Tão craque quanto polêmico, atacante obteve feitos que o eternizam no coração de todos os palmeirenses.
Um dos mais completos – se não o mais completo – atacante de toda a quase centenária história do Palmeiras.
Desta maneira, nada modesta, é verdade, mas amplamente verdadeira, pode ser definido o craque Liminha, jogador que encantou não apenas os alviverdes mas também toda a torcida paulista nos anos 50.
Revelado pelo pequeno Ypiranga/SP, Liminha rapidamente chamou a atenção pela enorme facilidade que tinha de fazer gols. Jogando pela ponta-direita, no comando do ataque ou até mesmo mais à esquerda, o fato é que ele era um verdadeiro terror. Todos os grandes clubes paulistas sonharam com sua contratação, mas o Verdão foi mais rápido e, no começo de 1951, fechou sua aquisição.
E, logo de cara, Liminha entraria para a história do nosso clube: em sua estreia, diante do Flamengo/RJ, no Pacaembu, ele fez nada menos do que quatro gols na histórica goleada por 7 a 1. Até hoje, e muito provavelmente para sempre, jamais será superado ou mesmo alcançado.
Contudo, das 102 vezes em que balançou as redes pelo Palmeiras, nenhuma superou a que ele conseguiu em 23 de julho de 1951: foi de Liminha o segundo gol de empate palmeirense na finalíssima do Mundial Interclubes diante da Juventus/ITA, no Maracanã, gol este que garantiu a conquista da mais importante taça de toda a nossa história.
Tão temperamental quanto genial, Liminha também se envolveu em diversas confusões. Por isso, e também porque trouxera Mazzola, o Verdão optou por vender seu passe à Portuguesa Desp./SP no início de 1956. Pelo time do Canindé, protagonizou uma cena inesquecível: em um jogo contra o Corinthians/SP, discutiu e em seguida acertou um violento soco no rosto do ponta-direita Cláudio Pinho, oito anos mais velho do que ele.
O fim da vida de Liminha também foi marcado por um fato curioso: internado no Hospital São Paulo, o craque faleceu – com apenas 55 anos – de broncopneumonia aguda (fruto de sua incontrolável paixão pela noite e pelo álcool) no dia 23 de julho de 1985 – portanto, exatamente no dia em que comemorava o 44º aniversário da conquista da Copa Rio, o maior título de sua carreira.
Ficha Técnica
Nome: Oswaldo Luiz Moreira
Posição: Atacante
Data e Local de Nascimento: 30/01/1930, em São Paulo/SP
Data e Local de Falecimento: 23/07/1985, em São Paulo/SP
Estreia: 25/02/1951 – Palmeiras 7 x 1 Flamengo/RJ
Despedida: 30/10/1955 – Palmeiras 2 x 0 Portuguesa Desp./SP
Jogos: 228
Gols: 102
Títulos Expressivos: Rio-São Paulo/51, Taça Cidade de SP/51, Mundial Interclubes/51
20/01/2014 at 18:24
Prezado amigo: Gostaria de saber por quê o apelido de “Liminha”?
25/02/2013 at 17:50
De fato Liminha, como era conhecido, e o é, embora tenha partido, acrescento que foi meu amigo, e por muitas vezes fui visitá-lo em
“casa de repouso”, devido ser ele viciado em bebidas fortes, real-
mente foi uma pena seu falecimento prematuro. Entanto, soube de sua
morte não foi o que contam e sim, que Liminha trabalhava como segu-
rança de uma construção e lá foi alvejado por um tiro. Foi o que me
contaram ao saber de sua morte. Deixo aqui minha lamentação pelo o-
corrido e por contradizer o que falam acima.
26/02/2013 at 16:58
Olá, Humberto.
A versão sobre o assassinato de Liminha também me era conhecida e considerada como verdadeira. Quem me a desmentiu foi uma de suas filhas, conforme você mesmo pode ler aí embaixo.
Agradeço o seu depoimento e lhe dou as boas-vindas a esta seção.
Abs.
24/03/2012 at 16:30
Srs
O nome do Liminha era Oswaldo Luiz Moreira.
E já que era tão craque e trouxe muitas felicidades ao Palmeiras, não há necessidade de mencionar fatos negativos que só dizem respeito à família.
24/03/2012 at 19:06
Sr. Oswaldo, boa noite.
No referido texto sobre seu pai (cuja correção do nome, pela qual agradeço, já foi efetuada), uma das maiores glórias da história da S. E. Palmeiras, fiz questão de ressaltar todos os pontos positivos. Contudo, um jornalista deve sempre se apegar de forma incondicional à verdade, e por isso não posso simplesmente ignorar tudo o que sei a respeito deste grande craque do passado.
Por sinal, quem me passou a informação sobre o motivo do falecimento de seu pai foi sua irmã (lamento, mas não me lembro do nome) que, como filha, fez questão de me corrigir em relação a uma antiga lenda de que Liminha havia falecido em condições e por motivos infinitamente piores.
Espero que entenda a minha posição e que continue a acessar este site, exatamente como fazem diversos familiares de ex-jogadores do Palmeiras. Quero, também, tornar público o meu orgulho por tê-lo entre os meus leitores.
Atenciosamente,
Márcio Trevisan
14/03/2012 at 22:16
Obrigado pela saudosa lembrança do Liminha.Meu vizinho já falecido,era o Idário que jogou na época contra o Liminha, e eu brincando lhe dizia que não gostava dele, porque ele levantava o Liminha no pontapé.E na época diziam que ele usava pregos na ponta da chuteira para chutar os beques.Será.Alguem tem essa informação?Mais uma vez obrigado pela saudosa lembrança.
15/03/2012 at 18:30
Olá, Reynaldo.
Fico feliz que vc tenha gostado da matéria.
Esta história de chuteira com pregos na ponta é mais uma das muitas lendas do futebol de antigamente.
Forte abraço e seja bem-vindo a este site.
19/12/2011 at 1:18
Bons tempos onde os jogadores tinham personalidade e jogavam com alma !!
21/12/2011 at 14:31
Ed Ney: faço minhas as suas palavras.
Peço desculpas pela demora na resposta. Motivo: por problemas técnicos, o site esteve fora do ar por 48 horas.
Abs.