“Boa noite, Márcio. Tá mudando de ideia? Há algum tempo atrás, você escreveu que não ganharíamos nada esse ano!!!”
A frase acima me foi enviada pelo torcedor Valter Cetolo, que me cobrou por uma matéria que inseri em 03/04 passado com o título “Feliz 2016, palmeirense”. Em sua opinião, ela contradizia a que falava sobre a vitória sobre o Vasco/RJ por 4 a 1, no último domingo, a qual intitulei “Com pinta de campeão”. Obviamente o internauta tem razão: mudei de ideia, sim, nos últimos três meses.
Mas eu tenho os meus motivos. Um deles é óbvio, todo mundo já percebeu: o Palmeiras melhorou demais após trocar os Oliveira’s. E ainda que o Marcelo tenha aproveitado a base e alguns conceitos do Oswaldo, é inegável que a equipe mostra uma concepção defensiva muito mais competente e um poder ofensivo infinitamente maior. Isso mesmo admitindo que algumas das sete vitórias obtidas sob a nova direção tenham sido obtidas com bastante dificuldade.
Contudo, há outras razões que, confesso, enchem meu peito verde e branco de esperanças, e que boa parte dos torcedores não percebe. A saber:
1 – O Palmeiras de hoje vem jogando desde a chegada de Marcelo Oliveira, incluindo-se aí até mesmo a derrota para o Grêmio/RS, é compatível com equipes que faturaram títulos recentemente.
2 – O Palmeiras de hoje não se deixa intimidar por nenhum adversário, mesmo jogando fora de casa (vide empate – e quase vitória – sobre o Sport/PE).
3 – O Palmeiras de hoje ainda cede, é verdade, algum espaço em sua intermediária defensiva, mas em nenhum momento sofre pressões sufocantes.
4 – O Palmeiras de hoje vê o número de jogadores advertidos com o cartão amarelo despencar, o que prova a tranquilidade com que eles vêm jogando.
5 – O Palmeiras de hoje não tem um elenco grande, mas também um grande elenco. Temos, por baixo, uns cerca de 20 atletas que poderia, tranquilamente, ser titulares, o que dá uma enorme vantagem ao nosso treinador tanto na hora de escalar seus 11 titulares quanto no momento de promover alterações.
5 – E, talvez, o mais importante: o Palmeiras de hoje tem um elenco unido. Nomes consagrados no futebol brasileiro (como Zé Roberto), ou que têm história no clube (como Cleiton Xavier), ou que chegaram para ser titulares (como Alecsandro) ou ainda que poderiam estar jogando em quase todas as equipes da Série A (como Aranha), sentam-se no banco de reservas sem criar confusão e sem fechar a cara.
É claro que esta fase se sucessivas vitórias não durará até dezembro, é evidente que também perderemos jogos fora de casa, é óbvio que até mesmo na Arena Palestra Itália tropeços poderão acontecer. Mas em um campeonato com 38 partidas e no sistema de pontos corridos, altos e baixos farão parte do cotidiano de todos os 20 clubes. Ou seja: nem mesmo nas piores situações corremos o risco de sermos subjugados por nossos concorrentes. Em resumo, amigo palmeirense: se ainda é cedo para dizermos que o eneacampeonato brasileiro é provável, já está mais do que na hora de pelo menos o considerarmos possível.
Tomara que eu queime a minha língua, Valter Cetolo.
01/08/2015 at 11:50
Futebol é momento e naquele momento que o Márcio escreveu que 2016 já era, eu também pensava igual, ainda mais tendo Osvaldo de Oliveira como treinador. Só foi contratar um treinador com mentalidade de campeão que mudou tudo.
01/08/2015 at 14:27
Ed: o futebol é muito dinâmico.
Talvez isso faça com que sejamos tão apaixonados por ele.
Abs.
30/07/2015 at 15:50
Marcio, boa tarde, a hora que vc tiver um tempinho, dá uma olhada no meu post na página “A Nossa Casa, parte II” gostaria de ler um comentário seu a respeito.
abç
valentine.
01/08/2015 at 14:30
Oi, Valentine.
Perdoe-me: não tinha visto seu comentário.
Agora já está respondido.
Obrigado e abraços.
30/07/2015 at 11:15
Bom dia Márcio,
É um grande prazer para mim compartilhar e poder contribuir um pouco com esse excelente trabalho que você realiza.
Torço para que sua língua fique, como se diz no interior, bem sapecada!
Um abraço.
Valter
01/08/2015 at 14:26
Oi, Valter.
A honra é minha por contar com leitores como você.
Muito obrigado.
Abs.