15 MINUTOS DE BOLA. E NADA MAIS.

Veja as análises técnica e tática de todos os profissionais do Verdão que atuaram neste jogo, em que o time garantiu a boa vantagem logo no começou e depois simplesmente parou de jogar.

  FERNANDO PRASS – 7
ÓTIMO

O adversário, fraquinho que só, atacou pouco, mas nas raras vezes em que conseguiu concluir com perigo – todas como nosso ex-jogador, Adriano MJ - parou em suas defesas (as duas que praticou no mesmo lance foram dignas de registro).        

LUÍS FELIPE – 5,5
REGULAR

Após um começo animador, já tem caído na normalidade. Hoje, por exemplo, até foi bem no apoio (o segundo gol começou com um forte chute seu, de fora da área), mas deixou bastante a desejar defensivamente. Por sinal, levamos o gol devido a uma falha sua, que tentou cortar a bola de forma atrapalhada e permitiu que ela chegasse aos pés do atacante goiano.     

TIAGO ALVES – 5,5
 REGULAR

Após duas partidas ruins, melhorou um pouco – mas só um pouco. Esteve bem em algumas jogadas de cobertura, mas para quem teve como responsabilidade apenas o fraco Ricardo Jesus acabou devendo um pouco de bola.     

VÍLSON – 6
BOM

Após ter voltado sem de fato ter saído, apresentou um bom futebol. Foi muito bem nas jogadas áreas e também nas coberturas pelo lado esquerdo. Pareceu não ter sentido a frustração do negócio que não deu certo com o Stuttgart/ALE.         

WENDEL – 5,5
REGULAR

Depois de muito tempo sem jogar – sua última partida fora em 18/04, na derrota por 1 a 0 para o Sporting Cristal/PER -, voltou improvisado na lateral esquerda e deu conta do recado. Obviamente, ficou mais “na dele”, quase não apareceu no campo de ataque, mas pelo menos não repetiu os passes errados, os cruzamentos ridículo e as furadas absurdas de Juninho.  É limitado, sim, mas joga com amor à camisa do Palmeiras.   

  MÁRCIO ARAÚJO – 5,5
REGULAR

Se quando o time atua no 4-4-2 ele já é sacrificado por ter de praticamente se limitar apenas à marcação, imagine quando jogamos no 4-3-3, em que fica sendo o único homem a marcar no meio-campo. Mesmo assim, era dele a responsabilidade de anular o bom, porém pesado Bida, que acabou tendo liberdade demais para armar o Atlético/GO. Só foi melhorou após a entrada de Charles, quando pôde carregar a bola para o ataque e quase fez um lindo gol.    

WESLEY – 6,5
MUITO BOM

Não fossem alguns erros de passes, todos por preciosismo, receberia nota e avaliação melhores. Mas, mesmo assim, teve uma atuação bastante satisfatória, pois cobrou com qualidade os escanteios – no primeiro deles, colocou a bola na cabeça de Alan Kardec -, fez bons lançamentos e deu uma força na marcação, quando possível. Como Wendel não apoiou, não precisou cobrir seu setor, o que também lhe deu mais liberdade para jogar como gosta.          

FELIPE MENEZES – 4,5
RUIM 

Fez a função que alguns chamam de “pêndulo”, ou seja, uma parábola entre as intermediárias defensiva e ofensiva, tendo de armar as jogadas quando de pose da bola e ajudando na marcação quando ela está nos pés adversários. Quase todo jogador que é escalado desta forma se complica, pois são precisos muita habilidade e preparo físico, qualidades que visivelmente este rapaz não tem. Demorou demais para ser substituído.   

LEANDRO – 8
ÓTIMO

Pode não ter tido uma participação efetiva durante todo o jogo, mas dois detalhes devem ser ressaltados em sua atuação nesta tarde: o primeiro é que, mesmo sendo atacante, não se furtou em ajudar Luís Felipe na marcação, aparecendo não uma, mas muitas vezes no campo de defesa. E o segundo, claro, foi o golaço que marcou, garantindo de vez a nossa vitória e provando, mais uma vez, que tem mesmo um ótimo poder de conclusão. 

 

ALAN KARDEC – 9
EXCELENTE

De longe, a melhor atuação desde que chegou ao Palmeiras. Fez o primeiro gol subindo “no terceiro andar”, marcou o segundo com frieza na hora de cobrar o pênalti e iniciou a jogada do terceiro com um cruzamento para Charles. Ou seja: nos lances capitais foi, no mínimo, um dos protagonistas. 

 VINÍCIUS – 4
RUIM

Foi o pior do time. Durante todo o jogo, as únicas jogadas que conseguiu criar pararam em faltas dos adversários, o que indica que, nesta tarde, sua velocidade não estava tão alta como de costume. Além disso, tentou alguns chutes que sequer cócegas fizeram do time do Atlético/GO. Outro que deveria ter sido sacado bem antes. 

GÍLSON KLEINA – 4
RUIM

Sei que minha análise do nosso treinador parecerá uma incoerência, já que o Palmeiras venceu com tranquilidade, manteve a liderança e ficou ainda mais perto do retorno à elite do futebol brasileiro. Mas a verdade é que não gostei nem um pouco de sua atuação nesta noite, e por alguns motivos. O primeiro é que, a menos que tivéssemos abertos pelas pontas Julinho Botelho e Rodrigues Tatu ou, então, Edu e Nei, por princípios não aprovo o esquema 4-3-3. Assim, mesmo ciente na enorme necessidade da vitória após três jogos sem ganhar na Série B, não haveria a necessidade de se adotar este esquema, que torna vulnerável o meio-campo. Não é a quantidade de atacantes que garante a soma dos três pontos, mas sim a forma como o time atua como um todo, preenchendo os espaços no gramado e buscando sempre o resultado. E este foi o seu segundo pecado: com 2 a 0 no placar em apenas 15 minutos, o correto seria a equipe manter o ritmo e marcar, logo, o terceiro, o quarto, pois isso “mataria” o jogo. Mas, não: ele não só permitiu que nossos jogadores recuassem ao extremo como assistiu a isso de forma complacente, sem passar ao time a energia necessária. Nas substituições, então, beirou o ridículo: além de não mexer no time já no intervalo, como deveria, reforçando a marcação e a armação no meio-campo, ele só o fez após aos 30 da etapa final, e ainda por cima seguidamente: aos 32, aos 35 e aos 36 minutos (ou seja: nem para ganhar tempo mostrou inteligência). O fato de o time ter atuado com muitos desfalques não justifica, de forma alguma, uma atuação tão pífia quanto à de nosso técnico teve em Goiás. Espero, pelo menos, que Kleina tenha aprendido uma lição com PC Gusmão, que aos 16 minutos do primeiro tempo (isso mesmo: aos 16 da etapa inicial!!!) fez uma alteração tática e mudou a partida, só não chegando a um bom resultado porque seu time, de fato, é ruim de doer. 

SERGINHO – 4,5
RUIM

Entrou tarde demais, no lugar de Vinícius, e como demora um pouco pra entrar no ritmo mais atrapalhou do que ajudou.

CHARLES – 6
BOM

A partir do momento em que entrou nosso meio-campo melhorou defensiva e ofensivamente. Por sinal, foi dele o toque de cabeça para Leandro marcar o golaço da noite.

LÉO GAGO – 5
REGULAR

Só entrou para ganhar um pouquinho de ritmo de jogo, já que não atuava havia mais de cinco meses. Atuou na lateral esquerda, onde nem sabe o que fazer.  

Concorda com as notas e as análises acima? Sim? Não? Aproveite o espaço abaixo e avalie você também a atuação do Palmeiras nesta partida.

15 Responses to 15 MINUTOS DE BOLA. E NADA MAIS.

  1. Márcio você não acha que se o Pc Gusmão fosse nosso treinador desde o inicio do campeonato ainda estaríamos invicto? na minha humilde opinião ele é muito superior ao Kleína! abraços.

    • Márcio Trevisan

      Oi, Maciel.

      Trabalhei com PC em 2002, quando ele era auxiliar de Luxemburgo no Palmeiras (aliás, dirigiu nosso time em uma partida: empate por 1 a 1 com o Cruzeiro/MG, no Mineirão).

      Trata-se, sim de um bom treinador, mas que ainda não se firmou entre os tops, creio, devido principalmente ao seu temperamento – o cara é bravo, pode acreditar.

      Abs.

      Abs

  2. Kleina não se ajuda e perde a oportunidade na carreira para se firmar como treinador de time grande.
    Particularmente, seria ideal que um treinador em ascensão se firmasse no Palmeiras. Seria uma enorme economia de valores que poderiam ser empregados em jogadores.
    A mesma covardia que o time comandado por ele demonstrou na Copa do Brasil foi vista neste jogo contra o Atlético GO.
    Não se admite, não se explica, que uma equipe como a do Palmeiras comece a se poupar após fazer dois a zero contra uma equipe tão fraca quanto essa do Atlético.
    A formação de uma equipe forte e competitiva começa pela implantação da vontade de vencer, da ambição e nunca do comodismo.
    Treinar a equipe ancorando seu trabalho no ”cumprimento de tabela” dará ao grupo a passividade e o conformismo.

    O time atual do Palmeiras vai se classificar para a série A e será o campeão da série B, mas é preciso entender que este é o ano para formar a base de 2014.
    Para o próximo ano o elenco deve ser reforçado e nunca reformulado no geral, pois seria começar do zero, ou seja, perder um ano.
    Essa história de que o time é de série B não passa de campanha de jornalista mal intencionado ou de torcedor derrotista que nem tem ideia do currículo dos jogadores do elenco. Currículo mais do que suficiente para o futebol jogado no Brasil hoje! (estamos no ano de 2013 e não em 1972)
    Basta entrar na página oficial do clube e ver a quantidade de jogadores que já atuou em equipes de ponta, em seleções e os títulos conquistados por eles.
    Também, jamais poderia ser esquecido que o Palmeiras não caiu, mas foi derrubado por tudo o que foi feito no primeiro turno de 2012. Primeiro turno que quebrou a pontuação e o ambiente palmeirense.

    Assistimos no campeonato da série “A” a maioria das equipes formadas por quase aposentados e em grande parte por refugos. Entretanto, nenhuma delas é tratada de maneira pejorativa. Esse é o futebol brasileiro onde apenas o Palmeiras entre os grandes é diminuído pela imprensa e pela própria torcida.
    Com a mínima força nos bastidores o time seria um pouco mais respeitado e não teria levado a rasteira que levou na Copa do Brasil. Hoje, estaria classificado para as quartas de finais.
    Lembrando que mesmo apresentando um futebol ridículo e fazendo péssima campanha nosso vizinho de muro não recebe a avaliação de time fraco e elenco limitado. Na situação deles, o Palmeiras já seria considerado rebaixado, mesmo faltando um turno.
    A reorganização do Palmeiras deve ir muito além da simples restruturação administrativa e política, deve passar obrigatoriamente pela mudança radical da mentalidade em torno do clube.

  3. Ronaldo - Laranjal Pta.

    Esta história de que não temos “patrocinador master”, e que nosso presidente é que empresta dinheiro ao time não me cheira bem. Pois ele toma empréstimo pessoal e repassa ao Palmeiras sem custo algum? Vamos ver no futuro. Eu queria comprar uma BMW mas não posso, então comprei um Renault Clio. O que eu quero dizer é que se não conseguem quem paga 25 milhões de patrocínio, arrumem quem paga 5, 10, ou mais.

    O time delas quis ficar sem patrocínio por um tempo e sem alugar o campo e hoje tá para trocar de lugar com a gente.

    • Márcio Trevisan

      Oi, Ronaldo.

      Nosso presidente é rico pra caramba (trata-se do maior acionista pessoa física do Banco Itaú), e por isso empresta dinheiro ao clube. Isso é até comum, quando o dirigente tem condições para tanto. Mas é claro que, mais cedo ou mais tarde, ele irá cobrar. Espera só terminar o mandato e ele não se reeleger.

      Quanto ao patrocínio master, não é bem por aí. O Palmeiras não pode aceitar qualquer quantia pois tem a camisa mais vitoriosa do futebol brasileiro e, em 2014, estará no centro das atenções graças à Arena Palestra Itália e ao centenário.

      Não podemos confundir o momento, que é vergonhoso (afinal, estamos na Segundona), com a gloriosa história que temos.

      Abração.

  4. FORA KLEINA, não sabe tática, não sabe substituir e não sabe nada. Só ganha os jogos porque os times da 2ª divisão são de doer. Se assistirem os jogos da 3ª divisão verão que são melhores do que o da 2ª.
    FORA BURROKLEINA

  5. Robinson - Poços de Caldas

    Bom dia Marcio e amigos palestrinos,

    Concordo com suas notas e análises de cada jogador!

    Vejo nosso time atualmente como o melhor esquadrão para a SÉRIE B e um coadjuvante de meio de tabela para baixo na SÉRIE .

    Claro, espero que 2014 o Palmeiras tenha um elenco mais forte, a ponto de ser competitivo em brigar pelo título

  6. Nota 5 pela vitória porque individualmente você já sabe o que penso de certos jogadores! só me tire uma dúvida: Quem atrasou a bola que o Fernando Práss quase levou um frango? Abraços.

  7. Roberto Alfano

    Muito bom seu comentário Trevisan quanto ao nosso Técnico!!!

    Porem vale lembrar que o Palmeiras numca ganhou lá em Goiás!!!

    Valeu pela qualidade dos atacantes na hora de marcar o Gol e decidir.

    Temos que montar uma boa base para 2014,e esta comprovado que precisa ousar mais no Futebol de hoje.
    Abs,

    • Se não ganhar de um time como este do CAG mesmo em GO pode desistir do futebol. Ô time horrível. Não vale como parâmetro.

    • Márcio Trevisan

      Oi, Alfano.

      Não sei se seremos campeões em 2014, mas espero que nossa diretoria tenha a dignidade de montar um time à altura da nossa centenária história.

      Obrigado pelo elogio.

      Abs.

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