Valdir de Moraes pode não fazer parte da Comissão Técnica, mas será para sempre sinônimo de Verdão.
Pode ter sido porque a idade chegou – completou 80 anos no último dia 23 de novembro. Pode ter sido porque se sentiu um tanto quanto à margem das decisões tomadas por Scolari e os mais próximos a ele – já que ele era um funcionário do clube e membro efetivo da nossa CT. Pode, enfim, ter sido porque se cansou do futebol – afinal, entre atleta, treinador de goleiros, técnico e consultor foram mais de 60 anos de ininterruptos trabalhos.
Desnecessário repetir, aqui, tudo o que ele fez nos seus 480 jogos pelo Verdão, em seus quase 10 anos de inquestionável titularidade – entre 1958 e 1968 –, em sua infinidade de títulos que faturou com a nossa camisa. Também não parece importante relembrar, pela enésima vez, que foi ele quem criou a função de preparador de goleiros, e que graças a ele o Verdão pôde ter nomes como Leão, Zetti, Velloso, Sérgio, Marcos, Diego e, mais recentemente, Bruno e Deola.
Na verdade, nada disso interessa. O que interessa é que Valdir Joaquim de Moraes decidiu, por conta própria, deixar a CT do Palmeiras, postura que surpreendeu a muitos no clube.
Mas este jornalista, que teve o prazer de conhecer pessoalmente e de inúmeras vezes estar com o “Seo” Valdir, sem dúvida alguma um dos mais gentis, humildes e educados profissionais que conheci no futebol, sabe que, no fundo, ele jamais deixará o Palmeiras.
Sabe por quê? Porque nosso clube sempre esteve em seu coração, da mesma forma que Valdir Joaquim de Moraes sempre estará no nosso.
Valeu, professor!