Coadjuvante de luxo da Segunda Academia, craque marcou época nos tempos em que o futebol era ofensivo.
Houve uma fase em que a bola só corria em direção ao gol. Naquela fase, talvez Nei não tenha sido o melhor ponta-esquerda da história do Palmeiras. Afinal, na posição nosso time teve craques absolutos como Rodrigues Tatu ou Romeiro. Mas, sem sombra de dúvida, ele foi o mais regular e também o mais querido jogador que já vestiu a camisa 11 do Verdão.
Revelado pela Ferroviária/AR, Nei foi titular absoluto da ponta-esquerda durante todo o período em que brilhou a Segunda Academia, na década dos 70. Inúmeros foram os gols marcados por César, Leivinha, Fedato, Ademir da Guia, etc., que surgiram de passes e cruzamentos deste exímio jogador de futebol, cuja principal característica eram os desconcertantes dribles que aplicava nos laterais adversários – o são-paulino Pablo Forlan, pai do atual craque da seleção Uruguai, Diego Forlan, tem pesadelos até hoje.
Vivendo atualmente em Ibitinga/SP, onde já teve uma pizzaria, Nei – hoje com 61 anos – trabalha na Secretaria de Esportes local.
Nome: Elias Ferreira Sobrinho
Data e Local de Nascimento: 15.08.1949, em Nova Europa-SP
Posição: Ponta-esquerda
Estréia: 15.01.1972 – Palmeiras 4 x 0 Santos/SP
Despedida: 05.10.1980 – XV de Jaú/SP 2 x 0 Palmeiras
Jogos: 484
Gols: 71
Títulos: Paulista/72, Brasileiro/72, Torn. Mar del Plata/72. Torn. Laudo Natel/72, Brasileiro/73, Paulista/74, Carranza/74, Carranza/75, Paulista/76, Cora Kirin/78
Obs.: Esta seção será atualizada em 07/06/2011.
01/03/2012 at 19:10
Eu vi esse magnífico e autêntico Ponta Esquerda em ação.
Vocês devem se lembrar que o finado Oswaldo Brandão, em jogos contra o São Paulo de Pablo Forlan, sempre levava no banco de reservas o nosso ponta esquerda reserva Pio, pois o Nei, aos 20/25 minutos do segundo tempo, baixava seus meioes e pedia substituição.
Era normal, pois depois no ”baile” em Forlan este não se fazia de rogado…baixava o pau no Nei sem dó ou piedade e invariavelmente ”tomava” dribles e mais dribles…….
Bons tempos aqueles.
Aquele abraço
Fauze Marcos
02/03/2012 at 1:18
Olá, Fauze.
Vi pouco o Nei jogar, mas o pouco que vi guardei na memória e no coração.
Bem-vindo a esta seção.
Abs.
31/05/2011 at 19:05
Nei dava espetáculo, mas era muito objetivo, cumprindo muito bem o papel de um ponta autêntico. Nos jogos contra o São Paulo, ele só era parado na pancada, arma do lateral Forlan. Lembro de um clássico muito marcado pelo duelo Nei-Forlan. Nos dias que precederam o jogo, Forlan procurou intimadar o nosso craque com ameaças de pará-lo de qualquer jeito. Quando o jogo começou, eu senti que Ademir da Guia passou a atuar mais encostado no lado esquerdo do campo, visando proteger o ponta e com ele trocar passes. Na primeira oportunidade, Forlan procurou entrar duramente sobre Nei, mas Ademir se antecipou e o derrubou com o que chamamos de uma bela sarrafada. A partir daí, o jogo foi uma tranqüilidade, com um belo passeio do nosso ponta pela “avenida” Forlan. É, se quisesse, o Divino também poderia ser um xerife.
Penna Filho