Mais um dos vários craques da defesa do Verdão, zagueiro travou históricos duelos com o “Rei do Futebol”.
Se hoje as declarações de Pelé nem sempre são providas de lógica, nexo ou bom-senso, nos tempos em que ele brilhava pelos gramados do mundo suas frases eram quase sempre mais felizes. E foi o próprio Rei do Futebol quem, certa vez, disse: “Aldemar é o meu melhor marcador”.
Aqueles que viram os duelos travados entre Palmeiras e Santos/SP no começo dos anos 60 concordam com o mágico camisa 10 santista: o zagueiro palmeirense sabia, mesmo, como marcar o melhor jogador de futebol de todos os tempos.
Não vamos, aqui, exagerar e dizer que ele parou o craque, mas que muitas evitou que seu encanto fosse ainda maior, isso ninguém discute.
Tal fama Aldemar ganhou logo em sua primeira decisão pelo Verdão. Nos três jogos que garantiram o título do Campeonato Paulista de 1959, ele não deu espaços a Pelé e saiu de campo como um dos grandes heróis daquela conquista que, de tão emocionante, ganhou a fama de “Supercampeonato”.
Aldemar começou no Santa Cruz/PE em 1952 e, seis anos mais tarde, desembarcou no Palestra Itália. No Verdão atuou até junho de 1964, quando decidiu encerrar a sua carreira prematuramente, com apenas 33 anos.
Durante o tempo em que defendeu o Palmeiras, seu principal companheiro de zaga foi Valdemar Carabina, com quem formou uma inesquecível dupla defensiva.
Em janeiro de 1977, curtindo a aposentadoria na capital pernambucana, Aldemar faleceu repentina e tragicamente, contando apenas 45 anos, ao ser atropelado por um ônibus. Desde então, deixou um enorme vazio no peito de cada palmeirense.
FICHA TÉCNICA
Nome: Aldemar dos Santos
Data e Local de Nascimento: 07.11.1931, no Rio de Janeiro/RJ
Data e Local de Falecimento: 21.01.1977, em Recife-PE
Posição: Zagueiro
Estreia: 26/04/1959 – Votuporanguense/SP 1 x 4 Palmeiras
Despedida: 24/06/1964 – Ass. Banc. Esp. Fernandópolis/SP 1 x 1 Palmeiras
Jogos: 211
Gols: 2
Títulos Expressivos: Paulista/59, Taça Brasil/60, Paulista/63
Obs.: Esta seção será atualizada em 18/10/2011.
14/10/2011 at 22:30
Tem que mandar essas reportagens para o Tirone e o Frizzo. Tenho certeza que eles não conhecem o nosso passado !!
11/10/2011 at 19:35
Prezado Márcio,
fui uma feliz testemunha da história do Aldemar no Palmeiras. Mesmo com as traições da memória que nos levam a injustiças, vejo Aldemar como o nosso melhor quarto-zagueiro ( de acordo com a nomenclatura da época). Foi um jogador extremamente clássico, que acompanhei a partir da temporada de 1959.
Nêste momento tão delicado e triste do nosso Palmeiras, eu só tenho que agradecer a você por trazer boas recordações.
Abraço do
Penna Filho
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