Em tempos de Ricardo Bueno, Fernandão, Dinei e etc., relembrar o inesquecível Ettore serve como alívio…
Escrever a história de um clube é, também, escrever a história de seus maiores jogadores. Neste caso, inúmeros foram os atletas que merecem ser lembrados, mas um deles é ainda mais especial: Ettore Marcelino Domingues, o Heitor.
Paulistano do Brás, despontou nos campos de várzea e no Paulistão de 1916 defendeu o Americano. Mas, palestrino doente, ainda naquele ano estrearia pelo Verdão e começaria a escrever a sua história dentro do nosso clube, história esta que o transformou no maior artilheiro do Palestra/Palmeiras em todos os tempos.
Heitor tinha uma facilidade inacreditável para marcar gols. Mesmo numa época em que os placares eram elásticos em quase todas as partidas, chega a ser impressionante a média que conseguiu durante os 15 anos em que defendeu o Verdão (0.89 por jogo).
Um dos primeiros ídolos dos palestrinos – ao lado do zagueiro Bianco -, foi também o primeiro jogador do clube a ser convocado para a Seleção Brasileira e o primeiro a marcar um gol – em 13 de maio de 1917, na vitória por 2 a 1 sobre o Barracas/ARG.
Coube ao centroavante ser o autor do primeiro gol do Verdão no estádio que hoje se chama Palestra Itália. O fato se deu em 21 de abril de 1917, dia em que goleamos o Internacional da Capital/SP por 5 a 1.
Heitor, de fato, foi sinônimo de gols. Para comprovar isso, basta analisarmos seus números com a camisa verde e branca. Das 337 partidas que disputou, ele marcou pelo menos um gol em 187, ou 55.4% delas. Em outras palavras: dificilmente ele passava um jogo sem balançar as redes ao menos uma vez. E mais: o centroavante fez dois gols em 35 partidas, três gols em 19 jogos, quatro gols em oito oportunidades, cinco gols em três compromissos e, acreditem, seis gols num só encontro – no dia 8 de agosto de 1920, na vitória por 11 a 0 sobre o Internacional da Capital, válida pelo Paulistão. No fim das contas, um total de 301 gols!
Outro dado elogiável sobre o grande atacante é o tempo em que permaneceu no Palestra Itália. Até a disputa de sua última partida, em 6 de dezembro de 1931, foram 15 anos, um mês e 24 dias de serviços prestados ao clube.
Como curiosidade, vale lembrar que em 1928, portanto ainda em plena atividade no futebol, Heitor fez parte também da equipe de basquete do Verdão.
Após deixar o nosso time, o inesquecível artilheiro teve uma rápida passagem pelo SC Americano e, logo em seguida, tornou-se árbitro de futebol.
E hoje temos que engolir Ricardo Bueno, Fernandão, Dinei…
Ficha Técnica
Nome: Ettore Marcelino Dominguez
Posição: Centroavante
Data e Local de Nascimento: 20/12/1898, em São Paulo/SP
Data e Local de Falecimento: 31/01/1978, em São Paulo/SP
Estreia: 12/11/1916 – Guarani/SP 0 x 0 Palestra Itália
Despedida: 06/12/1931 – São Paulo da Floresta/SP 4 x 0 Palestra Itália
Jogos: 337
Gols: 301
Títulos Expressivos: Paulistão/1920/26/27, Paulista-Extra/26, Honorário do Brasil/26
16/11/2011 at 17:48
Marcio…
Você poderia escrever algo sobre o maior jogador da nossa historia?
Escrever algo sobre o maior injustiçado da historia da Seleção Brasileira?
Ou se vc quiser escrever algo sobre o maior BURRO da historia da Seleção Brasileira.. tbm pode ser.
16/11/2011 at 18:22
Olá, Héber.
Já escrevi algumas matérias sobre Ademir da Guia, que você poderá conferir clicando nestes links:
http://senhorpalmeiras.com.br/web/wp-admin/post.php?post=4729&action=edit
http://senhorpalmeiras.com.br/web/wp-admin/post.php?post=4203&action=edit
http://senhorpalmeiras.com.br/web/wp-admin/post.php?post=838&action=edit
Já quanto ao maior burro da história da Seleção Brasileira, não sei a quem você se refere.
Abs.
17/11/2011 at 8:58
Me refiro a Zagallo…. o maior quadrupede que já sento no banco da seleção.
Sinceramente não entendo até hoje… como o segundo melhor jogador do Brasil nos anos 60 e 70 fica de fora de 3 Copas.
Admiro Garrincha… mas Ademir foi melhor que ele… era muito mais completo.
Se bem que o Palmeiras sempre foi assim né…. Ademir… Cesar Maluco… Cleber… Veloso e tantos outros que arrasavam no Palmeiras… e nunca tiveram chance nas seleções.