, como se fosse um time de pebolim.
Temos jogadores versáteis no meio, que podem desempenhar qualquer uma das funções. Espero que o Cuca traga um futebol mais atual e saiba aproveitar essa diversidade de Gabriel, Arouca, Jean, Matheus Sales, Robinho, Cleiton Xavier(?) e Allione.
14/03/2016 at 20:24
Oi, Mauro.
Também prefiro o 4-4-2 a todos os demais esquemas táticos.
E acredito que será desta forma que Cuca montará nosso time.
Abs.
14/03/2016 at 10:40
Marcio,
Tudo bem que o Palmeiras não jogou nada contra o Nacional, mas como só perdemos porque o jovem zagueiro entregou, temos chance de vencer lá dentro. Não acha?
Abraço! Hudson
14/03/2016 at 20:23
Hudson: o Palmeiras tem chance de vencer qualquer jogo em qualquer lugar, porque tem camisa e tradição para tanto.
Mas que vai ser difícil, vai. Por isso, me contento até mesmo com um empate, embora ele provavelmente nos deixará na obrigação de ganhar do Rosário Central outra vez.
Abs.
14/03/2016 at 10:17
Bom dia, muito boa a vitória que ajuda o Palmeiras na classificação do Paulistão 2016.
Porém o jogo decisivo será na quinta, vai Palmeiras mostra Garra e Determinação,vamos conseguir.
Abraço.
14/03/2016 at 5:01
Márcio só a titulo de curiosidade, a jogada do gol do Dudu foi quase idêntica a jogada do gol do Romário na Copa do Mundo de 1994 contra a Holanda, não sei se você se recorda!
Com relação ao resultado foi ótimo, sempre é bom vencer, mas precisa convencer também. abraços.
14/03/2016 at 20:22
Maciel: de fato.
A diferença é que Allione e Alecsandro trabalharam pela direita, enquanto Bebeto cruzou da esquerda.
Abs.
14/03/2016 at 22:05
Isso mesmo! abraços.
14/03/2016 at 1:03
Olá Márcio.
Bom dia.
Robinho, o predestinado!!!
Já entrou para a galeria dos grandes carrascos do time delas, como o Pastoriza, do Independiente e o Arrua do Cerro Porteño, que eliminaram o SPFC em duas Libertadores no início dos anos 1970 de forma grotesca.
abrçs
Roberval
14/03/2016 at 20:20
Pois é, Roberval.
Vendo o Robinho marcar o terceiro gol sobre o SPFC me lembro de alguns carrascos do Palmeiras, como o Biro Biro e o Pita (este tanto no Santos quanto no SPFC).
Abs.
13/03/2016 at 22:44
Ola Marcio, tudo bem?
Puxa…achava que ia ver uma avaliaçao mais positiva de nosso interino. De minha parte achei otimo ver a opçao de jogar com dois meias de criaçao juntos, como nos velhos tempos. Ainda gostei de ver o Joao Pedro entrando…jogou bem e nao ficou exagerando nas faltas como faz o Lucas. Depois de passarmos meses na mesmice, foi muito bom ver um time melhor posicionado e ainda ganhando um clássico. Que isto seja prenuncio de tempos melhords.
Abs
14/03/2016 at 20:19
Olá, Carlos.
O problema é que este meio-campo mais leve gerou um domínio absoluto do adversário durante todo o primeiro tempo, o que não imaginou nosso interino treinador, e não fez com que a bola chegasse ao ataque, como imaginou o nosso interino treinador.
Se tivéssemos perdido o clássico, todos estariam dizendo a mesma coisa. Mas, como ganhamos, muitos acabam não avaliando o jogo como de fato ele foi.
Abs.
13/03/2016 at 22:32
Nem comemoro mais vitória contra os bambis. Fácil demais.
Abçs.
14/03/2016 at 20:17
Ed: pra vc ver as voltas que o mundo da bola dá…
Abs.
13/03/2016 at 20:41
Uma excelente vitória, com 2 belos gols em cima de um rival.Mas me preocupo porque nossa zaga falhou demais nas bolas altas. O SP teve um gol anulado de cabeça e ganhou várias vezes pelo alto na nossa área. Eh muito preocupante. Oque vc acha Márcio ??
14/03/2016 at 20:17
Também me preocupo, Zé.
Mas a volta do Dracena certamente resolverá este problema.
Abs.
13/03/2016 at 18:44
Marcio, desta vez vou discordar de algumas notas para determinados jogadores. O Lucas foi mal mas tambem faltou ajuda do Robinho no primeiro tempo que não marcou e não jogou. O Arouca e Matheus Salles deram mais movimentação no meio alem de mais marcação, e o Alecsandro foi o melhor jogador do Palmeiras.
Mas gostaria de destacar que o 4,4,2 ja mostrou que é melhor esquema, deu mais dinâmica no time, não isolou o centroavante pois teve o Dudu jogando mais a frente e o G.Jesus no segundo tempo. Acho que o caminho é por ai.
14/03/2016 at 20:16
Oi, Marcos.
Também prefiro o 4-4-2, se bem que em boa parte do jogo jogamos mesmo do 4-5-1.
Abs.
13/03/2016 at 17:01
Somente discordo da análise do Lucas, o cara esta jogando um péssimo futebol em 2016, na minha opinião foi bem substituído pois estava mais uma vez jogando mal !
Mas concordo que o João Pedro marcando é igual ao Egídio, ou seja uma TRAGÉDIA.
Marcio vou aproveitar a oportunidade pra fazer 2 perguntas pra você que já esteve lá e sabe 100 % das MENTIRAS que são passadas pra nós torcedores diariamente.
1ª) Consta que o Thiago Santos não foi pro jogo por estar com desconforto muscular, você acredita nisso, ou considera que foi uma opção técnica e tática do técnico ?
2ª) Foi anunciado na transmissão que o Edu Dracena foi substituído por estar voltando de contusão, portando não tinha condições de jogar os 90 minutos. Você acha que isso procede ?
Abs.
14/03/2016 at 20:15
Oi, Jair.
Respondendo:
1 – Thiago Santos não foi jogou por uma opção de Valentim, que buscava um meio-campo mais técnico. E isso poderia nos ter levado à derrota, vide a vantagem que o SPFC levou no primeiro tempo.
2 – Edu Dracena foi substituído porque vinha de um longo tempo parado mas principalmente porque já estava “amarelado”, o que amedrontou o nosso interino treinador.
Abs.