Veja as análises tática e técnica de todos os profissionais do Palmeiras, que neste sábado de Carnaval obtiveram uma vitória mais importante do que parece.
EM SÍNTESE – Ganhar do São Bento/SP nunca significou muita coisa, e não seria desta vez que significaria. Mas há um detalhe importante a ser destacado neste 1 a 0 que o Palmeiras impôs frente à equipe de Sorocaba/SP: após as duas derrotas em casa, era necessária a soma de três pontos como visitante; e depois de seis jogos seguidos na Arena, se não vencessem nossos jogadores poderiam, até mesmo inconscientemente, se sentirem incapazes de vencer fora de seus domínios. Futebol, meus amigos, também se ganha com Psicologia.
FERNANDO PRASS – 6
BOM
Novamente não foi muito exigido, mas esteve atento nas saídas de gol e até de meta, quando se fez necessário. Defesa importante, mesmo, fez apenas uma.
LUCAS – 5
REGULAR
Tudo bem: ainda estamos no começo, mas este rapaz ainda não me convencer ser melhor do que João Pedro. Mesmo em uma partida contra uma equipe limitada, que no máximo – e põe máximo nisso – lutará para se manter na elite paulista, ele não consegue se soltar. E mais: ainda teve alguns erros defensivos que poderiam ter nos causado problemas. Uma chance ao titular da Seleção Brasileira Sub-20 não custaria nada…
JACKSON – 7
ÓTIMO
Fiquei agradavelmente surpreso com a atuação deste rapaz: segura, com personalidade e até mesmo audácia, em lançamentos e chutes de fora da área. Pensei que sentiria falta de Tobio, mas dele nem me lembrei durante todo o jogo.
VÍTOR HUGO – 5,5
SATISFATÓRIO
Com seu companheiro de zaga não dando espaço para que ninguém mais se destacasse no setor, acabou sendo apenas e tão somente um mero coadjuvante. Sua única jogada de efeito foi uma antecipação perfeita, já no segundo tempo.
ZÉ ROBERTO – 6,5
MUITO BOM
Enquanto esteve na defesa jamais deixou a desejar, marcando com inteligência e também exibindo seu talento. Mas é evidente que, mesmo sem se manifestar publicamente, prefere jogar no meio. Uma claríssima prova disso tivemos hoje, quando abandonou o setor em que deveria estar para iniciar a jogada que terminou com o gol de Dudu. Imagine um meio-campo com Arouca, ele, Cleiton Xavier e Valdivia…
GABRIEL – 5
REGULAR
Mais uma atuação normal deste jogador cuja função é simples: roubar a bola do adversário e a entregar a quem sabe melhor a tratar. Hoje, perdeu um lance fácil e perigoso, que certamente resultaria no gol adversário, mas se recuperou a tempo e, de forma competente, tomou a bola sem nem mesmo cometer a falta. Mas deu espaços demais ao tal do Éder Loko e corre o risco de perder o lugar no time para Arouca.
ROBINHO – 7,5
ÓTIMO
Para quem chegou tendo como destino apenas lutar por um lugar no banco de reservas, este rapaz está ganhando espaços cada vez maiores dentro do time. Hoje ele foi elogiável nas duas funções que desempenhou: firme na marcação como segundo volante e criativo nas armações como meia. Taticamente muito importante, talvez não saia do time a partir da semana que vem, quando teremos a estreia de Arouca. Mesmo “pregando” no segundo tempo, foi o melhor do Verdão.
ALAN PATRICK – 6
BOM
Dificilmente repetiria o mesmo brilhante futebol que exibiu no meio de semana, até porque nunca foi, não é e jamais será craque. Mas hoje poderia, pelo menos, ter executado com mais vontade sua principal função tática: ligar o meio-campo ao ataque e propiciar um time mais vertical e menos lateral. De qualquer forma, não deixou de se entregar enquanto esteve em campo, tempo que, por sinal, deveria ter sido bem menor.
ALLIONE – 7
ÓTIMO
Não fosse a irritante mania de sempre dar um toque ou um drible a mais antes de passar ou chutar a bola, defeito este que, apesar de sua pouca idade, precisa corrigir o quanto antes, teria sido o melhor em campo. Este “pibe” mantém ótima fase neste ano, mostrando muita qualidade sempre que pega na bola, visão de jogo elogiável para alguém tão jovem e apego tático irrepreensível – hoje, por exemplo, várias vezes ajudou Lucas na marcação. Sua substituição foi um erro grave cometido por Oswaldo de Oliveira.
CRISTALDO – 7
ÓTIMO
Em um jogo, marca um belo gol; no seguinte, dá o passe para aquele que nos garante a vitória. Que bom que este jogador, já bastante querido por todos nós pela vontade de acertar que sempre demonstrou, tem crescido tanto tática quanto tecnicamente. Nesta noite, por exemplo, fez muito bem a função de pivô, mesmo sem ter tamanho e habilidade para tanto. Faltou, contudo, um pouco de conclusão para quem jogou como centroavante.
DUDU – 6,5
MUITO BOM
Este rapaz tem tudo para se transformar em um craque, mas precisa perder a máscara que, mesmo ainda bem jovem, insiste em manter. Seus toques de calcanhar acontecem em demasia e, na maioria das vezes, estragam uma jogada em vez de torná-la mais perigosa. Além disso, insiste em dribles desnecessários, que muitas vezes têm como objetivo apenas mostrar que ele os sabe aplicar. Porém, nada disso o torna dispensável à nossa equipe, pois de fato é um atacante inteligente e talentoso. Hoje, inclusive, não se limitou apenas à ponta esquerda, aparecendo no comando do ataque (onde foi ágil e se antecipou ao goleiro após o cruzamento de Cristaldo) e até revesou com Allione, caindo também pela direita.
OSWALDO DE OLIVEIRA – 5,5
SATISFATÓRIO
Sei que alguns de vocês me considerarão incoerente por aplicar os concentos acima após uma vitória do Palmeiras, mas realmente não fiquei muitos satisfeito com o trabalho de nosso treinador nesta noite. Seu único ponto positivo foi adiar a estreia de Arouca e dar mais uma chance a Robinho para provar que ele merece ficar no time titular mesmo a partir do próximo domingo, quando estreará o ex-santista. No mais, errou em tudo, principalmente quando optou pela saída de Allione para a entrada de Rafael Marques. Quando escolheu o argentino e não Alan Patrick ou mesmo Cristaldo, O.O. simplesmente fez o básico, repetiu o que tinha feito nas partidas anteriores (quando acertou, por sinal, pois então o “pibe” realmente demonstrou evidentes sinais de cansaço). Hoje, não: a saída de Allione enfraqueceu o Palmeiras não porque Rafael Marques jogou mal, mas porque perdemos a criatividade pelo lado esquerdo de nosso meio-campo. E a prova disso é que, rapidinho, Zé Roberto começou a abandonar a lateral e a ocupar o espaço no setor em nosso meio-campo (iniciando, assim, a jogada do gol). Outra falha foi a demora em sacar Alan Patrick, que não esteve tão bem como em partidas anteriores e, também devido ao cansaço, passou a dar espaços ao São Bento/SP em nossa intermediária. A entrada de Amaral, que aconteceu somente aos 40 minutos da etapa final, deveria ter se dado bem antes – logo após abrirmos o placar. Torçamos para que quando todos estiverem em condições nosso treinador mais acerte do que erre.
RAFAEL MARQUES - 5
REGULAR
Parece que entrou sem função tática definida, conseguiu iniciar jogadas como vinha fazendo Allione e nem colou em Cristaldo, para formar assim uma dupla de atacantes. Atuou mais pelos lados do campo e pouco ajudou o time desta vez.
JOÃO PAULO – SEM NOTA
SEM AVALIAÇÃO
Jogou apenas 3 minutos, sem tempo para ser analisado.
AMARAL – SEM NOTA
SEM AVALIAÇÃO
Jogou apenas 8 minutos, sem tempo para ser analisado.
18/02/2015 at 11:09
Tem que treinar muito, ainda existem alguns vazios no meio do campo, acredito como Trevisan já informou que nosso Técnico OO, tem que melhorar as articulações, pois elenco agora possui.
Valeu pela vitória fora, tem que somar pontos pela classificação e aprender a jogar com os grandes´pois tudo indica que nas quartas vai pegar.
Abs.
18/02/2015 at 0:55
Tirando o vacilo contra a Ponte Preta, o Palmeiras vem se portando bem contra os pequenos. Isso já é um bom sinal pois no ano passado qualquer jogo era uma catástrofe. Falta agora se impor contra nossos grandes rivais.
Abraços !!!
18/02/2015 at 1:06
Ed: não faltarão oportunidades para isso.
Teremos, no mínimo, mais dois jogos contra “eles” e três contra “elas” e contra o Santos.
E vc tem razão: precisamos voltar a vencer clássicos seguidos, e não um aqui, outro acolá. Sei que vc não gostará destes números, pois eu também não gosto, mas ganhamos apenas 5 dos últimos 30 jogos contra nossos três principais rivais (2 do Santos, 2 do São Paulo e 1 do Corinthians).
Abs.
19/02/2015 at 2:57
Eu sei desses números Márcio. Números assustadores que mostram o tamanho do buraco que o Palmeiras entrou. Foi por isso que após a vitória contra o Rio Claro eu escrevi que era mais uma vitória contra cachorro morto e que eu só iria aplaudir quando voltasse a vencer clássicos. Agora são duas vitórias seguidas. Legal, mas não vai adiantar nada se ganhar 30 jogos contra times pequenos e no próximo clássico tomar outra cacetada. Mas vamos acreditar que esse ano vá mudar.
Abraços !!!
16/02/2015 at 19:44
OI Márcio, O.O é mesmo um paneleiro—Eu explico. Em entrevista em Sorocaba, O.O disse que Gabriel e LUCAS são titulares !! Quem vai sair pra entrada do AROUCA? OSWALDO vai cagar e sentar encima ao tirar Robinho !!!
18/02/2015 at 0:57
Olá, Sérgio.
Acho que ele quer manter o Gabriel como cabeça-de-área para dar ao Arouca a liberdade de sair pro jogo, algo que aliás o volante faz muito bem.
Vamos ver. Só o tempo dirá se nosso treinador está ou não está certo.
Abs.
16/02/2015 at 11:36
Não vejo a hora de vêr nosso amado Palestra completinho. Com o time que temos, só basta o O.O não ser burrão. O resto, a molecada faz em campo.
16/02/2015 at 15:19
Bibanco: aí é que está o problema.
Será que O.O. consegue não ser o que vc disse que ele pode ser?
Abs.
18/02/2015 at 14:14
vai saber né?
15/02/2015 at 21:01
Acabaram com o futebol brasileiro, aniquilando estaduais. Mercado de trabalho para todos os profissionais ligados ao futebol, revelação de jogadores e preparação destes para chegarem prontos aos grandes (com um custo bem menor do que temos hoje), tudo para atender a grade de TV.
Hoje, é fácil criticar e apostar contra os estaduais, mas esse processo de aniquilação começou há mais de trinta anos e estamos vivendo as consequências.
O São Bento de hoje não tem relação com qualquer outro São Bento da história.
Pode fazer ótima campanha e chegar as finais em uma temporada e ser rebaixado na seguinte, assim como qualquer outro clube do interior.
Neste ano, o time do São Bento mostra bom futebol e deve ser uma boa surpresa no Paulistão. A vitória sobre eles, em Sorocaba, representou muito pelas condições de início de campeonato e pela equipe deles.
16/02/2015 at 15:24
Olá, Marco.
De fato, hoje em dia o Paulistão não vale quase nada para quem o vence (já para quem o perde…).
Eu me lembro que, quando criança, nos anos 70, cansei de ouvir frases como “Tal time terá de jogar com os reservas na Libertadores porque domingo há um jogo importante pelo Paulistão”.
Hoje, tal situação seria utópica.
Abs.
15/02/2015 at 18:06
Espero estar enganado , mas a partida Santos x Palmeiras na vila,vai definir se Oswaldo termina o ano no Palmeiras !!Pelo que eu vi contra os bambis, corremos o risco de levar uma boa LAMBADA !!!
16/02/2015 at 15:18
Olá, Sérgio.
Não se sei diante do Santos, mas com certeza OO será avaliado ao final do Paulistão.
Dependendo do desempenho do Palmeiras, talvez não inicie o Brasileirão, pois já soam altas as cornetas contra ele dentro do clube.
Abs.
15/02/2015 at 16:32
Boa tarde, Márcio! Acostumados que estávamos com um bando de pernas de pau, queremos que esse elenco ganhe padrão de jogo o mais rápido possível, já que são jogadores infinitamente superiores ao elenco (sic)de 2014. O Paulistão é um excelente campeonato para armar uma equipe, e creio que é esse o projeto para esse início de temporada – se pensássemos da mesma maneira em 2014, inclusive não renovando com o Kleina, teríamos um ano muito mais promissor. Gostaria de ver o Palmeiras jogando com 3 zagueiros, sem laterais de ofício, 5 jogadores habilidosos e combativos no meio campo e 2 atacantes rápidos. Prass; Tobio, Vitor Hugo e Jackson (Nathan); Arouca, Robinho (Alionne), Zé Roberto, Clayton Xavier e Valdívia; Dudu e Cristaldo. É uma variação tática, o que acha?
16/02/2015 at 15:17
Olá, Irineu.
É uma opção a ser estudada com muito carinho, pois permite a presença de vários jogadores de qualidade na equipe.
Mas é preciso saber quem marcará na lateral direita, já que Arouca não tem esta característica (na esquerda, claro, Zé Roberto pode desempenhar esta função).
Ou seja: o 3-5-2 da forma como vc sugeriu pode ser uma opção, mas se o adversário jogar com dois pontas abertos poderá nos causar problemas.
Abs.
16/02/2015 at 15:40
Arouca seria o chamamos de “cabeça de área”, com qualidades de sair jogando muito bem; o Allione faria a direira – já vi alguns tapes dele com essa função no Velez; e o Zé Roberto faria a esquerda;