Goleiro era apenas a terceira opção durante o Mundial, mas acaso e talento lhe deram o merecido destaque.
O goleiro Fábio era apenas a terceira opção do técnico Ventura Cambon naquele Mundial de Clubes de julho de 1951. Titular absoluto, Oberdan era intocável e dono da camisa 1 do Verdão, e seu reserva imediato, Inocêncio, também desfrutava da total confiança não só do treinador mas também de todo o elenco.
Durante a Copa Rio, porém, Oberdan não viveu grandes momentos, e após ter tomado quatro gols da Juventus/ITA, no Pacaembu, foi sacado do time por exigência do capitão e maior craque da equipe, Jair Rosa Pinto. Apesar da derrota, o Verdão se classificou às semifinais do torneio, contra o Vasco/RJ. Já nos vestiários do Maracanã, Inocêncio foi acometido de um mal repentino e ficou impossibilitado de jogar. A solução, claro, foi escalar o terceiro goleiro para a importantíssima partida.
E quem esperava uma atuação desastrosa, foi agradavelmente surpreendido. Fábio fechou o gol e foi o maior responsável pela vitória por 2 a 1. No jogo seguinte, foi ainda melhor no empate por 0 a 0, que garantiu a presença palmeirense na grande decisão diante da mesma Juve. O goleiro, então, teve outras duas excelentes atuações, fechando o gol na vitória por 1 a 0 da primeira decisão e, também, jogado muito bem apesar dos dois gols que levou no empate em 2 a 2 da finalíssima.
Daí em diante, o terceiro goleiro tornou-se, não sem méritos, o primeiro.
Ficha Técnica:
Nome: Fábio Crippa
Data e Local de Nascimento: 18/01/1928, em Bauru/SP
Data e Local de Falecimento: 23/01/2011, em São Paulo/SP
Posição: Goleiro
Estréia: 11.07.51 – Vasco da Gama-RJ 1 x 2 Palmeiras
Despedida: 29.01.56 – Catanduva-SP 4 x 2 Palmeiras
Jogos: 81
Títulos: Copa Rio (I Mundial de Clubes)/51, Torneio Quadrangular SP-RJ/52, Torneio Quadrangular do Recife/55
30/11/2011 at 14:45
GRANDES HERÓIS ALVIVERDES !!!! sempre horando nosso manto sagrado !!! apesar de eu nao tê-los visto jogar, esses caras deviam ser uns monstros sagrados !!!!
Valeu pela matéria Trevisan!
30/11/2011 at 18:06
Valeu, Francesco.
Conheci Fábio na época do Jubileu da Copa Rio, em 2001. Figura dócil, amável, palmeirense ao extremo.
Humilde, sempre dizia que foi o goleiro do Palmeiras campeão do mundo em 1951, mas que a honra era dividida também com Oberdan.
Forte abraço.