Entre setembro de 1936 e julho de 1937 o Palestra Itália viveu uma das melhores fases de sua carreira. Ao todo, naquele espaço de 10 meses, nossa equipe disputou, entre oficiais e amistosas, exatas 44 partidas, e – acredite! – perdeu apenas uma (2 a 1, em um amistoso para a seleção da cidade de Pelotas/RS).
Tal campanha certamente garantiria ao Verdão a conquista de mais um título paulista mas, por mistérios que somente os deuses do futebol são capazes de explicar (ainda que nunca se deem a tamanho trabalho), a taça não foi nossa.
Ao contrário do que havia acontecido na edição anterior, o regulamento voltou a ser o de pontos corridos, ou mais ou menos isso. Explicando: os 10 times disputaram um primeiro turno e apenas os seis primeiros colocados após as nove partidas garantiram a vaga no returno. Neste, as equipes novamente se enfrentaram, mas os pontos que obtiveram na etapa inicial foram mantidos.
Este detalhe foi importantíssimo ao Palestra Itália. Afinal, nosso time vencera oito dos nove jogos que disputara e, àquela altura, o que se discutia não era nem qual clube seria o campeão paulista de 1937, mas sim com quantas rodadas de antecedência os palestrinos dariam a volta olímpica.
Curiosamente, porém, e sem nenhuma explicação aparente, a equipe desandou. Nas três primeiras partidas do segundo turno, o Verdão não pontuou. Para piorar, uma das derrotas foi para o Corinthians, o que colocou definitivamente nosso arquirrival na luta pelo título.
O bicampeonato, a partir de então, passou a não mais depender exclusivamente das forças palestrinas. Para ser campeão mais uma vez, o Palestra teria de vencer seus dois últimos jogos e ainda torcer por tropeços alvinegros. Fizemos a nossa parte ao ganharmos de Juventus (3 a 0) e Santos (5 a 3), mas o clube do Tatuapé também fez a dele, e se tornou campeão com apenas um ponto à nossa frente.
Internamente, destaque para o fim de mais uma etapa da grandiosa e importante construção da Tribuna de Honra do Estádio do Parque Antarctica. Em homenagem ao inesquecível esportista, primeiro do clã a nascer no Brasil e que hoje batiza um bairro na Capital paulista, Ermelino Matarazzo, o local destinado a autoridades que assistiam aos jogos do Palestra Itália levou o seu nome.
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