Irreconhecível, Espanha é eliminada após somente duas partidas. E Casillas é seu grande vilão.
Neste momento, o mundo inteiro se pergunta: o que aconteceu com a Espanha? Como é possível que uma seleção que durante seis anos reinou absoluta no mundo inteiro leve de 5 na estreia da Copa do Mundo e, na segunda e decisiva partida, sequer esboce algum incômodo, ainda que leve, diante de uma equipe que faz parte da Segundona do futebol mundial?
Sem querer ser o dono de todas as respostas, deixo aqui a minha opinião. Após se tornar campeã do Mundo, bicampeã europeia e apresentar um futebol que encantou o planeta, chega uma hora em que ganhar se torna algo enfadonho, e aí o emprenho nunca é o mesmo. É mais ou menos o que acontecia com o Palmeiras da Segunda Academia – que saudades!
A única forma de se reverter esta situação é formar o grupo, em sua maioria, com jogadores que ainda busquem algo em suas carreiras, o que obviamente não se aplica aos 16 remanescentes da África do Sul. Além disso, o treinador parece pouco afeito a injetar ânimo em seus atletas, visto que ele, por si só, já um desânimo total, seja na derrota, seja na vitória.
Por fim, é claro que nomes consagrados nada renderam, casos específicos do genial Iniesta e do sempre seguro Casillas. Se o meio-campista foi apático em relação ao restante do time, o goleiro foi antipático – afinal, falhou de forma ridícula em ambas as partidas.
E como diz a antiga canção, “goleiro não pode falhar”.
NÃO TEM JEITO: ESTE CANGURO É SEMPRE PERNETA – Uma das mais famosas frases do futebol diz: “Jogaram como nunca, perderam como sempre”. E ela, mais uma vez, pôde ser aplicada. Ou alguém, em sã consciência, poderia imaginar que a Austrália daria o trabalho que deu à Holanda. Por falar nestes, nem adiantou jogarem no ameno clima de Porto Alegre/RS, pois o “calor” que sentiram hoje não foi gigantesco.
EM ALGUM LUGAR DO PASSADO – Onde está o futebol de Camarões, aquele que encantou o mundo na Copa de 90 e que quatro anos mais tarde ainda arrancava suspiros? Talvez esta resposta seja no saldo bancário de seus jogadores – quanto mais dinheiro ganham em clubes europeus, menos dedicação têm para a seleção de seu país. E aí, partem pra porrada, como na Guerra dos Cabelos aí em cima. Sorte da Croácia, que goleou e chega com moral para a final antecipada com o México, na segunda-feira que vem.